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terça-feira, 24 de março de 2015

Alienação parental x síndrome da alienação parental x compreensão do que é




Tenho diariamente ouvido, assistido, lido, ou seja, tomado conhecimento de inúmeras pessoas externando os seus entendimentos sobre o tema alienação parental.
Tenho acompanhado grupos de debates na internet, onde pais, avós, tios, se manifestam sobre o que passam dia a dia e os impedimentos de convivência que lhe são imputados.
Muitos se declaram vítimas da alienação parental, mas no meu humilde entendimento, afinal sou advogado e não psicólogo, estas crianças alienadas já estão passando pela fase da síndrome da alienação parental, ou seja, os efeitos, a “doença” já instalada naquelas crianças/adolescentes.
O que na verdade é alienação parental? Muitos escrevem a respeito e criam uma enorme confusão e conflitos de entendimento entre definição jurídica e psicológica do que é este mal.
Em resumo, sem rodeios, a alienação parental é a prática de atos e atitudes de um genitor de forma a programar o comportamento de uma criança/adolescente, de modo a torna-los “inimigos” do outro genitor.
Isto é intencional? Sempre é a primeira pergunta. Como ser humano, não é admissível, em sã consciência, acreditar que uma mãe ou um pai tenha a intenção de prejudicar o bom desenvolvimento psicológico de seus filhos, mas, sem dúvidas, tem a intenção de agredir um ao outro, afinal, aquele casamento, união ou namoro, não deu certo e ninguém gosta de perder.
Só que, estas pessoas esquecem que suas atitudes estão levando seus filhos à beira de uma doença psicológica que muitas vezes se torna irreversível.
Muitos genitores alienados (que sofrem com as consequências da programação psicológica de seus filhos) buscam ajuda junto ao poder judiciário, propondo ações revisionais de guarda entre outras medidas judiciais, de tal modo, a buscar meios de salvar seus filhos que estão sofrendo a alienação parental.
Ocorre que nosso judiciário ainda não está muito permeável a estas demandas, muitas vezes, os juízes, atolados de processos, não dão a celeridade processual que os casos merecem.
Em muitas decisões, notamos a negativa pura e simples de pedidos de antecipação de tutela, ou de medidas cautelares, visto que, o judiciário não está aparelhado para detectar de forma imediata, se há ou não indícios da prática da alienação parental.
Em caso concreto recente, requerido o estudo psicológico com a finalidade de detectar indícios de alienação parental, foi constatado no laudo do psicólogo forense que havia indícios de estar se instalando a prática da alienação parental. Mesmo com esta declaração, a qual teve que ser chamado à atenção de forma contundente em audiência, não houve decisão por parte do magistrado ou do representante do Ministério Público, apenas declarando, mas não registrando, que ele, juiz, não iria tirar a criança da mãe em hipótese alguma e que o representante do Ministério Público assim também entendia.
Ora, se o judiciário por meio de seus representantes faz declaração deste porte, o que o jurisdicionado pode esperar?
Ao ver seu filho sofrendo alienação parental, em tenra idade, este genitor revolta-se contra o judiciário, enxerga o nosso judiciário como sendo acolhedor daqueles que prejudicam crianças apenas baseando-se em paradigmas extremamente antiquados, quando era declarado que o chefe da família era o provedor de recursos e a matriarca era quem sabia criar filhos.
Este representante do judiciário, que negou conhecimento ao laudo psicológico, que se prendeu em apenas um parágrafo para dizer que havia indícios da prática da alienação parental, ou seja, decidiu per si que não importava a alienação parental em detrimento de seu entendimento que quem sabe criar filhos é a mãe.
Aquele genitor que entende ser o único que possui a guarda do menor e assim age de forma a negar convivência dos filhos com o outro genitor, na maioria das vezes usando de revanchismo e revolta, não imagina o mal que está praticando aos filhos. Não imagina que o próprio praticante da alienação parental é quem sofrerá para tentar, apenas tentar sem saber se conseguirá salvar seus filhos da Síndrome da Alienação Parental, distúrbio psicológico que somente virá se manifestar após certo período da prática da alienação parental.
O Judiciário precisa ser ágil em relação a eventuais indícios da prática da alienação parental. O Jurisdicionado espera decisões que possam evitar o desenvolvimento da síndrome da alienação parental.
Para tal, existem remédios jurídicos a serem aplicados, em tutela antecipada ou medidas cautelares, as quais são temporárias e não definitivas. Aplicando-se uma medida acauteladora, de tal forma, permita um estudo psicológico mais profundo das crianças, o judiciário estará agindo em prol da sociedade e do ser humano, evitando assim o desenvolvimento de uma síndrome que todos os psicólogos sabem quão difícil é o tratamento e quão difícil é a readequação deste ser humano, pois se entende que cura não é possível, mas sim a readequação. O dano psicológico foi causado.
Os advogados possuem um papel especial nestes casos. Devem encarar processos desta magnitude como sendo processos judiciais que buscam a saúde psicológica de crianças, não se trata de disputa de bens materiais, mas sim do bem maior, filhos.
Assim, rogo aos colegas que atuam neste ramo do direito que não veja um processo que trata de alienação parental, como sendo uma batalha judicial, mas sim, um meio de buscar a saúde psicológica de crianças.
O momento inicial da alienação parental é crucial para que os pais se ajustem e reconheçam que os atos praticados atingem não um ao outro, mas sim seus filhos.
Entendam que buscarem ajuda profissional de psicólogos não é humilhante, mas sim é um meio nobre de demonstrar o amor aos seus filhos.
Que os profissionais do direito, ao se depararem com processos que tratem deste assunto, sejam antes de tudo, conciliadores e demonstrem aos seus clientes que não haverá ganhador e sim somente perdedores, pois, pais que prejudicam filhos, são eternos perdedores.
O tema alienação parental é tão importante que possui um dia internacional. O próximo dia 25 de Abril é considerado o dia internacional da luta contra a alienação parental.
Portanto, genitor que possui guarda ou residência dos seus filhos; pensem muito bem antes de externar opiniões sobre o outro genitor, pensem muito bem antes de inibir seus filhos a conviver com o outro genitor, pensem muito bem ao criar uma situação de impedimento de convivência dos filhos como outro genitor. Não se esqueçam de que, alienar parentalmente é uma constância de atos e atitudes, muitas vezes bobas e sem sentido, mas que plantam sementes de discórdia na memória das crianças, porém, extinguir a síndrome da alienação parental, aí sim saberá o que é dificuldade e sofrimento ao ver seus filhos sofrendo.
Genitores alienados, não permitam que se instale a síndrome da alienação parental em seus filhos e assim ficarem inertes. Em um futuro próximo, caso fiquem inertes, participarão do filme da vida e assistirá seus filhos sofrerem muito.
Representantes do poder judiciário busquem novos paradigmas, sejam permeáveis aos casos onde se tenham mínimos indícios da prática da alienação parental, cuidem dos jurisdicionados e em especial das crianças que estão sofrendo a prática da alienação, atuem de forma a evitarem o desenvolvimento da síndrome da alienação parental, deem celeridade aos processos que tratam sobre este tema.

Paulo Eduardo Akiyama - formado em economia e em direito 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados, atua com ênfase no direito empresarial e direito de família.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Chocolate: um mundo de opções




Chocolate: uma iguaria que pode ser encontrada em diversas cores, texturas e temperaturas, recheados ou não são irresistíveis e consumidas por todo o mundo. Nessa época, quando as pessoas se presenteiam com ovos de chocolates recheados com bombons e, mais recentemente, com mousses, mashmallows ou até mesmo brinquedos faz se necessário ressaltar algumas peculiaridades nutricionais do chocolate.
As propriedades nutricionais interessantes advêm do cacau, alimento rico em micronutrientes como cobre, zinco e algumas vitaminas, portanto, se o interesse é agregar valor à dieta ao consumir o chocolate, deve-se priorizar os chocolates com maior teor em cacau, segundo a nutricionista Daniela Chaud, professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Hoje, é possível encontrar uma diversidade de produtos com quantidade maiores de cacau, a exemplo dos produtos com 70%, com o consumo de um pequeno pedaço é suficiente para satisfazer o desejo e proporcionar a sensação de sabor prolongado, por ser marcante e mais intenso que outras variações.
 “Por ser um alimento de alta densidade nutricional e calórica, o chocolate com essas características apresenta amargor que lhe é peculiar e corrobora com o baixo consumo, visto que suas qualidades organolépticas intensas (especialmente o sabor, o odor, a cor, o brilho) promovem satisfação com quantidades parcimoniosas, característica que pode auxiliar em situações de controle de peso, ou seja, um pedacinho já mata a vontade”, segundo a professora. 
Se o intuito ainda for agregar valor nutricional, outra opção é aliar o amargor do chocolate com alto teor de cacau com a as oleaginosas, tais como amêndoas, castanhas, macadamias, pistaches, avelãs, que podem incrementar ainda mais as qualidades organolépticas já apreciáveis do chocolate, pois são crocantes e alteram a textura do chocolate tradicional.
A especialista afirma que todas são opções de alta densidade em micronutrientes. Em especial, a Castanha do Pará (também conhecida como Castanha do Brasil), uma riquíssima fonte do micronutriente selênio, cujas funções, entre outras, é a ação sobre o sistema imunológico (na manutenção das plenas funções orgânicas e prevenção de doenças).
Frutas secas apresentam propriedades nutricionais interessantes, pois são ricas em fibras e micronutrientes. Damascos, uvas, banana, figo, e mais recentemente há as opções brasileiras, que valorizam a nossa cultura e alimentos regionais como cupuaçu, açaí, bacuri, todos com propriedades nutricionais interessantes. A variedade de chocolate é muito ampla.

Daniela Chaud - coordenadora do curso de Nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Chocolate deve ser consumido sem exagero pelas crianças




Nutricionista do Colégio Itatiaia dá algumas orientações de como controlar a ingestão de chocolate para que a Páscoa seja curtida com as crianças de maneira saudável
Eles são quase que irresistíveis, mas é preciso estabelecer limites para o consumo de chocolate. A nutricionista do Colégio Itatiaia, Marcela Shimamoto, dá algumas dicas e orientações de como controlar a ingestão deste alimento sem exagero pelas crianças, principalmente na Páscoa, época em que fica ainda mais difícil de resistir.
Estimulante para a liberação da serotonina no organismo, o chocolate além de regular o humor, melhora a função neural e o desempenho cerebral, mas se consumido em grande quantidade, pode causar problemas digestivos, gastrointestinais, cardiovasculares e contribuir para o aumento de peso, por conter alto valor calórico, de açúcar simples e gordura saturada. Além disso, o açúcar contido nele serve como uma espécie de combustível das células cerebrais, o que aumenta ainda mais a vontade de comer. A satisfação que o chocolate proporciona é causada também pelo aumento na liberação de feniletilamina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem estar.
Mesmo os brancos e os ao leite, são altamente calóricos, devido a grande proporção de carboidratos e gorduras neles presentes e podem prejudicar a saúde das crianças com intolerância à lactose e alergia ao leite. Para esses pequenos, uma alternativa é o chocolate de soja. De forma geral, o mais recomendável tanto para adultos como para crianças, são os que possuem maior concentração de cacau, por terem substâncias com poderes antioxidantes e menos quantidade dos outros ingredientes. Mas seja qual for o tipo de chocolate, assim como para qualquer alimento, deve ser consumido moderadamente.
Confira as orientações de Marcela para que seja possível curtir a Páscoa com as crianças de maneira saudável.
·        Cuidado com o tamanho do ovo – O tamanho do ovo de Páscoa não é relacionado ao quanto você gosta da criança. Optar por ovos menores, evita o exagero no momento de consumir. Para que essa diferença não seja tão sentida pela criança, você pode optar por um ovo que venha com brinquedo, que tenha o personagem que a criança gosta ou ainda presentear com um coelhinho de pelúcia, por exemplo, assim ela também ficará feliz.
·        Não acostume a criança a ganhar muitos chocolates – O ideal é que a criança não ganhe muitos ovos, mas como é de costume, os familiares e próximos sempre gostam de presentear. Neste caso, o ideal é doá-los a outras pessoas, mostrando a importância do ato para a criança.
·        Mostre o verdadeiro significado da Páscoa – Explique para as crianças que ganhar e presentear com chocolate é apenas um ato simbólico, mas que o verdadeiro significado da Páscoa não é este. Vale também mostrar, dependendo da idade, quanto custa cada chocolate para que ela também comece a entender de economia e consumismo.
·        Não entregue o chocolate diretamente na mão da criança – Isso faz com que ela coma quando bem entender. Ter o controle e explicar o motivo pelo qual é importante que ela não exagere, é essencial. O recomendável é ingeri de 20 a 25 gramas por dia, o que corresponde a uma fileira de quadradinhos de um tablete grande. Porém isso não é uma regra e depende das condições nutricionais individuais.
·        Não dê chocolate para as crianças quando estiverem realizando outras atividades – procure dar após o almoço ou durante o lanche, assim evita que ela coma exageradamente e sem perceber.
“Os chocolates não são recomendáveis para os bebês. Outra dica é estimular crianças a comerem outros tipos de alimentos na Páscoa, como peixes, frutas, já que o momento é propício para isso”, conclui a nutricionista.


Colégio Itatiaia - www.colegioitatiaia.com.br

Dia Roxo: Data em prol à Conscientização da Epilepsia




Neurocirurgião explica como deve ser o socorro aos portadores desta síndrome durante um ataque epiléptico
No próximo 26 de março é celebrado o Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia, conhecido como Dia Roxo. Nesta data, pessoas ao redor do mundo são convidadas a vestir alguma peça de roupa roxa em apoio à causa. A doença é caracterizada por um conjunto de sintomas, originados de um grupo de neurônios disfuncionantes, que emitem sinais atípicos ou irregulares. “As pessoas reconhecem facilmente a síndrome quando ocorre o ataque epiléptico, mas ela não se resume a isso. Pacientes com epilepsia têm uma vida ativa, como tiveram Vincent van Gogh, Fiódor Dostoiévski e Machado de Assis. Por isso, o Dia do Roxo é mais uma oportunidade para conscientizar e diminuir os preconceitos em relação à doença e seus portadores”, declara o neurocirurgião especialista em epilepsia Dr. Luiz Daniel Cetl.
Atenta aos complexos e preconceitos, a idealizadora do Dia Roxo (“Purple Day”), Cassidy Megan, uma menina canadense de 9 anos, escolheu a cor roxa como símbolo inspirada na flor de lavanda, frequentemente associada à solidão, pois representa o isolamento que muitas pessoas epilépticas vivem, principalmente por terem vergonha da doença e de seu principal sintomas: o ataque epiléptico.  A ideia surgiu em 2008 e contou com a ajuda da Associação de Epilepsia da Nova Scotia – EIOS, com a finalidade de tirar a epilepsia das sombras.
Calcula-se que 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia, acometendo 1 em 100 indivíduos. Em 50% dos casos, a causa é desconhecida e 75% têm início ainda na infância.
Os principais sinais apresentados por portadores de epilepsia são a perda de consciência, quando o indivíduo cai no chão, as contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, a micsão involuntária. “São os sinais mais evidentes, embora existam outros, como movimentação espontânea e incontrolável de mãos, braços e pernas. Os sintomas e seus sinais característicos aparecerão conforme a localização do grupo de neurônios afetados”, explica o neurocirurgião.
O especialista orienta que ao se deparar com uma pessoa com ataque epilético, o ideal é deitá-la no chão e afastá-la de objetos e móveis que possam machucá-la enquanto estiver se debatendo. “Jamais coloque a mão ou o dedo na boca do paciente. Durante uma crise convulsiva, o portador tem salivação intensa e o indicado é mantê-lo de lado para evitar que se sufoque com a saliva. É preciso deixá-lo se debater livremente até que a crise passe, e isso tem duração de segundos ou poucos minutos”, diz o Dr. Luiz Daniel Cetl, explicando ainda que apenas em casos de crises repetitivas a emergência deve ser acionada imediatamente.
Tratamento:
O tratamento convencional para a epilepsia é por via medicamentosa, com uso das chamadas drogas antiepilépticas (DAE), eficazes em cerca de 70% dos casos (há controle das crises) e com efeitos colaterais diminutos. Quando não há controle destes sintomas, outros tratamentos possíveis são a cirurgia, a estimulação do nervo vago e dieta cetogênica. No entanto, apenas um profissional, analisando o caso, poderá indicar o tratamento apropriado para o paciente.
O neurocirurgião ressalta também que o objetivo do tratamento é garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente. A epilpsia não é tranmidida pelo ar ou contato físico. Apenas é preciso tratá-la adequadamente. Caso contrário, o paciente tem sua vida fortemente afetada, por não ter controle das crises e, consequentemente, restringe-se socialmente, pode não conseguir manter o emprego e/ou os estudos e fica exposto a acidentes.
Outra grave consequência, caso o paciente não procure auxílio médico, está relacionada ao estado de mal convulsivo, quando ocorrem várias convulsões seguidas, sem recuperação entre elas. Esta condiçao pode levar a danos cerebrais definitivos.
“Ano a ano o Dia Roxo cresce no Brasil, mobilizando milhares de pessoas a vestirem uma peça de roupa da cor rouxa em prol à conscientização da doença e seus portadores. Vale a pena abraçar a causa, pois o objetivo é reforçar cada vez mais que a epilepsia pode ser controlada, tratada e o paciente epiléptico pode e deve levar uma vida como qualquer outra pessoa”, finaliza o neurocirurgião Daniel Cetl, especialista em epilepsia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), membro do grupo de tumores do Departamento de Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e integrante da diretoria da Associação dos Neurocirurgiões do Estado de São Paulo (SONESP).

Dr. Luiz Daniel Cetl - referência no tratamento das epilepsias e tumores cerebrais. Especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), membro do grupo de tumores do Departamento de Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e integrante da diretoria da Associação dos Neurocirurgiões do Estado de São Paulo (SONESP). Atua ainda como preceptor de cirurgia de tumores cerebrais no Departamento de Neurocirurgia da Unifesp. http://www.drluizcetl.com.br/ - https://www.facebook.com/dr.luizcetl - https://twitter.com/DrLuizCetl

A doença dos poetas




Conhecida como "doença do passado", tuberculose continua fazendo muitas vítimas
Durante os séculos XIX e XX, ela ficou conhecida como a doença dos poetas. Manoel Bandeira, Cruz e Sousa, Álvares de Azevedo e Castro Alves foram alguns dos escritores que sofreram com a tuberculose e fizeram da moléstia tema de suas produções literárias. Hoje, a doença não está mais presente em versos e poemas, mas continua fazendo muitas vítimas. Todos os anos, são notificados cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 70 mil casos novos são registrados anualmente e ocorrem 4,6 mil mortes em decorrência da doença.
Transmitida pelo bacilo de Koch - o Mycobacterium tuberculosis - a tuberculose é uma das doenças infecto-contagiosas que mais mata no país. "O contágio se dá por via aérea e a bactéria consegue sobreviver por até 24 horas suspenso no ar. Então, ambientes fechados e pouco ventilados favorecem a transmissão da doença", explica o bioquímico Marcos Kozlowski, responsável técnico do Lanac - Laboratório de Análises Clínicas.
Tosse por mais de duas semanas, febre, produção de catarro, cansaço, dor no peito e falta de apetite estão entre os sintomas da tuberculose, que afeta principalmente o pulmão. Como a doença tem cura, o diagnóstico precoce é fundamental. "O exame do escarro, também chamado de baciloscopia, faz uma análise da secreção dos pulmões e consegue descobrir quais as fontes da infecção para o devido tratamento", conta Kozlowski.

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