Pesquisar no Blog

terça-feira, 6 de junho de 2017

Espelho, espelho meu, o meu negócio já morreu?



 
Após a metamorfose digital do cliente, o seu negócio continua o mesmo?



A velocidade das mudanças dos negócios, impulsionada especialmente pelo crescimento dos dados e do digital, impressiona e não é novidade para ninguém. Nesse contexto, encontramos de um lado empresas que já nasceram digitais e de outro o crescimento da concorrência, que já não é mais definida pelos limites de indústria – ela pode vir de qualquer lugar. Como ser líder em um cenário tão complexo e volátil? Reimaginar o negócio, reavaliar a cadeia de valor e reconstruir a organização são ações primordiais para alcançar a liderança.

Dois pontos são os mais importantes nesse processo. O primeiro ponto precisa ser o autoconhecimento. Você conhece profundamente sua empresa, seus profissionais, seus produtos e seus serviços? O segundo, e ainda mais importante: você conhece o seu cliente e a necessidade real dele?

Imagine-se no sapato de um potencial cliente: você se deparando com a sua marca, com o seu portfolio de soluções, de serviços. Pergunte-se, friamente: essas soluções são realmente relevantes para mim? Eu usaria? E mais: por que eu usaria? Se uma das respostas for negativa ou mesmo duvidosa, sinal vermelho: ou você reinventa o seu negócio ou ele não sobreviverá.


Quando se reinventar?
Existem três momentos principais em que a reinvenção do negócio é necessária:


- Quando os negócios vão bem
“Se está dando certo, por que vou mexer?”. Esse é o pensamento mais equivocado que um executivo pode ter. O momento que os negócios vão bem é o momento mais favorável à mudança: é possível parar, estudar e se aprofundar no conhecimento do cliente e existem recursos que podem ser investidos para aumentar a receita e o market share. A Audi ousou se reinventar nesse tempo. 

Estudaram o mercado e entenderam que os clientes visitavam as lojas somente para fazer o test drive e que esse era um problema para eles, já que as lojas eram costumeiramente distantes do centro da cidade. Esse problema também era compartilhado pela própria Audi, que tinha um custo alto para manter essas lojas, sempre dispondo de grande espaço para exposição de diversos modelos de automóveis. A solução foi a inauguração de uma loja no centro de Londres, com a exposição de somente um carro, top de linha, e um ambiente lúdico com recursos audiovisuais. O aumento da receita beirou os 70% e 50% dessas vendas foram feitas a clientes que não exigiram o test drive.

 
- Quando os negócios estão estáveis
É natural que a curva de crescimento da empresa se torne estável em determinado momento. Quando o negócio estaciona, ele definitivamente precisa ser reinventado e a mudança de percurso do avião precisa ser ousada e acontecer durante o voo. Imagine-se sendo portador de um negócio super tradicional, como uma gráfica, por exemplo. Os negócios não vão mal, mas também não há crescimento. Como você se reinventaria? Qual problema do seu cliente você poderia resolver? Uma gráfica norueguesa criou um app que dá aos clientes acesso aos seus documentos, permite que sejam editados, envia o material para a gráfica mais próxima dele, permite que o pagamento seja feito diretamente pelo app e notifica quando a impressão estiver pronta e a caminho do cliente. Você duvida que houve aumento de receita?

 
 - Quando os negócios vão mal
Esse, sem dúvida alguma, é o momento mais crucial para uma reinvenção. Porém, considerando que nesse momento os recursos são escassos, o segredo é encontrar novas fontes de recursos, até então “escondidas”. Imagine-se no lugar dos principais executivos de um canal de TV que transmite informações meteorológicas e que se vê em um beco sem saídas com a popularização do uso do mobile. Pessoas acessando informações sobre o clima de seus dispositivos durante 2 ou 3 segundos não abre brechas nem para monetizar com advertising. Qual a fonte de receita mais preciosa escondida nesse negócio? Os dados, que passaram a ser comercializados para fazendas e produtores rurais, além de empresas como a P&G, que teve um aumento de 28% no volume de vendas em função de um estudo dessa empresa de meteorologia que identificou um aumento na troca de shampoos entre o público feminino quando havia mudança climática.

 
Como se reinventar?

 
1 – Reconheça que você precisa se reinventar
Esse processo pode ser um pouco doloroso no começo – não gostamos de admitir que não estamos no caminho certo. Mas um processo minucioso de autoconhecimento e uma pitada de coragem de admitir que precisa mudar são os primeiros grandes passos para o sucesso do negócio.

 
2 – Olhe pelo ponto de vista do cliente
Na era digital, o ponto de vista e a necessidade do cliente precisam ser o centro de tudo – de todas as estratégias e decisões da empresa. Vender tecnologia se tornou uma estratégia do passado, utilizada por empresas não líderes. A pergunta chave hoje deve ser: “qual a importância do meu produto e/ou serviço no contexto de vida do meu cliente?”. E o desafio não para por aí. É preciso conhecer não somente “quem é o seu cliente”, mas também “quem é o seu cliente hoje”, pois o comportamento muda constantemente. É preciso se mover para onde os clientes estão se movendo, ou você perderá relevância e representatividade no mercado.

 
3 – Motive-se
Haja o quanto antes. Não espere que os ventos que sopram a favor do seu negócio mudem de direção sem que você esteja preparado.

 
4 – Inspire-se
Olhe para fora, busque e conheça casos de empresas que passaram por esse processo e foram bem sucedidas e inspire-se neles.
 

5 – Defina seu “how to work”
Defina sua estratégia, crie seu plano de ação e visualize bem as etapas que precisará seguir para alcançar o resultado esperado.

 
6 – Dê uma alma para o seu negócio
Se você quer compradores, venda produtos. Se você quer embaixadores de marca, dê um significado para o seu negócio. As pessoas são muito mais motivadas a comprar e divulgar uma marca quando se sentem conectadas a ela – sem um significado, isso não é possível.

 
7 – Seja persistente e tenha firmeza de propósito
Quando os primeiros passos são dados e os resultados de curto prazo não são positivos ou não atendem as expectativas, é natural que o instinto da empresa seja recuar para a zona de conforto, até então já conhecida. Esse movimento é muito perigoso e inviabiliza o crescimento sustentável do negócio. É necessário encarar as turbulências como um processo natural do voo e ter firmeza de propósito, persistência e coragem de continuar.

 
 Conclusão
Se você ainda não está convencido de que a reinvenção é vital para a sua empresa, se ainda tem dúvidas se o seu negócio é relevante, se atende o seu cliente e se você precisa se reinventar, pare tudo agora. Ao sinal da menor dúvida, pergunte-se: qual problema relevante do meu cliente posso resolver? Como posso reinventar meu negócio para atendê-lo? E mais: como posso reinventar meu negócio para sobreviver?


O momento é agora. Estude, aprofunde-se, tenha coragem, reinvente-se.






Amanda Matos Cavalcante - Gerente de Marketing da Triad Systems. Formada pela Fatec e pós-graduada pelo Mackenzie, possui no currículo cursos de Branding pela ESPM e Condução de Estratégias Digitais pela Harvard Business School.

  

6 perguntas e respostas sobre gestão empresarial



Entre os meses de fevereiro e março de 2017, mais de sete milhões de negócios foram formalizados no Brasil, de acordo com levantamento divulgado pelo SEBRAE. Desse número, 78% acredita que a formalização contribui para vender mais. “Profissionalizar o negócio, sem dúvida, é um dos melhores caminhos para que ele prospere”, afirma o diretor da Zipline, Deivison Alves Elias.

Com mais de 10 mil clientes atendidos em todo o país, entre microempreendedores e pequenas empresas, Elias defende que a gestão empresarial é a melhor maneira de comandar o negócio. “Ter informações reais e saber a exatidão de cada uma delas é fundamental para a saúde da empresa e, principalmente, para a tomada de decisões”, explica.

Para ajudar microempreendedores a entenderem a importância da gestão empresarial em seus negócios, confira 6 perguntas e respostas sobe ERP:


1)   Toda empresa precisa de um sistema de gestão empresarial?
Toda empresa necessita do auxílio de um sistema de gestão empresarial para ajudar no gerenciamento do negócio. É muito mais fácil fazer o controle das atividades realizadas pela empresa com a automatização proporcionada por um sistema do que fazer esse processo manualmente em uma planilha ou uma agenda, sem contar que a chance de erro é muito menor, além da facilidade de acesso as informações da empresa por mais de uma pessoa.


2)   Como identificar qual a melhor solução de ERP para um negócio?
A falta de um sistema de gestão aponta várias falhas, desde um controle de estoque com contagem incorreta, falta de conhecimento das contas a pagar e a falta de conhecimento do fluxo de caixa. A ausência de um sistema ERP cria estas e outras falhas, que geralmente podem ser identificadas através de análise, consultoria ou uma simples reunião do quadro de sócios.


3)   Porque uma empresa precisa informatizar sua gestão empresarial? Quais serão os benefícios diários que ela pode ter?
Os benefícios que a informatização pode trazer para as empresas são muitos. A automatização dos processos de controle financeiro, de estoque, controle de compras e vendas pode economizar tempo dos colaboradores e fazer com que a empresa possa focar exclusivamente nas atividades do seu negócio, já que um sistema ERP cuida do gerenciamento e documentação das atividades.


4)   Com um sistema ERP, a empresa pode se tornar mais competitiva? De que maneira?
Com a organização dos processos de controle financeiro, a empresa pode fazer uma mensuração muito mais detalhada dos resultados que estão sendo obtidos, se a empresa teve lucro ou prejuízo em determinado mês, se as vendas aumentaram ou decaíram, quais são os gastos que a empresa teve e onde é possível cortar esses gastos, etc. A mensuração de resultados proporcionada por um sistema de gestão empresarial indica caminhos para a empresa seguir, de forma a otimizar os seus resultados.


5)   Quais podem ser as melhores práticas para uma gestão empresarial eficiente?
Organização, pois uma empresa organizada, com o adendo do sistema ERP tem controle total de tudo o que passa da empresa. Além disso, entra também a inovação. A empresa que continua a se reinventar, toma a liderança quando trata-se de demanda do mercado.


6)   Quais são as principais características que faz um sistema de ERP ser eficiente?
Simplicidade. Um software se torna cada vez mais útil quando mais pessoas podem e conseguem usá-lo dentro da organização. Se for difícil e burocrático, pode haver resistência por parte dos colaboradores. Antes de tudo deve haver adesão dos colaboradores e compreensão sobre a importância do ERP no dia a dia da empresa.





Deivison Alves Elias - diretor executivo com 16 anos de experiência em sistemas de gestão empresarial. Está a frente da Zipline, empresa responsável pelo eGestor – sistema ERP com mais de 10 mil micro e pequenas empresas atendidas.  



BRASIL SEGUE COM POUCA REPRESENTATIVIDADE MUNDIAL EM PESQUISA CLÍNICA



Contudo, o País se manteve na liderança da América Latina


Os países da América Latina registraram um crescimento de 33% no market share de pesquisas clínicas no mundo, o segundo maior incremento registrado em 2016, seguido da Austrália, com 58% de aumento. Isso é o que revelam dados do Instituto ClinicalTrials. O Brasil continua na liderança dos países latinos, com 5.698 estudos em andamento, porém o número é expressivamente menor que os 102.387 dos Estados Unidos. O total do mundo é de 246.202.

O avanço das pesquisas clínicas representa uma vitória na busca por acesso a drogas experimentais, com benefícios diretos à economia do País e à capacitação de profissionais do setor. Quanto mais ciência for produzida no Brasil, mais investimentos a pesquisa tende a receber, proporcionando maior autonomia econômica e conhecimento científico e tecnológico.

“O avanço, contudo, pode ser um salto na série histórica do País, mas não consegue colocá-lo entre as nações mais inovadoras, apesar de sermos o sexto maior mercado farmacêutico do mundo”, analisa Antônio Britto, presidente-executivo da INTERFARMA (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).

O Brasil é atraente aos pesquisadores. A diversidade cultural, étnica e demográfica de um País com 201 milhões de habitantes consegue oferecer um ambiente muito favorável à pesquisa clínica no setor farmacêutico. Contudo, existem entraves. Hoje, a aprovação de um pedido de protocolo de pesquisa clínica leva cerca de 12 meses no Brasil, enquanto a mesma análise é liberada em dois meses nos Estados Unidos e em até quatro na maior parte da Europa. A média mundial é de seis meses.

Essa morosidade acontece por conta das análises sanitária, realizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e ética, que requer uma dupla validação do sistema CEP/CONEP, composto pelos Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Ambos os processos têm enfrentado uma espera incompatível com os padrões mundiais.

O resultado disso é que muitos cientistas acabam retirando o pedido de estudos no Brasil, porque o mesmo pedido já foi aprovado em todos os outros países – as pesquisas multicêntricas precisam ser feitas em várias nações ao mesmo tempo. “O mundo não pode esperar pelo Brasil”, afirma Britto. Assim, o País conta hoje com apenas 2,3% de todas as pesquisas clínicas do mundo, um percentual pequeno diante da representatividade do mercado para o setor farmacêutico. 





Posts mais acessados