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terça-feira, 24 de abril de 2018

Especialista em recuperação de empresas e readequação aos novos tempos do mercado dá dicas de como identificar se uma empresa está em crise


  O primeiro passo é saber diferenciar uma crise de um problema isolado
 
Flávio Ítavo, especialista em turnaround, afirma que em algum momento de sua trajetória, toda empresa passará por uma crise, ou mesmo mais de uma. No entanto, é a capacidade de superar crises e obstáculos que define as companhias que perduram no mercado das que definham rapidamente. Com isso, é importante que todo gestor saiba diferenciar uma crise de um problema isolado e ter conhecimento básico para lidar com os transtornos.

É importante a empresa manter métricas e tabelas comparativas, uma vez que podem passar por oscilações relacionadas às questões de sazonalidade, impactos macroeconômicos e eventuais ações de concorrentes, que impactam tanto no faturamento quanto no resultado. Esses parâmetros ajudam a saber se o negócio está indo bem ou se há problemas.

Segundo Ítavo, alguns fatores indicam se a companhia está em crise ou não, mas devem ser aplicados caso a caso, com muita atenção. Afinal, cada empresa tem suas particularidades.

A fim de ajudar empreendedores e gestores a identificarem se o negócio está em crise, o especialista criou duas listas com indicadores de médio e curto prazo. Sob seu ponto de vista, se a companhia se encontra classificada em qualquer uma das linhas abaixo, ela está em crise. Empresas pequenas, ou no início ou com um ciclo de vida muito breve, devem trocar “ano” por “semestre” ou “trimestre” em cada um dos indicadores a seguir.


A empresa está em crise se em médio prazo apresenta:

  • ROI (Return On Investment) abaixo da taxa base de juros da economia onde a empresa se encontra por dois anos seguidos;
  • Redução no seu faturamento líquido por três anos consecutivos;
  • Redução no ROI e no faturamento líquido concomitantemente por dois anos consecutivos;
  • Crescimento do lucro bruto abaixo do crescimento do PIB por três anos consecutivos;
  • ROI ou percentual do lucro líquido abaixo dos obtidos por concorrentes de sua empresa de maneira "consistente".


A empresa está em crise se em curto prazo apresenta:

  • Dificuldade em alavancar as operações diárias e não há possibilidade de alteração da situação via alavancagem por bancos, empréstimos ou equivalentes;
  • Se o valor dos custos da alavancagem em médio prazo é maior que a perspectiva de resultado para o período;
  • Se as perspectivas do negócio não incentivam a entrada de novos recursos, seja por bancos como por alianças ou novos investidores.

Usar parâmetros é importante por indicarem se há crise, em qual fase ela está e qual o tempo certo de buscar ajuda de especialistas. Saber o momento correto para a tomada de decisões certeiras faz toda a diferença e é um dos fatores fundamentais de sucesso no resgate de uma empresa.







Flávio Ítavo - Executivo com 30 anos de experiência em empresas multinacionais e nacionais de grande porte de diferentes segmentos, atualmente, Flávio Ítavo é um dos maiores especialistas em Turnaround, focando seus esforços na recuperação de empresas e readequação aos novos tempos do mercado. Também tem uma carreira sólida como negociador, na criação de alianças, joint ventures, compra e venda de empresas, desenvolvedor de estratégias e táticas de sucesso, criador e iniciador de novos segmentos, produtos e mercados.


Primeira impressão permanece no inconsciente e é difícil mudar, diz especialista


 Coach conta a importância da primeira impressão e como se preparar para essas situações


Com o passar do tempo, o ambiente empresarial está diminuindo as exigências quanto à aparência. Uma conquista das últimas gerações para ganhar espaço com singularidades como tatuagens, cabelos diferentes e roupas não tão sociais, dando mais valor ao diferencial de cada profissional. Porém, nesse novo cenário com regras sociais em processo de mudança, a preocupação de gerar uma boa primeira impressão ainda é a mesma.

“A primeira impressão é a que fica”, apesar de ser um ditado antigo, ainda é bastante válido tanto no âmbito profissional quanto no pessoal. Segundo a Coach formadora de líderes Rebeca Toyama, “nós nos relacionamos com a imagem que fazemos das pessoas, e mudar essa imagem é uma tarefa difícil. A impressão permanece no subconsciente e pode determinar o sucesso em um encontro, entrevista de emprego ou reunião com clientes.”

O centro de Psicologia da Universidade de Princeton afirma que as pessoas podem fazer julgamentos sobre o grau de confiança e competência de alguém em menos de um décimo de segundo após olhar para o rosto da pessoa.

Mesmo com a maior abrangência do mercado para características pessoais não usuais, se adequar ao código de vestimenta que o ambiente pede ainda é uma característica importante a se ater, principalmente quando é a primeira vez naquele local ou com aquelas pessoas. Rebeca alerta que a aparência não é o único ponto influenciador na primeira impressão, muito pelo contrário:

“É importante estudar um pouco sobre as pessoas e o ambiente que está se dirigindo. Uma tatuagem pode não impactar no seu profissionalismo, mas um comentário de cunho político, religioso ou até crenças sociais mais ‘leves’ devem ser evitadas ou analisadas com atenção.”, explica a coach.

Além disso, a leitura corporal também deve ser levada em conta. Às vezes, sem perceber, o corpo e expressões denunciam os pensamentos, e isso prejudica a visão de quem está recebendo aqueles sinais.

“Mãos cruzadas, evitar olhar nos olhos, expressão tediosa e inquietação são sinais de ansiedade e, muitas vezes, passam a impressão de falta de interesse. Na comunicação, principalmente no trabalho, é preciso passar confiança na própria fala. Para isso, sorriso, mãos abertas, fala firme e os olhos nos olhos são pontos imprescindíveis.”, conta Rebeca.

Outra pegadinha quando se trata de primeira impressão, é que quando criamos uma imagem de um funcionário, amigo, colega de trabalho ou até parceiro romântico, ela é difícil de ser desconstruída. “Todos “a priori” evoluem, o tempo inteiro. Porém, pode levar mais tempo do que você precisa ou gostaria  para os demais perceberem a mudança. A imagem que criamos inconscientemente é fixada na mente e mudá-la exige muito mais tempo que criar uma do zero. Melhorar é importante, claro, mas não iremos ser reconhecidos logo de cara.”, afirma a especialista.

Rebeca relata que, diversas vezes, clientes de todos os cargos a procuram relatando que colegas de trabalho não repararam as melhorias que se esforçaram para resolver e, muitas vezes, reagiam como se ele não tivesse mudado, inclusive os novos colaboradores. Nesses momentos, a coach explica que a pessoa que está na nossa frente não está falando exatamente conosco, mas sim com a imagem que criaram de nós e ainda não mudou. “Basta lembrar de como nossas mães nos tratam....

“Aquele colaborador recém-contratado que antes de conhecê-lo pessoalmente já recebeu sua ficha completa de outros, e, para piorar, no primeiro encontro presencial você não estava num bom dia, provavelmente vai te classificar de uma forma diferente da que você gostaria ou da que você realmente é.”, finaliza.

Rebeca Toyama resume nestes pontos as dicas sobre como causar uma boa impressão no início de qualquer relacionamento, especialmente profissionais


Visual

       Procure pesquisar sobre o código de vestimenta do ambiente e do evento previamente
       Não tem problema adicionar uma característica individual, desde que se encaixe no ambiente;
       Sorria! O bom humor e a gentileza mostram interesse na atividade que está realizando.

Fala

       Procure não deixar a ansiedade transparecer. A confiança ao passar informações faz diferença na imagem que você passa ao ouvinte;
       Olhe nos olhos, desviar o olhar dá a entender que está escondendo alguma coisa ou não tem certeza do que está dizendo;
       Escute: em reuniões, por exemplo, a comunicação assertiva também é relacionada ao ouvir a opinião de todos os presentes.

Corpo

·         Cuidado com posições fechadas parece que está desinteressado e fechado para novas interações;

·         Olhar para o chão ou para o teto transparece tédio e distração;
o   Aqui a dica não é deixar de ser quem você, mas sim respeitar o ambiente para se fazer ouvido e notado de forma construtiva. Lembre que uma característica nossa não deveria aparecer mais que nossas virtudes e talentos.







Rebeca Toyama - palestrante e formadora de líderes, coaches e mentores. Fundadora da Academia de Coaching Integrativo, sócia-coordenadora da Academia de Planejamento Financeiro da GFAI, coordenadora do Programa de Mentoring associada a Planejar (Associação Brasileira de Profissionais Financeiros) e fez parte da Comissão de Recursos Humanos do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Colunista do Programa Desperta na Rádio Transamérica e do blog Positive-se, colaboradora do livro Coaching Aceleração de Resultados, Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal) e Instituto Filantropia. Coach com certificação internacional em Positive Psychology Coaching e nacional em Coaching Ontológico e Personal Coaching com o Jogo da Transformação.


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