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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Projeto de prevenção à violência contra crianças e adolescentes completa 10 anos em Fortaleza


 Meninos de Deus já atendeu cerca de duas mil crianças e adolescentes em bairros de situação de vulnerabilidade social


Com o objetivo de prevenir e combater a violência contra crianças e adolescentes nos bairros de Fortaleza em situação de vulnerabilidade social, o Projeto Meninos de Deus realiza ações integradas no âmbito da formação social nas áreas de educação, espiritualidade, fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, protagonismo, inserção profissional e estímulos para a construção novos projetos de vida. Em agosto deste ano, o projeto comemorou 10 anos de atuação e já atendeu cerca de duas mil crianças e adolescentes.

Fortaleza é a capital do Brasil com o maior Índice de Homicídios na Adolescência (IHA). De acordo com dados da Secretaria Pública e Defesa Social (SSPDS), de janeiro a março deste ano já foram 237 adolescentes assassinados no Ceará e 42% dos homicídios do Estado concentra-se em Fortaleza. Nesse contexto, o "Meninos de Deus" surge com a ideia de atuar na mudança na perspectiva de futuro de crianças e adolescentes, além de trabalhar a percepção de si mesmo, o relacionamento com os outros, a autoestima e os valores éticos.

"Comemoramos 10 anos dos Meninos de Deus em prol da vida. Os caminhos percorridos foram de aprendizagem, conquistas e principalmente superação. Como um dos idealizadores desse projeto, me orgulho de cada vida transformada, peço e agradeço a Deus todos os dias, pois com esses meninos e meninas aprendi o valor da família, do próximo e acima de tudo a sentir a presença de um Deus real, que realizou e concretizou milagres na minha vida e na minha família", conta Paulo Uchôa, idealizador dos Meninos de Deus.

Morador da Comunidade Filomena, na região do Jangurussu, em Fortaleza, Ney entrou no projeto aos 18 anos de idade, no início dos Meninos de Deus. Atualmente, com 28, Ney formou uma família, é porteiro e é bastante agradecido pela transformação de vida proporcionada através do projeto. "Paulinho acreditou em mim, ele me achava inteligente e dizia que eu poderia ser uma liderança no grupo. Ainda passei um tempo dividido entre a vida errada que eu levava e o projeto, mas com o tempo entendi que o objetivo dos Meninos de Deus era me resgatar, porque me resgatando, outros meninos que estavam na mesma situação que eu também poderiam ser recuperados", conta. E continua: "Finalmente tomei uma decisão, escolhi deixar minha outra vida pra trás e aproveitar aquela oportunidade, porque nos Meninos de Deus eu encontrei uma nova família".

As atividades do projeto Meninos de Deus acontecem nas terças e quintas no Campo do Curitiba e na Comunidade Santa Filomena, a partir das 17h. O projeto alcança crianças e adolescentes do Conjunto Palmeiras, Gereba, Santa Filomena e Sítio São João.



Dados - Meninos de Deus

* 2000 crianças e adolescentes atendidos

* 75% meninos e 25% meninas

* 50% estão inseridos na escola

* 75% são adolescentes

* 25% são crianças


Áreas de Atuação:

- Conjunto Palmeiras
- Gereba

- Santa Filomena

- Sítio São João


Estratégias de atuação:

- Mudança na perspectiva de futuro, percepção de si mesmo, relacionamento com os outros, autoestima e valores éticos.


Dados - Violência - FOR

* Fortaleza é a capital do Brasil com o maior Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) (Relatório do Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

* 43 mil adolescentes devem morrer no Brasil de 2015 a 2021 se as condições atuais forem mantidas. A média nacional mostra que 3,65 de cada mil adolescentes podem morrer vítimas de homicídio antes de chegar aos 19 anos nos 300 municípios com mais de 100 mil habitantes do País. Em Fortaleza, esse índice é de 10,94. Quanto a distribuição espacial dos homicídios os maiores índices são identificados nos bairros: Barra do Ceará, Vicente Pinzon, Jangurussú, Messejana, Barroso e Passaré. (Relatório do Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro) 



DADOS DO COMITÊ CEARENSE PELA PREVENÇÃO DE HOMICÍDIOS NA ADOLESCÊNCIA. O COMITÊ FOI INSTITUÍDO EM 2016, NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ:

* 1 adolescente assassinado por dia em Fortaleza (2017)

* 222 adolescentes foram mortos na capital de janeiro a julho (2017)

* 51 adolescentes de 12 a 17 anos foram mortos por policiais (2013 a jul/ 2017)

* Fortaleza e Ceará lideram índices de Homicídios na Adolescência (IHA) no país

* 522 adolescentes assassinados no Ceará (janeiro a julho/2017)

* 211 casos de homicídios não apresentam registro de idade (2017)


 

Dados da Secretaria Pública e Defesa Social (SSPDS):


* 237 adolescentes foram assassinados no Ceará de janeiro a março de 2018.

* 42% dos homicídios do Ceará concentram-se na Capital Fortaleza.

* 654 foi o número de meninos mortos em apenas sete cidades do Ceará em 2017: Fortaleza, Maracanaú, Caucaia, Eusébio, Juazeiro do Norte, Sobral e Horizonte.

- Estudo da ONG do México "Seguridad, Justicia y Paz"

* Fortaleza é considerada a segunda cidade mais violenta do Brasil e a sétima do mundo.



A influência da mudança do clima causada pelo homem sobre eventos extremos


 Novos estudos apontam conexões diretas entre eventos climáticos extremos atuais e o clima influenciado pela ação humana



Secas nos Estados Unidos e no leste da África, enchentes na América do Sul e Bangladesh, ondas de calor na China e no Mediterrâneo. Segundo um novo estudo, esses eventos climáticos extremos registrados em 2017 se tornaram mais possíveis por causa da mudança do clima causa pelo aumento da concentração de gases de efeito estufana atmosfera decorrente de atividades humanas.

Publicada hoje (10/12) no Bulletin of the American Meteorological Society (BAMS), a 7ª edição do relatório Explaining Extreme Events from a Climate Perspective analisou a correlação entre o aquecimento da atmosfera causado pelo homem e a ocorrência de eventos climáticos específicos ao redor do mundo em 2017. O estudo também inclui análises sobre eventos oceânicos, como as ondas de calor intenso registradas no Mar da Tasmânia entre 2017 e 2018 - que, segundo a pesquisa, seriam virtualmente impossíveis sem a interferência da mudança antropogênica do clima.

"Esses estudos nos apontam que a Terra em aquecimento nos traz novos e mais intensos eventos climáticos extremos ano após ano", diz Jeff Rosenfeld, editor-chefe do BAMS. "A mensagem da ciência é que nossa civilização está cada vez mais fora de sintonia com o clima em transformação".

O relatório apresenta 17 estudos científicos revisados por pares (peer review) sobre clima extremo em seis continentes e dois oceanos em 2017, resultado de uma pesquisa que mobilizou 120 cientistas em dez países e que analisou observações históricas e simulações de modelo para determinar se e o quanto a mudança do clima influenciou eventos extremos em particular.

Para Martin Hoerling, meteorologista da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, sigla em inglês) e editor especial do BAMS, as análises reforçam que os eventos climáticos extremos estão intimamente conectados.

"Esses estudos confirmam predições do primeiro relatório do IPCC [Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudança do Clima] de 1990, que previa mudanças radicais no padrão climático observado no século XX", diz Hoerling. "A evidência científica apoia com confiança que a atividade humana está influenciando uma variedade de eventos extremos atualmente, com grandes impactos econômicos ao redor do mundo".

Os eventos climáticos extremos estudados nas sete edições do relatório foram selecionados pelos pesquisadores e não representam uma análise abrangente de todos eventos durante esse período. Cerca de 70% dos 146 resultados de pesquisa publicados nesta série identificaram uma ligação substancial entre um evento extremo e a mudança do clima.

Nesta edição, o relatório também traz a contribuição de gestores e planejadores em vários setores da sociedade sobre o uso da ciência de atribuição na preparação para futuros riscos climáticos, especialmente para gerenciamento de sistemas de armazenamento de água, planejamento para aumento do nível do mar, e atribuição de responsabilidade legal pós-eventos extremos.

Essas perspectivas ressaltam a necessidade de os cientistas do clima trabalharem com os tomadores de decisão para identificar os efeitos da mudança do clima sobre questões relevantes no dia-a-dia para as comunidades, as empresas e o poder público.

"Há uma década, estávamos focados em eventos extremos de escala continental e de meses", disse Rosenfeld. "Hoje, os pesquisadores estão buscando mais riscos locais, como ondas de calor, risco de incêndio e inundações em escalas de alguns dias, para identificar áreas de impacto extremo. Em dez anos, o foco da pesquisa evoluiu o suficiente para abordar um escopo mais amplo dos desafios sociais".

 

Abaixo, algumas das principais conclusões do relatório Explaining Extreme Events in 2017 from a Climate Perspective:


·         Calor

o   A mudança do clima fez com que as chances de ondas de calor na região euro-mediterrânea fossem três vezes mais prováveis do que eram em 1950. 

o   No centro e leste da China, ondas de calor eram raras até alguns anos atrás. Em 2017, foi o evento extremo recordista em registro na região, sendo que probabilidade de ocorrência hoje é de um evento a cada cinco anos.

·         Seca

o   A mudança do clima fez com as Grandes Planícies dos EUA secassem 50% mais, mudando o equilíbrio entre precipitação e evapotranspiração da umidade do solo.

·         Enchentes

o   Chuvas de monção extremas, de até seis dias de duração, que inundaram o norte de Bangladesh em 2017, se tornaram 100% mais possíveis por causa da mudança do clima.

o   As chuvas torrenciais no sudeste da China em junho de 2017 se tornaram duas vezes mais prováveis e as que atingiram o Peru em março de 2017, 50% mais provável (ainda que elas tenham sido afetadas por um ciclo natural de águas costeiras quentes).

·         Eventos oceânicos


Os cientistas descobriram que os recordes de temperatura no Mar da Tasmânia em 2017 e 2018 seriam virtualmente impossíveis sem o aquecimento global.

Temperaturas superficiais extremamente quentes na costa da África dobraram a probabilidade de uma seca como a de 2017 na porção oriental do continente, que deixou mais de seis milhões de pessoas em insegurança alimentar na Somália.

O recorde negativo de cobertura de gelo no Ártico, decorrente da mudança do clima, influenciou os déficits recordes de precipitação em grande parte da Europa Ocidental em dezembro de 2016.


Virei chefe, e agora?


Chegar ao cargo de liderança faz parte das ambições de quase todo profissional. Mas alçar voos mais altos e assumir mais responsabilidades, nem sempre é tão simples assim. Alguns especialistas dizem que os primeiros 90 dias são cruciais e determinantes para que o novo líder possa impor e mostrar suas habilidades com o intuito de ser visto como um bom chefe pela sua nova equipe.

No entanto, caso esse novo líder não tenha passado por um plano de sucessão estruturado e a empresa não investiu um tempo para desenvolver a liderança, é importante seguir alguns passos que vão ser cruciais ao longo dos primeiros três meses de trabalho:


·         Entender o contexto – sabemos que a ansiedade de conquistar a equipe, mostrar resultados e até impor um pouco de autoridade para ser respeitado, faz com que o novo chefe chegue fazendo mudanças. Muita calma nessa hora. O ideal é esperar um pouco, entender o contexto, a dinâmica da empresa, dos relacionamentos, a política e os jogos de interesse que existem dentro da companhia. Isso é essencial para que se possa tomar qualquer tipo de atitude e até mesmo propor as mudanças que o novo líder tem em seu planejamento;


·         Conhecer a equipe – fazer reuniões individuais para entender os pontos fortes e fracos de cada um é um ótimo começo. É importante dar chance para que as pessoas mostrem quem são, o que fazem dentro da empresa e qual é a expectativa que elas possuem com a chegada da nova liderança. Além disso, para que o novo líder tenha um apoio, avalie se a empresa conta com algum tipo de estrutura de avaliação, como feedbacks;


·         Disseminar os valores – o novo chefe precisa ser o exemplo da equipe, alguém em quem os demais funcionários vão seguir como modelo. As pessoas precisam de alguém para ter como inspiração. O bom líder é aquele que olha nos olhos e consegue enxergar o brilho do profissional. Motivar a equipe com bons exemplos é o melhor caminho; 


·         Usar o tempo ao seu favor – se antes de se tornar líder já existiam responsabilidades, agora como chefe elas aumentam, afinal, será necessário gerenciar também os afazeres de toda a equipe. Porém, com o conhecimento da rotina é mais fácil estabelecer prioridades. E, o mais importe de tudo, é preciso saber delegar as tarefas, pois, por não saber dividir os trabalhos, muitos líderes reclamam que estão sobrecarregados e que não possuem mais vida pessoal. Confiar na equipe, estabelecer prazos e criar metas são itens indispensáveis para que se obtenha o sucesso;


·         Compartilhar informações – estabelecer uma boa comunicação com o time, checar as expectativas da empresa e entender quais são os resultados são importantíssimos. Fazer reuniões, envolver as pessoas nos processos e transmitir as informações para que todos fiquem na mesma página são ações fundamentais. Celebrar os resultados obtidos com a equipe já é meio caminho andado para aqueles que querem conquistar o espaço como líder, isso faz com que todos se sintam parte da conquista.






Claudia Santos - especialista em gestão estratégica de pessoas, palestrante, coach executiva e diretora da Emovere You (www.emovereyou.com.br).


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