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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Cinco dicas para começar um planejamento financeiro


Especialista do App Renda Fixa fala sobre como os brasileiros podem organizar as finanças. Quase metade da população não controla gastos

Tranquilidade financeira e possibilidade de realizar sonhos são desejos em comum de grande parte dos brasileiros. Entretanto, uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que 46% dos brasileiros não controlam seu orçamento.
De acordo com Francis Wagner, CEO e fundador do App Renda Fixa, plataforma de busca e comparação de investimentos, a falta de disciplina é um dos grandes vilões de quem deseja controlar os gastos. "Acompanhamos histórias de muitas pessoas que começam a se planejar financeiramente, mas acabam não dando continuidade. Por ser uma tarefa que demanda dedicação, muitos optam por não fazer esse controle. Além disso, ter em mãos a realidade de sua própria situação financeira pode ser bastante doloroso para algumas pessoas, ou seja, muitos preferem não saber o total de gastos para se poupar de um desconforto", afirma.
De acordo com Francis, os brasileiros têm o hábito do consumismo excessivo, uma vez que culturalmente a aquisição de bens está relacionada a aprovação social. Além disso, o fácil acesso a cartões de crédito contribui para o endividamento da população, se tornando uma pedra no caminho de quem decide organizar o orçamento. Isso tudo somado à dificuldade de pensar a longo prazo.
"Nossa preferência está muito ligada ao benefício que o consumo nos traz hoje em detrimento de um bem-estar maior no futuro", garante. Diante disso, o especialista pontuou algumas dicas para os brasileiros que desejam se planejar financeiramente.

1. Tenha controle sobre suas receitas e despesas: esse é o primeiro passo para a organização. Colocar na ponta do lápis realmente o quanto se gasta pode ser no início assustador para muitas pessoas, mas só a partir disso é possível iniciar esse planejamento.

2. Crie metas: elas podem ser de poupança, alocação do orçamento, de quantia a ser investida, entre outras. A ideia é colocar incentivos para manter a organização.

3. Sempre compare preços de produtos e serviços: o ato de economizar faz parte do pacote de ações de se planejar financeiramente. Sendo assim, quando desejar ou precisar comprar algum produto, fique de olho em promoções e compare os preços.

4. Crie uma reserva de emergência: imprevistos sempre podem acontecer e, em sua maioria, essas situações inesperadas demandam dinheiro. Por isso, para não comprometer seu orçamento e seguir firme no planejamento, tenha uma reserva para os momentos de emergência.

5. Separe uma quantia para investir: todo início de mês, logo que receber seu salário, já separe uma quantia para investir. Se deixar passar muito tempo, pode ser que esse dinheiro seja usado de outra forma. Manter a frequência nos investimentos é fundamental.


Existem fake news no franchising?


Existe um monstro, bastante assustador, rondando eleições presidenciais, o noticiário mundial, as redes sociais e – pasmem! – o franchising no Brasil: as fake news! Sim, elas vêm ganhando espaço pouco a pouco com um objetivo muito claro para quem as dissemina: vender mais franquias. 

Como as fake news foram detectadas: acompanho muitas informações veiculadas na imprensa e nas redes sociais sobre o franchising brasileiro. Participo de muitos eventos, ministro cursos e, por atuar no sistema há cerca de trinta anos, conheço muitas pessoas que são franqueadoras, trabalham em franqueadoras ou que investiram numa franquia. E muito do que leio e escuto nem sempre corresponde à realidade. Muitas vezes, uma realidade que conheço bem de perto. 

Qual é o problema nisso tudo? As fake news chegam ao investidor. Ele quer abrir uma franquia e sabe que precisa pesquisar dados e números – não só os que são passados pelo franqueador. Porém, mais uma vez, em meio a informações corretas, ele também terá acesso a este conteúdo distorcido, que se misturou e ganhou força de verdade porque as pessoas aceitam o que leem de forma passiva. Não há uma recepção crítica da informação. Quase tudo é aceito como verdade. Não há apuração, checagem ou o mínimo de análise. 

Por outro lado, tem também as franqueadoras que têm na expansão mais um produto da empresa que precisa ser vendido por sobrevivência. Aí, vendem para quem quiser comprar. Para atingir metas de vendas, elas falam o que o investidor quer ouvir – nem sempre, a verdade sobre o negócio. 

E quem faz da expansão um vale-tudo, não pensa duas vezes antes de divulgar números fantasiosos, análises tortas. Mesmo em seus materiais publicitários, criam falsas ilusões , vendem um sonho que não existe – e isto é uma irresponsabilidade social. Muita gente, simplesmente, aceita. Não questiona, não reflete e não troca ideias com outras pessoas para ver se tudo o que recebeu daquela rede realmente faz sentido.

Talvez, o rigor com as informações disseminadas, sobretudo pelas franqueadoras, poderia ser uma exigência, por exemplo, do BNDES, que libera recursos para os bancos oferecerem a novos investidores em franquias. É responsabilidade do banco que repassa o crédito, fazer uma análise da franqueadora e de cada solicitação de financiamento. Porém, muitas vezes, são análises rasas, que averiguam, apenas, se a franqueadora existe, se tem Circular de Oferta de Franquias, se tem um contrato. Definitivamente, não é suficiente. 

Por outro lado, o investidor também vê com bons olhos apenas se a franqueadora é associada à ABF.  Não dá a devida atenção às demais informações compartilhadas por ela – especialmente, a análise de viabilidade financeira do negócio, que merece uma verdadeira investigação. Mas sabemos que a franqueadora precisa oferecer muito mais que isso. A realidade é que financiamento bancário e associação à ABF são utilizados como argumentos de vendas que dão muito certo e, para alguns investidores, já bastam como critério de decisão. 

A boa notícia é que as fake news no franchising podem ser combatidas e o principal agente é o investidor. O primeiro passo é ter consciência de que elas existem e já navegam pelos mares do sistema. Em segundo lugar, conforme já citei acima, é preciso avaliar, com critério, todas as informações coletadas na imprensa, junto às franqueadoras e nas redes sociais.

Converse com franqueados da rede que lhe interessa, procure se nortear pelos dados considerados oficiais, se consulte com especialistas, ainda que sejam de outras áreas do mercado. Faça checagem do conteúdo recebido. Não é uma tarefa fácil, eu sei, mas é um esforço que precisa ser feito. E se o que você recebeu ainda parece insuficiente, peça mais informações, tire dúvidas, pergunte, pergunte, pergunte. Pode ter certeza – e nesta dica você pode confiar: o sucesso como franqueado começa com uma decisão consciente, apoiada, sobretudo, na verdade.






Melitha Novoa Prado - é um dos nomes mais importantes do franchising no Brasil, sendo pioneira em consultoria jurídica para o sistema. É autora dos livros “Franchising, na Alegria e na Tristeza” e “Franchising na Real”. Ministra cursos e palestras sobre franchising e é fonte de informação para a imprensa sobre o assunto.



Dia Mundial do Solo: um lembrete para manter o fracking distante


A data foi estabelecida para informar sobre a importância da  preservação do solo


O Dia Mundial do Solo foi criado para fazer as pessoas refletirem sobre o modo como tratam a terra
Nesta quarta-feira (5) é comemorado Dia Mundial do Solo. A data, comemorada desde 2002, foi criada pela Sociedade Internacional da Ciência do Solo (IUSS) e tem como objetivo conscientizar os cidadãos de todo o mundo sobre a importância do bom uso da terra na configuração de uma sociedade justa, sustentável e inclusiva.

Atividades que dependem da utilização do solo são agentes importantes na movimentação econômica do país. Só no ano passado, o setor da agricultura e pecuária teve participação de 23% no Produto Interno Bruto (PIB) do País — de acordo com dados calculados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Números como esse demonstram como o trato com a terra deve ser feito de maneira consciente, assim permitindo que o solo siga produtivo e não perca suas características.

“Com as viagens feitas durante as ações da Campanha Não Fracking Brasil passamos à sociedade o ideal de conservar a terra da melhor forma possível. E uma das chaves para manter o terreno fértil e produtivo é manter o desenvolvimento do fracking bem longe dessas regiões das quais pretendem realizar as explorações de forma não convencional”, diz Suelita Röcker, coordenadora de Comunidades da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS).

A exemplo de outros países da América do Sul, como a Argentina, o solo brasileiro está ameaçado pela prática do fraturamento hidráulico. Método totalmente nocivo ao solo, que não só contamina a água com substâncias químicas pesadas, mas afeta lençóis freáticos da região e aquíferos, consequentemente, desertificando o solo graças à elevação do metano à superfície. 

O resultado da prática do fracking já é sentido por muitos agricultores argentinos que cada vez produzem menos, além de serem obrigados a disputar espaço com grandes empresas. “O fracking é um competidor letal para a produção da fruticultura e agricultura argentina. Enquanto as petroleiras ganham incentivos fiscais, os produtores agrícolas estão abandonados à própria sorte”, comenta o coordenador da Campanha Não Fracking Argentina, Ignacio Zavaleta.

“É importante ressaltar que, antes de tudo, o Dia Mundial do Solo tem como objetivo trazer uma reflexão sobre o relacionamento da população com um meio de produção vital para existência humana – que deu todo seu espaço para que os seres humanos utilizassem a terra para desenvolver suas atividades. Por isso, a necessidade de conservar aquilo que representa a vida e deixar de lado o que simboliza a destruição: o fracking” finaliza Suelita. 





Equipe de Comunicação da Fundação Internacional Arayara e da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS).
Email : paulinne@naofrackingbrasil.com.br



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