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terça-feira, 28 de agosto de 2018

#E Se Eu Parar De Fumar? Calculadora virtual mostra impactos às finanças pessoais e saúde quando abandonado o tabagismo


Em 15 anos, o valor gasto com o consumo de maços de cigarro é equivalente a quatro viagens para a Europa ou ainda o suficiente para a compra de um carro de luxo

O tabagismo está na origem de 90% de todos os casos de câncer de pulmão - entre os 10% restantes, 1/3 é dos chamados fumantes passivos - no mundo, sendo responsável por ampliar em cerca de 20 vezes o risco de surgimento da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil soma 31.270 novos casos de tumores pulmonares ao ano. Além disso, o mau hábito aumenta as chances de desenvolver ao menos outros 13 tipos de câncer: de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia. Apesar destes dados não serem novidade, o país ainda registra um elevado número de casos de neoplasias malignas entre a população fumante.

Principal fator de risco evitável do câncer de pulmão, o tabaco está presente em cigarros, charutos, cachimbos, narguilé e também nos cigarros eletrônicos. E, ao contrário do que muitos usuários destes produtos acreditam, nunca é tarde demais para parar. Os benefícios à saúde começam apenas 20 minutos após interromper o vício: a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados, assim como a temperatura das mãos e dos pés são normalizadas.

Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco relacionado ao fumo diminui. E após apenas 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar de novo e os sentidos de olfato e paladar melhoram. De duas semanas a três meses, a circulação sanguínea melhora consideravelmente. Caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar melhora em até 30%.

A partir de um a nove meses, os sintomas comuns em fumantes, como tosse, rouquidão, e falta de ar ficam mais tênues. Os cílios epiteliais iniciam o crescimento e aumentam a capacidade de eliminar muco, limpando os pulmões. A pessoa fica mais disposta para realizar atividades físicas. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, especialistas afirmam que torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou.

Acessando a landing page http://www.eseeuparardefumar.com.br, os interessados têm acesso a conteúdos que traçam a cronologia de respostas positivas do organismo quando há a interrupção do vício e apresenta uma calculadora virtual que aponta, em tempo real, a relação dos custos com consumo de cigarros em comparação a experiências como viagens ou aquisição de bens.

Ao digitar dados simples relacionados aos hábitos tabagistas, o sistema faz uma comparação com outros tipos de investimento à lista de itens indicadas por pesquisas como os mais desejados pelos brasileiros. Como exemplo, considerando o consumo diário de um maço de cigarros, com preço médio de R$ 6,00, ao final do mês terão sido gastos cerca de R$ 180,00. Se convertido o total investido mensalmente ao longo de 15 anos, seria possível realizar quatro viagens à Europa, com todas as despesas para duas pessoas, ou ainda adquirir um carro de luxo.

Para mais informações, acesse www.eseeuparardefumar.com.br.


Câncer de Pulmão: fique atento aos sinais de alerta

A oncologista Mariana Laloni, do Centro Paulista de Oncologia (CPO) - Grupo Oncoclínicas, diz que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório, tais como: tosse, falta de ar e dor no peito.

Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença.

Segundo a médica, existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. "O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes", destaca.

O tratamento do câncer de pulmão se baseia em cirurgia, tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia) e radioterapia. Sempre que possível, a cirurgia é realizada na tentativa de se retirar uma parte do pulmão acometido. Atualmente, os procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, por vídeo (CTVA) são cada vez mais realizados com menor tempo de internação e retorno mais rápido do paciente às suas atividades. A indicação da cirurgia depende principalmente do estadiamento, tipo, do tamanho e da localização do tumor, além do estado geral do paciente.

Após a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia são indicadas para destruir células tumorais microscópicas residuais ou que estejam circulando pelo sangue. Para a Dra. Mariana, a combinação de tratamento sistêmico e radioterapia também pode ser administrada no início do tratamento para reduzir o tumor antes da cirurgia, ou mesmo como tratamento definitivo quando a cirurgia está contraindicada. A radioterapia isolada é utilizada algumas vezes para diminuir sintomas como falta de ar e dor.

Mas o grande avanço dos últimos anos, ainda de acordo com a oncologista do CPO, é a imunoterapia. Baseado no princípio de que o organismo reconhece o tumor como um corpo estranho desde a sua origem, e de que com o passar do tempo este tumor passa a se disfarçar para o sistema imunológico e então se aproveitar para crescer, a imunoterapia busca reativar a resposta imunológica contra este agente agressor.

"Atuando através do bloqueio dos fatores que inibem o sistema imunológico, as medicações imunoterápicas provocam um aumento da resposta imune, estimulando a atuação dos linfócitos e procurando fazer com que eles passem a reconhecer o tumor como um corpo estranho", explica a Dra. Mariana.





Grupo Oncoclínicas


Mais de 50 doenças crônicas são causadas pelo cigarro


Câncer de pulmão está associado em 90% dos casos ao tabagismo


Todo ano, mais de 150 mil pessoas morrem no Brasil em decorrência do consumo do cigarro. No mundo, esse número chega a 6 milhões. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no planeta.

Causado pela dependência à nicotina, o tabagismo está na origem de 90% dos casos de câncer de pulmão e os fumantes têm cerca de 20 vezes mais risco de desenvolver a doença. Somente no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima mais de 28 mil novos casos de tumores pulmonares ao ano.

Além dos dados alarmantes sobre a incidências de cânceres em fumantes, o consumo do cigarro é, também, um dos principais fatores de risco para doenças crônicas. Dados do Observatório da Política Nacional de Controle do Tabaco, ligado ao INCA, apontam que só em 2015, o tabagismo foi responsável por 12,6% do total de mortes anuais, 43% dos infartos agudos do miocárdio e outros eventos cardiovasculares, 34% de todos os casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e 5% dos casos de AVC. Ainda segundo dados do Observatório, cerca de 46,6 mil casos novos de câncer são diagnosticados anualmente devido ao tabagismo.

"O tabagismo é causador de enfisema pulmonar, bronquite crônica e doenças cardiovasculares, por exemplo. Mais de 50 doenças crônicas são causadas pelo consumo do cigarro", afirma o pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Elie Fiss. A OMS, estima que em 2030 o número de mortes decorrentes do tabagismo chegue a 8 milhões.

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz oferece atendimento completo, individualizado e multidisciplinar para quem deseja parar de fumar. "É preciso não ter medo de parar. É uma mudança de hábito, rotina. Mas o caminho não é tão tortuoso como se teme", afirma Fiss.

O especialista comenta ainda que o Hospital oferece tratamentos específicos para a necessidade de cada paciente, com psiquiatras, pneumologistas e terapeutas que podem traçar as melhores saídas ao tabagismo.





Hospital Alemão Oswaldo Cruz
 www.hospitalalemao.org.br

Oncologistas alertam para a relação do uso de maconha e câncer em prol do Dia Nacional de Combate ao Fumo


Na América do Sul, 6,7 milhões fazem uso da droga psicoativa, ilícita no Brasil


Um relatório divulgado no ano passado pela Agência da ONU para Drogas e Crime (UNODC)  estima que 158,8 milhões de pessoas no mundo, ou 3,8% da população entre 15 e 64 anos, consuma drogas feitas com cannabis (maconha e haxixe). Na América do Sul, há 6,7 milhões de usuários. Oncologistas do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia afirmam como alerta ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado no dia 29 de agosto, que o uso desta substância psicoativa pode ter consequências maléficas, dentre elas o câncer.

“Há estudos que mostram um aumento expressivo de ocorrência de alguns tipos de câncer, como o de testículo, por exemplo. De acordo com um artigo divulgado na Revista BMC Cancer em 2015, uma publicação cientifica do Reino Unido, pesquisadores notaram um aumento de 150% na incidência desse tipo de tumor entre os homens que usavam maconha. Em relação ao câncer de pulmão, o uso da droga provoca alterações diretas no tecido pulmonar, que predispõem ao desenvolvimento de tumores malignos, já que irrita e lesa as células do parênquima dos pulmões”, explica o oncologista Rafael Luis Moura Lima do Carmo.

Apesar de considerado inofensivo por alguns, o cannabis, traz diversos problemas com o seu uso. “Dependência química, problemas vasculares, doenças psiquiátricas, alterações pulmonares agudas e infertilidade são alguns dos exemplos”, completa o médico.

Outros estudos associam o uso regular da maconha com a redução da cognição, ou seja, piora da capacidade de raciocinar. Entre os problemas psiquiátricos, os usuários apresentam maior risco de desenvolver esquizofrenia, com um aumento de aproximadamente 24%. “Ademais, ansiedade, depressão e transtorno bipolar parecem ter alguma relação com o uso da substância. E não podemos esquecer que o uso de drogas como a maconha pode levar também ao desenvolvimento da dependência de outras drogas”, afirma o oncologista.


Benefícios em estudo

Embora tenha efeitos nocivos do seu uso regular, a maconha tem se mostrado útil para a medicina, já que tem sido usada em algumas situações específicas, como controle de dor, falta de apetite e de náuseas e vômitos em pacientes com câncer.

 “Alguns estudos mostram alguma melhora do enjoo pós-quimioterapia em pacientes que não tiveram sucesso usando as medicações comuns. O mesmo aconteceu com o nível de dor quando doentes com câncer avançado foram tratados, sem sucesso, com medicações analgésicas normalmente utilizadas pelos médicos. Outro uso foi o de estimulador de apetite. Entretanto, devemos nos lembrar dos efeitos adversos do uso da droga e que não se sabe quais podem ser as consequências do uso a longo prazo. De qualquer maneira, os compostos derivados da maconha ou a própria planta para consumo não são liberados no nosso país”, ressalta outro oncologista do grupo, David Pinheiro Cunha.

            Ambos os médicos enfatizam que o fato é que o tabagismo, o uso narguilé e a da maconha são hábitos com efeitos colaterais que devem ser combatidos e evitados, a fim de promover melhor saúde para o corpo e para a mente. “Praticar esportes, encontrar amigos, trabalhar, explorar a natureza, todos esses bons hábitos podem ser o caminho para uma vida sem drogas e com saúde!”, acrescentaram.


Dia Nacional de Combate ao Fumo

Criado em 1986 pela Lei Federal nº. 7.488, o Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto, tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. No Brasil, o INCA é o órgão do Ministério da Saúde que coordena o Programa Nacional de Controle do Tabagismo. O programa visa à prevenção e à cessação do tabagismo na população por meio de ações que estimulem a adoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis e que contribuam para a redução da incidência e da mortalidade por câncer e doenças tabaco-relacionadas no país.






David Pinheiro Cunha - formado em oncologia clínica pela Unicamp, realizou estágio no serviço de oncologia e pesquisa clínica em Northwestern Medicine Developmental Therapeutics Institute, Chicago, Illinois, EUA; membro titular da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO). Oncologista no Hospital da PUC- Campinas, onde desenvolve supervisão dos residentes.  Como membro do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, David é oncologista do Hospital Vera Cruz, no Instituto Radium de Campinas e do Hospital Santa Tereza.


Rafael Luis Moura Lima do Carmo - graduado em medicina pela Unicamp. Residência em Clínica Médica e Oncologia pela Unicamp. Mestrando em Oncologia na FCM-Unicamp. Rafael faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua no Hospital Vera Cruz, no Instituto Radium de Campinas e no Hospital Santa Tereza.



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