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terça-feira, 16 de junho de 2015

10 dicas de como evitar gripes e resfriados




Professor do curso de Medicina da UNIFRAN explica as causas e prevenção
Essa época de outono e inverno, quando o clima fica cada vez mais frio e seco, começam a surgir as doenças próprias destas estações do ano, principalmente a gripe e o resfriado. Estas doenças, apesar de serem muito confundidas pela semelhança dos sintomas, são distintas e causadas por vírus diferentes. Atacam predominantemente o sistema respiratório das pessoas e podem se manifestar com alguns sintomas como: mal estar geral, perda do apetite, irritação na garganta, coriza, tosse com ou sem catarro, espirros, febre, dor de cabeça e no corpo.
É importante lembrar que nem sempre todos estes sintomas ocorrem juntos, e que a intensidade destes varia de uma pessoa para outra. A transmissão é feita através de gotículas de saliva e secreções respiratórias da pessoa doente ao falar, tossir ou espirrar e por contato direto, principalmente quando a higiene das mãos é negligenciada.
 “A prevenção é, de longe, a melhor forma de evitar o contágio e as possíveis complicações destas viroses”, explica o professor Lucas Macedo, do curso de Medicina da Universidade de Franca (UNIFRAN). Ele separou 10 dicas para passar por este período do ano com a saúde em dia:
1.            Manter uma alimentação saudável e equilibrada. A não ser que exista indicação médica não faça uso de vitaminas por conta própria. É melhor e mais barato investir na alimentação correta.
2.            Hidratação vigorosa com bebidas saudáveis é fundamental.
3.            Pratique atividade física regular.
4.            Descanse e tenha boas noites de sono. Em conjunto com as medidas acima, este hábito também fortalecerá o sistema de defesa do seu organismo.
5.            Se você já é portador de alguma doença, principalmente as que afetam o pulmão, coração e a diabetes deve-se mantê-las controladas e com acompanhamento regular do seu médico.
6.            Cheque sua carteirinha de vacinação. Ela deve estar sempre em dia. Lembre-se que todo ano há campanha de vacinação contra a gripe. Vá ao Posto de Saúde mais perto de sua casa e confira se você deve recebê-la.
7.            Reconheça os primeiros sintomas de gripe ou resfriado, procure seu médico rapidamente para que seja iniciado o tratamento adequado.
8.            HIGIENE! Lave sempre as mãos! É a medida mais eficaz para evitar a transmissão destas doenças. 
9.            Ao tossir ou espirrar, proteja a boca e o nariz com as mãos ou lenço. Depois não se esqueça de lavá-las! Evite uso conjunto de copos, talheres e toalhas.
10.          Evite ambientes fechados e aglomerações, muito comuns em dias frios. Deixe sua casa e seu ambiente de trabalho sempre arejado.

UNIFRAN - www.unifran.edu.br

Analgésicos podem mascarar problemas mais sérios de coluna





Especialista acredita que o uso de paracetamol é eficaz em alguns casos, mas é preciso bom senso e saber a hora de procurar ajuda de um profissional.


Pesquisa publicada no The British Medical Journal* concluiu que um dos analgésicos mais utilizados, o paracetamol, não tem eficácia no tratamento da dor nas costas. Segundo o estudo, o remédio não proporciona qualquer melhora na funcionalidade ou na qualidade de vida de quem sofre com  dores na coluna.

Para o fisiatra intervencionista e diretor do Spine Center, Daniel Pimentel, é preciso cautela diante do resultado apresentado. “A dor nas costas é um sintoma e não um diagnóstico. Sua  causa pode ser um reflexo de várias estruturas do corpo (articulações da coluna, dos discos intervertebrais, dos nervos, dos ossos, ou mesmo dos músculos e ligamentos que envolvem a coluna) e, cada uma requer um tratamento específico ” diz o especialista. “A medicação em questão pode ser eficaz em alguns casos”, completa.

Generalizar o estudo pode ser um problema. De acordo com Pimentel, o paracetamol representa baixo risco ao paciente, principalmente se usado por curtos períodos de tempo. "Isso não significa que não haja risco à saúde pelo seu uso. Toda medicação tem  efeitos colaterais, é necessário bom senso na hora do uso ”, ressalta Daniel.

As dores nas costas vão além da indicação de se usar ou não paracetamol. "Se o uso constante de medicações analgésicas, anti-inflamatórias ou relaxantes musculares se torna um hábito, pode ser prejudicial ao  organismo e mascarar problemas mais sérios de coluna", alerta.

Quando procurar o médico?

  • dor persistir por mais de 1 mês
  • dor intensa, principalmente à noite ao deitar
  • dor  que se reflete na perna causando fraqueza, formigamento ou adormecimento
  • dor associada a uma perda de peso não intencional
  • dor acompanhada de inchaço ou vermelhidão nas costas
  • dor após um acidente como batida de carro ou queda importante
  • dor associada a dificuldade de controlar fezes e urina
  • dor acompanhada de febre, tremores ou suor excessivo
  • dor com um histórico prévio de câncer


*Estudo: Efficacy and safety of paracetamol for spinal pain and osteoarthritis: systematic review and meta-analysis of randomised placebo controlled trials. BMJ. 2015 Mar 31;350:h1225.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Transplante de medula: médicos orientam sobre doação personalizada





Campanhas de mobilização para localização de doadores de medula óssea são frequentes. Quando celebridades, políticos e pessoas influentes se sensibilizam com um caso e passam a pedir doações na mídia e em redes sociais, um grande número de pessoas lotam os hemocentros para serem voluntários. Mas o ideal seria que as pessoas se cadastrassem para qualquer paciente, não apenas a partir de uma campanha personalizada.
Para Luis Bouzas, diretor geral do Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME), deve haver uma conscientização por parte da sociedade que muitas pessoas precisam de medula de óssea e que só o fato de se cadastrarem nos hemocentros não significa que a doação foi efetivada. “Uma vez cadastrada, essa pessoa tem que manter o cadastro atualizado, pois no momento que um paciente for compatível, o hemocentro poderá contatá-lo e, a partir desse momento, começa a doação efetiva”, explica o médico.
Além disso, é preciso diversificar a genética nos registros. Doações para pacientes raros devem ser feitas de forma organizada e criteriosa. Se o paciente é descendente de orientais, a captação deve ser feita em locais onde residem pessoas com ascendência oriental. Se o paciente é descendente de alemães o ideal é que se faça no sul do país ou diretamente no Registro Alemão e assim por diante. O REDOME já é o terceiro maior Registro do mundo com 3 600 000 doadores e cadastra anualmente cerca de 400 000 novos doadores com recursos para custeio dos testes genéticos totalmente público (SUS).
Desta forma, se consegue mais efetividade nos resultados e uso racional dos recursos públicos beneficiando “todos os pacientes de uma forma geral”. Os doadores de campanha massificada, prosseguiu, vão aos bancos de sangue uma vez só e não são fidelizados. A fidelização é um dos objetivos do REDOME, cujo cadastro já atende 90% dos pacientes que buscam um doador na fase preliminar.
Esta opinião é compartilhada pelo presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Dimas Covas. Ele apoia os alertas dados pelo diretor do REDOME e destaca a importância da mobilização dos doadores de forma organizada em busca da maior efetividade dos resultados em benefício dos pacientes.


Mau hálito pode gerar doenças graves





Especialista explica que a higiene correta da boca pode evitar doenças que podem atingir os pulmões e até o coração
O mau hálito é um problema que atinge cerca de 50 milhões de brasileiros e alguns fatores como a má escovação, problemas sistêmicos e bactérias na boca, podem ser as principais causas.   
A presença de micro-organismos patogênicos da boca aumenta doenças sistêmicas que podem atingir o pulmão, ossos e até o coração. Além disso, pode piorar o diabetes.
“Essas bactérias também podem ser aspiradas para dentro dos pulmões, causando problemas respiratórios, como a pneumonia por exemplo. Recentemente foram encontrados micro-organismos da boca também nas articulações de pacientes com artrite e reumatoide”, explica o vice-presidente da SOBREHALI (Sociedade Brasileira de Estudos da Halitose), Dr. Alênio Calil.
Presentes na boca esses micro-organismos se proliferam e quando atingem a corrente circulatória podem contribuir com a formação de coágulos, principalmente quando há sangramentos na gengiva e esses micro-organismos se ligam às placas de gordura nas artérias coronárias. 
A halitose também pode afetar a vida pessoal e profissional, causando o afastamento do paciente do convívio social. Mas o que poucos sabem é que o mau hálito pode ser tratado apenas com uma boa higienização da boca.
Confira algumas dicas para prevenir e combater ao mau hálito:
- Escove bem os dentes após as refeições, no mínimo, três vezes ao dia;
- Use fio dental em todas  as escovações, ele é fundamental para não gerar gengivite, em função das bactérias que se acumulam entre os dentes e a gengiva;
-  Não se esqueça de limpar a língua onde é comum o acúmulo de resíduos e células mortas e que geram os gases do mau hálito;
-  Utilize produtos específicos para a halitose, recomendados por um especialista, e que podem auxiliar no combate ao mau hálito;
-  Não fique em jejum por longos períodos, o ideal é que você se alimente de três em três horas;
- Visite regularmente um dentista para que ele analise sua saúde bucal e identifique com exatidão qualquer tipo de problema;

Dr. Alênio Calil Mathias - vice-presidentes da SOBREHALI (Sociedade Brasileira de Estudos da Halitose) e diretor do CETH (Centro de Excelência no Tratamento da Halitose). Formado pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, especialista em Prótese Dental pela USP.

O tempo chega para todos




Hoje se pensa na velhice muito diferente de tempos atrás. As pessoas estão se preparando melhor para esta fase da vida. Existe, pelo menos, uma preocupação maior em envelhecer com mais conforto e com saúde. As pessoas estão vivendo mais tempo, de acordo com as últimas estatísticas, e a sociedade se mobiliza para receber os novos idosos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a qualidade de vida na Terceira Idade pode ser definida como a manutenção da saúde, em seu maior nível possível, em todos os aspectos da vida humana: físico, social, psíquico e espiritual. A entidade classifica cronologicamente como idosa a pessoa com mais de 65 anos em países desenvolvidos e com mais de 60 anos em países em desenvolvimento.
O processo de envelhecimento é muito particular para cada pessoa e não se inicia em uma idade específica, partindo do pressuposto que as construções, desconstruções e resignificações da vida são individuais e não atrelado à uma imposição social. O que acontece é adaptar algumas dificuldades a outra realidade. É errôneo associar a velhice à doença.
Envelhecer é o contínuo processo de adaptar-se à vida e não a morte. Acontece que a sensação de finitude faz com que percebamos a proximidade de desfecho. Todavia, aproximar-se não é concluir, mas, explorar o que ainda está por vir. Dispor-se ao que está adiante. Manter-se saudável não é para evitar uma morte prematura, mas sim, pelo propósito de ter qualidade de vida.
Relembrar do passado faz bem, desde que não se viva somente deste passado. O passado é referência, uma base sólida, mas viver o presente é igualmente importante para o idoso. O convívio social, relações de amizades, amorosas e sexuais devem fazer parte da vida do idoso. Os laços afetivos são imprescindíveis para a pessoa se sentir fazendo parte de algo, interagindo e inserido na sociedade.
A propósito, o sexo é uma perspectiva na terceira idade. Existem limitações, mas o sexo e o prazer são permitidos. A mudança implica em lidar com algumas limitações como cirurgias e a leitura do próprio corpo e do outro. Readequações necessárias, mas que não impedem a relação de ser vivido com carinho e uma sensação de bem-estar. Cerca de 50% das pessoas acima de 60 anos, casadas ou que têm parceiros sexuais, relatam a prática de sexo a cada 15 dias mais ou menos. Com o advento do medicamento para disfunção erétil, criado em 1998, provocou uma nova revolução sexual. Voltaram as possibilidades, fantasias e libido. E por quê não?
A participação da família é imprescindível para que o idoso se sinta acolhido e seguro. A união e a interação com filhos e netos são importantes para o aspecto emocional. Conviver e demonstrar preocupação, ajudar com os cuidados básicos e incluir o idoso nas atividades familiares são necessários para que ele se sinta confiante e feliz. Muitos casos de depressão na velhice acontecem em decorrência do rompimento com a família, abandono e solidão. Quanto maior for a participação dos familiares na vida do idoso, melhor.
O estado de abandono também acontece concomitante à situação em que o idoso perde sua condição de trabalhador, ou seja, a possibilidade de produzir, ser independente financeiramente e ter autonomia. Existe uma preocupação de algumas empresas em reempregar os idosos e reinseri-los no mercado de trabalho.
É imprescindível que o idoso se sinta entusiasmado consigo. Existem inúmeras atividades voltadas para o público da terceira idade que envolvem atividades esportivas, caminhadas, relaxamentos e tratamentos para o corpo com o intuito de estimular o cérebro e os músculos.
Existem grupos de idosos que se encontram para passeios e viagens. Pessoas ativas, informadas, pensantes. Um público exigente e que busca qualidade de vida. E não para por aí não. Salões de dança promovem bailes e recebem com frequência eventos para atender este público que se redescobre e percebe que o chinelo e o pijama estão fora de moda.
Fato é que no Brasil não é nada fácil envelhecer. O desrespeito e a falta de acolhimento da sociedade ainda é muito severa com estas pessoas. Muito da fragilidade da terceira idade acontece em decorrência da precariedade de ruas esburacadas, transporte público precário e a falta de educação de passageiros que desrespeitam o acento especial, um sistema previdenciário precário, aposentadoria sofrida e o cumprimento do Estatuto do Idoso.
A expectativa de vida do brasileiro ao nascer vem crescendo vertiginosamente, chegando a 75 anos. Há planos de previdência privada e investimento em poupança. As pessoas adquiriram a noção de se fazer um patrimônio, por menor que seja, para garantir uma velhice um pouco tranquila. Envelhecer é um privilégio e não um fardo. Não se admite mais o preconceito e discriminação pela terceira idade.

Breno Rosostolato - psicólogo e professor da Faculdade Santa Marcelina - FASM

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