Coach conta a
importância da primeira impressão e como se preparar para essas situações
Com o passar do tempo, o ambiente empresarial está
diminuindo as exigências quanto à aparência. Uma conquista das últimas gerações
para ganhar espaço com singularidades como tatuagens, cabelos diferentes e
roupas não tão sociais, dando mais valor ao diferencial de cada profissional.
Porém, nesse novo cenário com regras sociais em processo de mudança, a
preocupação de gerar uma boa primeira impressão ainda é a mesma.
“A primeira impressão é a que fica”, apesar de ser
um ditado antigo, ainda é bastante válido tanto no âmbito profissional quanto
no pessoal. Segundo a Coach formadora de líderes Rebeca Toyama, “nós nos relacionamos com a imagem que fazemos das pessoas, e
mudar essa imagem é uma tarefa difícil. A impressão permanece no
subconsciente e pode determinar o sucesso em um encontro, entrevista de emprego
ou reunião com clientes.”
O centro de Psicologia da Universidade de Princeton
afirma que as pessoas podem fazer julgamentos sobre o grau de confiança e
competência de alguém em menos de um décimo de segundo após olhar para o rosto
da pessoa.
Mesmo com a maior
abrangência do mercado para características pessoais não usuais, se adequar ao
código de vestimenta que o ambiente pede ainda é uma característica importante
a se ater, principalmente quando é a primeira vez naquele local ou com aquelas
pessoas. Rebeca alerta que a aparência não é o único ponto influenciador na
primeira impressão, muito pelo contrário:
“É importante estudar
um pouco sobre as pessoas e o ambiente que está se dirigindo. Uma tatuagem pode
não impactar no seu profissionalismo, mas um comentário de cunho político,
religioso ou até crenças sociais mais ‘leves’ devem ser evitadas ou analisadas
com atenção.”, explica a coach.
Além disso, a leitura
corporal também deve ser levada em conta. Às vezes, sem perceber, o corpo e
expressões denunciam os pensamentos, e isso prejudica a visão de quem está
recebendo aqueles sinais.
“Mãos cruzadas, evitar
olhar nos olhos, expressão tediosa e inquietação são sinais de ansiedade e,
muitas vezes, passam a impressão de falta de interesse. Na comunicação,
principalmente no trabalho, é preciso passar confiança na própria fala. Para
isso, sorriso, mãos abertas, fala firme e os olhos nos olhos são pontos
imprescindíveis.”, conta Rebeca.
Outra pegadinha
quando se trata de primeira impressão, é que quando criamos uma imagem de um
funcionário, amigo, colega de trabalho ou até parceiro romântico, ela é difícil
de ser desconstruída. “Todos “a priori” evoluem, o tempo inteiro. Porém, pode
levar mais tempo do que você precisa ou gostaria para os demais perceberem a mudança. A imagem
que criamos inconscientemente é fixada na mente e mudá-la exige muito mais
tempo que criar uma do zero. Melhorar é importante, claro, mas não iremos ser
reconhecidos logo de cara.”, afirma a especialista.
Rebeca
relata que, diversas vezes, clientes de todos os cargos a procuram relatando
que colegas de trabalho não repararam as melhorias que se esforçaram para
resolver e, muitas vezes, reagiam como se ele não tivesse mudado, inclusive os
novos colaboradores. Nesses momentos, a coach explica que a pessoa que está na
nossa frente não está falando exatamente conosco, mas sim com a imagem que criaram
de nós e ainda não mudou. “Basta lembrar de como nossas mães nos tratam....
“Aquele
colaborador recém-contratado que antes de conhecê-lo pessoalmente já recebeu
sua ficha completa de outros, e, para piorar, no primeiro encontro presencial
você não estava num bom dia, provavelmente vai te classificar de uma forma
diferente da que você gostaria ou da que você realmente é.”, finaliza.
Rebeca Toyama resume nestes pontos as dicas sobre como
causar uma boa impressão no início de qualquer relacionamento, especialmente
profissionais
Visual
●
Procure pesquisar sobre o código de vestimenta do ambiente e
do evento previamente
●
Não tem problema adicionar uma característica individual,
desde que se encaixe no ambiente;
●
Sorria! O bom humor e a gentileza mostram interesse na
atividade que está realizando.
Fala
●
Procure não deixar a ansiedade transparecer. A confiança ao
passar informações faz diferença na imagem que você passa ao ouvinte;
●
Olhe nos olhos, desviar o olhar dá a entender que está
escondendo alguma coisa ou não tem certeza do que está dizendo;
●
Escute: em reuniões, por exemplo, a comunicação assertiva
também é relacionada ao ouvir a opinião de todos os presentes.
Corpo
·
Cuidado com posições fechadas parece que está desinteressado
e fechado para novas interações;
·
Olhar para o chão ou para o teto transparece tédio e
distração;
o Aqui a
dica não é deixar de ser quem você, mas sim respeitar o ambiente para se fazer
ouvido e notado de forma construtiva. Lembre que uma característica nossa não
deveria aparecer mais que nossas virtudes e talentos.
Rebeca Toyama - palestrante e formadora de líderes,
coaches e mentores. Fundadora da Academia de Coaching Integrativo,
sócia-coordenadora da Academia de Planejamento Financeiro da GFAI, coordenadora
do Programa de Mentoring associada a Planejar (Associação Brasileira de
Profissionais Financeiros) e fez parte da Comissão de Recursos Humanos do IBGC
(Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Colunista do Programa
Desperta na Rádio Transamérica e do blog Positive-se, colaboradora do livro
Coaching Aceleração de Resultados, Coaching para Executivos. Integra o corpo
docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de
Transpessoal) e Instituto Filantropia. Coach com certificação internacional em
Positive Psychology Coaching e nacional em Coaching Ontológico e Personal
Coaching com o Jogo da Transformação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário