Procedimentos realizados por um especialista ajudam no controle da progressão da doença e suas consequências, além de melhorar a estética
As microvarizes, veias reticulares
e telangiectasias, conhecidas como “teias de aranha” vascular, e
popularmente como vasinhos, ficam na superfície da pele, localizadas nas
coxas e pernas, onde são mais comuns. Mas também podem surgir em outros locais,
como na face (asa de nariz e nas bochechas, próximo aos olhos).
O surgimento dos vasinhos pode estar relacionado
com causas hormonais, hepáticas, gestação, anticoncepcionais, ganho de peso,
ortostase prolongada (permanecer por um longo período em pé) e a
hereditariedade, que também favorece o risco.
Normalmente, os pacientes procuram o especialista
por acharem ser apenas uma questão estética. Porém, o aparecimento das
telangiectasias precisa ser investigado. Conforme explica o médico angiologista
e cirurgião vascular, diretor de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de
Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Fábio
José Bonafé Sotelo, é importante que o paciente seja avaliado por um cirurgião
vascular ou angiologista para verificar a relação entre as veias colaterais e
nutridoras, e para verificar as causas. “O tratamento vai depender do histórico
de saúde do paciente, da quantidade de varizes e seus calibres, da relação com
veias mais grossas, que nutrem os vasos menores, e do tipo de vaso a ser
tratado”.
Depois da avaliação do especialista, o tratamento
dos vasos finos e tortuosos, que ocorrem sobretudo nas pernas, pode ser
realizado de forma química, com a glicose hipertônica e a espuma densa (polidocanol),
por exemplo. “Os egípcios já realizavam a escleroterapia com resultados
excelentes, sendo um procedimento historicamente consagrado. A utilização de
técnicas combinadas com laser e escleroterapia química, o uso da espuma densa e
a radiofrequência, associadas à escleroterapia química, são técnicas novas que
têm sido aplicadas por especialistas vasculares com bons resultados”, afirma
Dr. Sotelo.
Normalmente, existe o receio das injeções e a
queimação do agente químico ou do laser, mas, via de regra, a adaptação ao
tratamento é muito rápida e a apreensão e o medo logo desaparecem. Além disso,
deve ser realizado sempre por profissionais vasculares e ou angiologistas,
certificados e que utilizam as técnicas corretas, que reduzem as sensações
dolorosas, ardor, coceira, edema e manchas. O procedimento é importante
para o controle da progressão da doença e suas consequências e também promove
melhora na estética. Vale lembrar que, muitas vezes, o método é realizado
em etapas, com número de sessões variáveis para se obter o efeito esperado.
A época mais indicada para realizar a ecleroterapia
é no período de inverno, pois, no verão, a exposição solar na área tratada
aumenta em demasia o risco de manchas definitivas, em geral hipercrômicas
(escuras).
Após a intervenção, é fundamental manter alguns
hábitos para evitar que os vasinhos voltem. Determinados cuidados podem ajudar,
como o uso da meia elástica, o controle do peso, dieta saudável, alternância de
posição de trabalho, repousar mais vezes com as pernas elevadas são medidas
protetivas e importantes.
“É muito importante que a população
compreenda que o tratamento dos vasinhos, apesar de aparentemente ser simples,
é bem complexo e pode ser a primeira manifestação de doenças mais graves. Além
disso, o entendimento anatômico, etiopatogênico, o treinamento e o domínio da
técnica e a atenção às regras de assepsia e antissepsia são essenciais para o
sucesso e a segurança do paciente. Não é incomum que os sistemas venosos mais
profundos estejam envolvidos, inclusive pode haver comunicação direta entre o
sistema venoso superficial e o profundo, podendo acontecer complicações graves
como trombose venosa profunda, embolia pulmonar e até mesmo acidente vascular
cerebral. Somente o angiologista e o cirurgião vascular possuem treinamento
adequado e suficiente para executar de forma segura todas as etapas do
procedimento e reconhecer e tratar rapidamente complicações que podem
eventualmente surgir. Por isso, antes de iniciar o tratamento, é preciso
verificar se o profissional possui título de especialista e se a clínica tem
todos os requisitos sanitários para a realização da prática”, afirma o
presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular –
Regional São Paulo, Dr. Fabio Rossi.
A SBACV-SP tem como missão levar informação de
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Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia
Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP