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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Fevereiro Roxo alerta para conscientização sobre Alzheimer, fibromialgia e lúpus


Doctoralia apoia campanha e aposta na informação como uma das maiores aliadas para a qualidade de vida de pacientes e familiares


Apesar de ter apenas 28 dias (ou 29, em ano bissexto), fevereiro é um mês bastante movimentado para os cuidados com a saúde. O Fevereiro Roxo, por exemplo, alerta para a conscientização sobre três doenças: Alzheimer, fibromialgia e lúpus. Atenta à importância da informação como ferramenta para esclarecer dúvidas e levar mais qualidade de vida às pessoas, a Doctoralia, plataforma que conecta profissionais de saúde e pacientes, engaja-se à campanha e traz informações validadas por especialistas com o intuito de conscientizar e desmistificar essas doenças.  


Alzheimer: apoio familiar é essencial para o bem-estar do paciente

Cerca de 1,2 milhão de brasileiros têm Alzheimer, e somente metade deles faz tratamento. A Associação Brasileira de Alzheimer estima que 100 mil novos casos surjam a cada ano no país, número que pode dobrar até 2030. O neurologista Willian Rezende, membro da Doctoralia, observa que o diagnóstico da doença é clínico. “O médico deve analisar o quadro de demência do paciente e solicitar exames como hemograma e tomografia ou ressonância magnética do crânio, para descartar a possibilidade de outras doenças, e testes psicológicos para verificar o funcionamento cognitivo.”

Ele diz que os primeiros sinais da Doença de Alzheimer envolvem dificuldade para executar tarefas habituais, como preparar refeição, pagar contas ou fazer compras, levando mais tempo para realizá-las ou cometendo mais erros. “É fundamental que o paciente e um familiar busquem auxílio profissional para uma avaliação minuciosa e acompanhamento médico”, esclarece o especialista.

Embora não exista cura para o Alzheimer, atualmente é possível que os pacientes diagnosticados tenham uma qualidade de vida melhor, por meio de tratamentos que minimizam os sintomas, mantendo-os estáveis ou tornando a progressão da doença mais lenta. Além do uso de medicamentos prescritos, Dr. Willian indica atividades que estimulem a atenção, a memória, o raciocínio lógico e a linguagem, por exemplo jogos e desafios mentais, resgate de histórias e reflexões, bem como treinos específicos e um calendário para auxiliar na orientação temporal.

O contato social é igualmente importante, pois promove a integração do paciente e estimula a comunicação, a convivência e o afeto. Porém, deve-se evitar aglomerações e lugares muito movimentados, que podem deixar o paciente confuso. Praticar atividades físicas e fazer fisioterapia ajudam na coordenação, equilíbrio, força muscular e flexibilidade, favorecendo a independência e a percepção sensorial. “Exercícios como alongamentos, fortalecimento muscular e aeróbicos moderados são indicados, desde que sob orientação e com acompanhamento”, acrescenta o neurologista.


Fibromialgia: tratamento precoce ajuda a minimizar os sintomas

De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a fibromialgia acomete, principalmente, pessoas com idade entre 30 e 60 anos. Entretanto, idosos e até crianças e adolescentes também podem ser diagnosticados com a doença, que consiste em dores por todo o corpo, com sensibilidade nas articulações, nos tendões, nos músculos e em outros tecidos moles. “A síndrome também é caracterizada por fadiga, insônia, dores de cabeça, ansiedade e depressão”, destaca o reumatologista Jaime Goldzveig, membro da Doctoralia.

Embora suas causas sejam desconhecidas, está associada a fatores genéticos, infecções por vírus, doenças autoimunes, trauma físico ou emocional e sedentarismo, sendo mais comum em mulheres entre 20 e 50 anos. Pacientes com artrite reumatoide ou lúpus também são mais suscetíveis à fibromialgia.

O diagnóstico é feito por um especialista, que avalia os principais pontos de dor: região da coluna cervical, coluna torácica, cotovelos, nádegas, bacia e joelhos. “O tratamento inclui o uso de medicamentos prescritos aliados a uma dieta balanceada, terapia cognitivo comportamental, fisioterapia, exercícios físicos programados, massagens e técnicas de relaxamento”, conta Dr. Jaime.

Como a fibromialgia não tem cura nem existem maneiras de preveni-la, o médico alerta para a importância de buscar ajuda médica ao identificar os possíveis sintomas, uma vez que quanto antes o paciente iniciar o tratamento, menores serão os danos da doença. “Ter um estilo de vida saudável, estar atento à postura corporal, reconhecer os limites ao praticar atividades físicas e ter uma boa noite de sono são essenciais para quem convive com o problema”, complementa o neurologista Willian Rezende.


Lúpus: informação é grande aliada de quem sofre com a doença

Doença inflamatória de origem autoimune, na qual o sistema imunológico ataca os tecidos saudáveis do organismo por engano, o lúpus afeta articulações, pele, rins, cérebro e outros órgãos, causando febre, fadiga e dor nas articulações. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, aproximadamente 65 mil brasileiros têm a doença, sendo a maioria mulheres.

Existem quatro tipos de lúpus: discoide, no qual a inflamação ocorre apenas na pele, levando a lesões avermelhadas no rosto, na nuca ou no couro cabeludo; sistêmico, forma mais comum e que compromete vários órgãos ou sistemas; induzido por drogas, semelhante ao sistêmico, porém temporário enquanto o paciente estiver fazendo uso de determinado medicamento, via de regra; e neonatal, mais raro e em filhos de mulheres com lúpus.

Dr. Jaime explica que a causa do lúpus ainda não foi identificada pela medicina, mas está atrelada a fatores hormonais, infecciosos, genéticos e ambientais. “A prevalência da doença é maior em mulheres, podendo surgir em qualquer idade, embora seja mais comum entre os 15 e 40 anos. Algumas etnias também são mais suscetíveis, como afro-americanas, hispânicas e asiáticas”, comenta.

O reumatologista revela que o diagnóstico costuma ser difícil, uma vez que os sintomas variam de um paciente para o outro, e podem ser confundidos com outras patologias ou mudam com o passar do tempo. “O ideal é que além do exame físico, sejam solicitados exames de anticorpos, sangue e urina, além de radiografia do tórax e biópsia renal, quando necessário”. Sem cura definitiva, o lúpus precisa ser controlado, o que é feito seguindo o tratamento farmacológico à risca, sempre com acompanhamento médico.

“Além de apoiar campanhas como esta, que conscientizam a população sobre os cuidados com a saúde, a Doctoralia disponibiliza em sua plataforma informações validadas por especialistas e oferece praticidade na interação entre pacientes e esses profissionais, tornando a experiência de saúde mais humana. Acreditamos que fazemos a diferença na vida das pessoas e buscamos aprimorar cada vez mais a plataforma”, afirma Carlos Eduardo Spezin Lopes, Country Manager da Doctoralia no Brasil.








“Se cuida, Doutor!”: Estima-se que dois a cada cinco médicos possam apresentar a Síndrome de Burnout


 Condição que se apresenta na forma de esgotamento físico e mental tem relação com as condições e demandas excessivas de trabalho


Nas últimas décadas, a profissão médica vem passando por rápidas transformações e as pressões de seu trabalho junto com a falta de tempo em suas rotinas para cuidar da própria saúde podem ocasionar cenários de desgastes físicos e emocionais sérios. Isso se deve, em parte, à incorporação de novas tecnologias para diagnóstico e tratamento das doenças e ao aumento da complexidade e da burocracia para a administração dos serviços de saúde.  Nesse cenário, o médico exerce um trabalho no qual é praticamente impossível não passar por algum tipo de situação estressante e onde o tempo é escasso seja no trabalho, seja para realizar as atualizações científicas necessárias, ou ainda para cuidar da própria saúde.  

É comum que os médicos se descrevam como esgotados do ponto de vista emocional e físico. Na realidade, muitos deles podem estar apresentando sintomas da Síndrome de Burnout, mesmo não se dando conta disso. “Muitos médicos acabam indo trabalhar mesmo quando não estão bem, pois diferentemente de alguns trabalhos, o deles tem uma recompensa social. Para os médicos pode existir o reconhecimento, o status, outros benefícios além do dinheiro que se ganha. Então abrir mão disso tudo e se afastar é ruim”, explica o Dr. Daniel Barros, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e coordenador médico do Núcleo de Psiquiatria Forense. 

A expressão “Síndrome de Burnout” foi criada na década de 1970, para descrever um conjunto de reações de intenso desgaste físico e mental ocasionado pelo trabalho e caracterizado por exaustão, frustração e isolamento. É uma condição reconhecidamente associada com profissões onde o relacionamento pessoal é intenso, mais especificamente, como naquelas que envolvem cuidados com a saúde. O termo em inglês “burnout” é usado para descrever uma sensação de “estar acabado”, de total esgotamento, ou de ter suas energias exauridas por completo. 

Segundo a Associação Americana de Psiquiatria (APA), dois a cada cinco médicos norte-americanos podem apresentar a Síndrome de Burnout. Entre as manifestações dessa condição incluem-se: 


1.   Exaustão emocional (falta de energia e entusiasmo): Fadiga crônica, sensação de cansaço durante o dia e até depois do trabalho, problemas para dormir e incapacidade para manter o foco no trabalho.  A exaustão pode estar associada a sintomas físicos também, como dor nas costas e/ou de cabeça. 

2.   Despersonalização (distanciamento/indiferença): Ser muito crítico consigo ou com os colegas ao redor, cinismo, falta de empatia e desilusão.

3.   Sentimento de falha (incompetência): Sentir que não está mais se dedicando e que seu trabalho não é valorizado.

Em partes, esses sintomas, quando intensos, podem ser responsáveis pelas altas taxas de suicídio encontradas entre os médicos, em comparação com as taxas de suicídio da população no geral. Segundo a Fundação Americana de Prevenção ao Suicídio (AFSP, na sigla em inglês), os médicos apresentam uma taxa de suicídio quase duas vezes maior que a população geral. As possíveis explicações para essas diferenças incluem a potencial relutância dos médicos em perceberem que necessitam de algum tipo de ajuda, ou uma possível dificuldade para identificar em si as graves manifestações da Síndrome de Burnout. A falta de identificação dos sintomas da Síndrome impede o adequado manejo da condição, e a persistência desse profissional no mesmo ambiente e nas mesmas condições de trabalho tem o potencial para agravar os sintomas dessa síndrome.

O desequilíbrio entre a atividade profissional e a capacidade do médico em suportar a carga de trabalho, associado à dificuldade do mesmo para repor a energia utilizada no seu dia a dia e que levam às manifestações de esgotamento físico e mental, vem sendo estudados por diversas instituições acadêmicas e serviços médicos ao redor do mundo. O melhor entendimento dessa condição pode gerar tanto benefícios diretos, como um tratamento mais adequado e em uma melhor qualidade de vida do médico, como indiretos, com a melhora do serviço médico prestado, redução do absenteísmo e aumento da efetividade, o que obviamente beneficiaria também ao paciente. Algumas vezes, até mesmo as medidas simples podem trazer resultados interessantes: 

“No caso do Burnout, o que parece existir é um desencontro do trabalho com o trabalhador. Esse desencontro acontece por causa de pressões, metas e falta de reconhecimento e autonomia, mas não se resume apenas a isso. Às vezes, medidas simples como um aumento de flexibilidade nas tomadas de decisão que é dada ao trabalhador, no caso o médico, já lhe proporciona uma sensação de autonomia e controle que melhora seu bem-estar”, exemplifica o médico.  

Mas ainda existe muito a ser feito para conscientizar o médico sobre a Síndrome de Burnout e sobre a importância de se dar um tempo para que ele possa cuidar de sua saúde física e mental.  

No caso do Brasil, A Bayer desenvolve, desde 2017, o projeto “Se cuida, Doutor”, um convite à classe médica, para que os mesmos se cuidem, incentivando a prática de atividade saudáveis, a reflexão sobre como aproveitar os momentos de lazer, como desenvolver técnicas de meditação e como combater o estresse. 

“O Projeto “Se Cuida, Doutor” surgiu da iniciativa de médicos da Bayer que se interessaram pelo tema e se voluntariaram para criar uma ferramenta para o médico brasileiro repensar sua atividade profissional e como ele poderia melhorar a sua qualidade de vida. A Bayer tem várias iniciativas de engajamento de paciente e quando parou para avaliar o dia a dia do médico, chegou à seguinte questão: e se o paciente for o médico? Diante desse questionamento, acreditamos que a conscientização sobre como melhorar a sua qualidade de vida e sobre a Síndrome de Burnout seja um passo muito importante. É fundamental que o médico esteja bem para tratar bem aos seus pacientes”, comenta a Dra. Sandra Abrahão, Diretora Médica da Bayer. 

No site https://www.secuidadoutor.com.br/ é possível encontrar mais informações sobre o projeto, além de depoimentos de médicos e uma área para que instituições de apoio médico possam postar os seus contatos, criando assim uma rede de ajuda aos médicos. “Outro objetivo do projeto é deixar à disposição do médico, por meio do site, endereços e contatos de serviços de apoio, por meio dos quais ele possa encontrar suporte e orientação sempre que precisar, em sua região, cidade ou serviço médico”, salienta Dr. Mauricio de Souza, Gerente Médico da Bayer e coordenador do projeto.






Bayer: Science For A Better Life (Ciência para uma Vida Melhor)


Lesões ao andar de skate


Ao começar a andar de skate ou tentar aprender um truque ou manobra nova, muitas vezes inevitavelmente você vai cair, faz parte da curva de aprendizado. Depois de um tempo, muitos skatistas aprendem a cair corretamente ou para evitar a queda, desenvolvem técnicas especiais. Aqui estão alguns exemplos de como evitar quedas e como cair (caso aconteça) com o dano menor possível ao seu sistema músculo esquelético.  

Ajuste as suas rodas para o ponto onde você se sinta confortável, especialmente quando for comprar pela primeira vez. Use uma tabela de ajustes, a maioria das lojas as tem e orientam o melhor ponto de colocação. O erro mais comum é apertar as rodas em excesso. Ajuste para o ponto que quando você está em seu skate não force ou emita sons como se estivesse rangendo (alguns óleos sintéticos nas buchas de borracha ajudam). 

Movimente e rode cada roda para verificar se eles não tocam a mesa, peça na qual o eixo é encaixado, durante as curvas duras, pois isso gera uma parada súbita. Rodas mais macias são melhores para andar na rua, uma vez que proporcionam muita aderência; no entanto, elas falham em lugares de madeira por exemplo. As rodas mais duras falham menos e criam menos atrito com o solo, permitindo uma maior aderência entre o tênis e o skate; portanto, eles são mais populares no skate convencional. Todos os ajustes técnicos para o marinheiro de primeira viagem devem ser supervisionados por um profissional mais experiente num primeiro momento   .

Um novo skatista que tentar fazer um flip-360 graus em uma half-pipe tem que rezar pra não ter uma lesão. Você pode tentar tudo o que quiser, mas tenha cuidado sempre, faça uma evolução progressiva do grau de dificuldade de suas manobras. Você deve sair da zona de conforto para evoluir, mas que seja de forma gradual. Nunca tente algo fora do alcance de suas habilidades: ela pode levar a lesões graves.   

Se você perder o controle do seu skate, salte dele. Simples assim, você vai continuar com a energia cinética e correr um pouco antes de parar, mas evita a queda.

Se você começar a cair, há algumas medidas que você deve tomar imediatamente. Elas surgem de maneira instintiva e com tempo de treino. 
Independentemente da sua experiência, ao cair, use de preferência os braços para proteger sua cabeça. Se possuir um capacete de bicicleta ou um especial para o skate é preferível. Especialmente se o seu cérebro ainda está em desenvolvimento (crianças e adolescentes).   

Isto tende a causar problemas a longo prazo no pulso, devido aos traumas repetitivos. Tentar pousar em uma parte do corpo que é mais acolchoada, de preferência cair em rolamento.   

Procure evitar, sempre que possível, bater suas articulações. No momento da queda, os três lugares mais importantes que devem evitar ser atingidos são a cabeça, coluna vertebral e joelhos. A menos que você esteja usando joelheiras, evite cair sobre os joelhos. Estatisticamente, os entorses e traumas contusionais que atendemos em skatistas são muito comuns nos membros inferiores.   

Depois de algumas quedas duras, tente passar para outra atividade até sua melhora. Se for o caso de traumas mais sérios, procure um médico do esporte para te avaliar, mas só volte se estiver 100%. Cada vez que você cair na mesma parte do corpo, o risco de lesões aumenta consideravelmente. E se você andar de skate com dores no corpo, provavelmente não conseguirá fazer as manobras nem andar com a mesma agilidade, favorecendo novamente às quedas.  


Conselhos finais

- Tentar pousar em ambos os pés, se você cair em um, você pode torcer e quebrar.

- Certifique-se que a área de patinação está livre de obstáculos como pedras pequenas. 

- Estas podem não parecer ameaçadoras, mas se você passar por elas, suas rodas vão parar e você não. Sempre ande de skate com muitas pessoas. 

- Se algo sério acontecer, sempre haverá alguém que pode chamar o número de emergência e ajuda. Se você anda de skate sozinho, sempre leve um telefone com você.

- Use tênis específicos para skate. Se você for muito rápido e não puder parar, o tênis ajuda a frear.

- Capacete, joelheiras, cotoveleiras e algumas órteses são extremamente úteis e evitam a maioria das lesões mais sérias.     


Bons treinos!





Ana Paula Simões - Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. www.anapaulasimoes.com.br



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