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terça-feira, 1 de outubro de 2024

Bets: uma aposta de exclusão!


Nos últimos anos, o crescimento exponencial das apostas online, conhecidas popularmente como bets, tem gerado preocupações alarmantes no cenário social e econômico do Brasil. Dados recentes indicam que mais de R$ 21 bilhões já foram perdidos por brasileiros nessa prática, o que evidencia o impacto destrutivo que essa jogatina inconsequente tem causado.

O que mais choca, porém, é que desse montante, cerca de R$ 3 bilhões foram desperdiçados por beneficiários do programa Bolsa Família, uma política pública destinada a promover a autonomia, dignidade e segurança alimentar. Esses números são um reflexo gritante de como as bets estão ampliando a miséria, a exclusão social e comprometendo a saúde financeira e emocional das famílias. 

O impacto desse valor desviado da economia, especialmente dos beneficiários do Bolsa Família, é devastador. Esse programa, historicamente, foi criado para garantir que as famílias de baixa renda pudessem ter acesso às necessidades básicas e, assim, desenvolver suas capacidades intrínsecas de participação ativa na sociedade. No entanto, ao serem capturadas pela ilusão das apostas, essas famílias desperdiçam recursos essenciais, comprometendo setores econômicos fundamentais, como o comércio e os serviços.

Com menos renda disponível para o consumo, há uma retração na demanda desses setores, prejudicando pequenos negócios e contribuindo para uma desaceleração da economia local, especialmente em comunidades de baixa renda. O ciclo de dependência econômica, que o Bolsa Família buscava quebrar, torna-se ainda mais evidente e cruel. 

Além do prejuízo econômico direto, o impacto da bets reflete-se também no endividamento familiar. Famílias que já enfrentam dificuldades financeiras se veem cada vez mais endividadas, arrastadas por um ciclo vicioso de perdas e mais apostas. O sonho de melhora financeira, promovido por uma falsa promessa de ganho fácil, rapidamente se transforma em um pesadelo de exclusão econômica, à medida que os recursos para educação, saúde e alimentação são destinados ao jogo. Assim, as apostas exacerbam a vulnerabilidade dessas famílias, perpetuando um ciclo de pobreza que compromete gerações. 

Não se pode ignorar, também, os impactos devastadores sobre a saúde mental. O vício em apostas gera ansiedade, depressão e estresse, condições que muitas vezes evoluem para casos mais graves, como o suicídio. O equilíbrio emocional familiar é destruído, levando à desagregação, conflitos e, em muitos casos, à violência doméstica.

A fragilidade social se amplia, com comunidades inteiras enfrentando as consequências desse vício: aumento da criminalidade, da marginalização e da ruptura dos laços sociais. A aposta, portanto, não se limita ao indivíduo que participa, mas tem efeitos diretos na sociedade como um todo. A exclusão social se agrava à medida que esses indivíduos, já fragilizados economicamente, perdem suas chances de ascensão social e de participação no mercado de trabalho.

Por fim, é importante destacar que, ao eliminar o dinheiro arduamente conquistado pelo trabalho, as bets afastam os indivíduos do sonho do empreendedorismo e da autonomia financeira. A falsa promessa de ganhos rápidos destrói as oportunidades reais de crescimento, impedindo que as pessoas invistam em educação, qualificação profissional e em pequenos negócios. 

A frustração, a carestia e a desesperança são os adubos que tornam o solo social fértil para a radicalização ideológica. Em cenários de seguidas frustrações, o surgimento de respostas políticas violentas e antidemocráticas encontra espaço. As bets, nesse contexto, são parte da equação que fomenta o extremismo e a polarização política, contribuindo para o cenário cada vez mais radicalizado e violento em que vivemos. 

Diante desse panorama, torna-se urgente a implementação de uma ampla regulação legislativa e jurisprudencial para controlar as apostas online. Uma regulação efetiva precisa restringir o acesso, sobretudo de populações vulneráveis, e estabelecer mecanismos de proteção financeira e psicológica para aqueles que já estão imersos nesse ciclo de destruição.

Neste contexto, a Educação Pública de Qualidade surge como um pilar fundamental para enfrentar esse grave problema. Ao promover, nas escolas e universidades, a conscientização sobre os riscos das apostas e desenvolver habilidades críticas nos jovens, podemos evitar que novas gerações caiam nas armadilhas desse sistema. 

Para que o Brasil possa, de fato, promover a inclusão e a emancipação, é necessário enfrentar de frente essa realidade e garantir que os recursos sejam utilizados para a construção de um futuro mais digno e justo para todos.

A bets são mais do que um jogo: são uma aposta na exclusão social. Somente por meio da regulação e da educação, podemos começar a reverter esse processo e proteger as famílias brasileiras de um destino de miséria, frustração e exclusão.

 

André Naves - Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos, Inclusão Social e Economia Política. Escritor, professor, ganhador do Prêmio Best Seller pelo livro "Caminho - a Beleza é Enxergar", da Editora UICLAP (@andrenaves.def).


Black Friday é a 2ª data do comércio mais pesquisada do último ano

Créditos: Eternalcreative l iStock

Entenda o panorama completo da data comemorativa mais esperada pelo varejo e pelos consumidores, com estudos e projeções sobre a expectativa da edição de 2024

 

A Black Friday tem se consolidado como uma das datas mais importantes do calendário do varejo global e no Brasil não é diferente. Segundo um estudo recente da Agência Conversion, especialista em análise de dados e SEO, a Black Friday foi a segunda data mais pesquisada no comércio entre setembro de 2023 e setembro de 2024.  

Utilizando dados do Ahrefs, o mapeamento revelou que, em novembro de 2023, o termo "Black Friday" registrou impressionantes 3,5 milhões de buscas mensais. Para a edição de 2024, a expectativa é que as buscas fiquem entre 3 e 3,4 milhões, refletindo o contínuo interesse dos consumidores e a importância estratégica dessa data para os varejistas.  

Essa previsão está alinhada com as tendências observadas nos últimos anos, em que a Black Friday se destaca não apenas pela quantidade de buscas, mas também pelas oportunidades de vendas que proporciona.

Comparativamente, outras datas comemorativas também tiveram destaque, mas ficaram atrás da Black Friday em termos de volume de buscas.

Em outubro de 2023, o "Dia das Crianças" gerou 1,6 milhões de buscas mensais. Já em maio de 2024, o "Dia das Mães" alcançou 2,8 milhões de procuras, enquanto em junho de 2024, o "Dia dos Namorados" teve 1,7 milhões de buscas. Curiosamente, o "Dia dos Pais" em agosto de 2024 superou todas essas datas, com 4 milhões de buscas mensais. 

Entenda mais sobre o sucesso da Black Friday no decorrer da leitura!

 

As expectativas para a Black Friday 2024 

Marcada para 29 de novembro de 2024, a data promete ser uma excelente oportunidade para lojistas aumentarem suas vendas e para consumidores encontrarem boas ofertas em diferentes segmentos do comércio.  

No entanto, a Black Friday não se limita mais a um único dia, pois promoções são frequentemente estendidas ao longo de todo o mês, com iniciativas como a "Black Week" e "Black November". 

De acordo com a pesquisa realizada pela PiniOn para a Globo, 39% dos entrevistados pretendem consumir algo na data comemorativa. Enquanto o levantamento “Comportamento de Compra e Tendências para a Black Friday 2024”, desenvolvido pela Opinion Box e Dito, constatou um percentual ainda maior, com seis em cada dez consumidores (55%) manifestando interesse de compra.

 

A importância da Black Friday e estratégias de sucesso para a data 

A Black Friday não é apenas uma oportunidade para os consumidores economizarem, mas também um momento crucial para o comércio aumentar suas receitas e conquistar novos clientes. Inclusive, a data se tornou um termômetro para o desempenho do varejo no final do ano. 

Diante disso, empresas estão cada vez mais investindo em estratégias para maximizar suas vendas durante a Black Friday. Isso inclui o uso de tecnologias avançadas para personalizar ofertas, melhorar a experiência do cliente e garantir a segurança nas transações online.  

Além disso, há um esforço contínuo para antecipar as necessidades dos consumidores e oferecer produtos que realmente atendam às suas expectativas, suprindo as demandas de um mercado cada vez mais exigente e dinâmico.

 

Descoberto o primeiro aplicativo falso para drenagem de criptomoedas em dispositivos móveis

Imagem ilustrativa Shutterstock_681899107
 Divulgação Check Point Software
 Especialistas da Check Point Software explicam como o aplicativo malicioso, já excluído do Google Play, roubou cerca de US$ 70 mil em criptomoedas de pelo menos 150 vítimas

 

A Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point Software, descobriu um novo aplicativo malicioso de drenagem de criptomoedas na loja do Google Play, projetado para roubar criptomoedas. Foi a primeira vez que um dreno desse tipo tem como alvo exclusivamente os usuários de dispositivos móveis. O aplicativo falso utilizou técnicas modernas de evasão para evitar a detecção e permaneceu disponível por quase cinco meses antes de ser removido da loja. 

Os pesquisadores da CPR explicam que houve o uso de engenharia social avançada nesse aplicativo fazendo-o passar por uma ferramenta legítima para aplicativos Web3. Os atacantes exploraram o nome confiável do protocolo WalletConnect, que conecta carteiras de criptomoedas a aplicativos descentralizados, o que levou ao roubo de cerca de US$ 70 mil em criptomoedas das vítimas. As avaliações falsas positivas e o uso de um kit de ferramentas de drenagem de criptomoedas de última geração ajudaram o aplicativo a alcançar mais de 10 mil downloads. 

“Este incidente é um grande alerta a toda a comunidade de ativos digitais, pois o surgimento do primeiro aplicativo de drenagem de criptomoedas para dispositivos móveis no Google Play marca uma escalada significativa nas táticas usadas por criminosos cibernéticos e o cenário em rápida evolução de ameaças cibernéticas em finanças descentralizadas. Nossa análise destaca a necessidade crítica de soluções de segurança avançadas e orientadas por IA que possam detectar e prevenir tais ameaças sofisticadas. É essencial que usuários e desenvolvedores permaneçam informados e tomem medidas proativas para proteger seus ativos digitais”, orienta Alexander Chailytko, gerente de segurança cibernética, pesquisa e inovação da Check Point Software.

 

Crescem os riscos aos ativos digitais 

Apesar das melhorias na segurança de carteiras de criptomoedas e da crescente conscientização dos usuários sobre os perigos cibernéticos, os cibercriminosos continuam encontrando maneiras cada vez mais sofisticadas de enganar as pessoas e contornar as medidas de segurança. 

Os drenadores de criptomoedas, que são malwares projetados para roubar esses ativos digitais, tornaram-se um método popular para os atacantes. Eles usam sites de phishing e aplicativos que imitam plataformas legítimas de criptomoedas, e os atacantes enganam os usuários para que autorizem uma transação ilegítima, permitindo que o drenador execute a transferência dos ativos digitais para os criminosos. 

Pela primeira vez, essas táticas maliciosas também se estenderam a dispositivos móveis. Assim, a equipe da CPR identificou um aplicativo chamado WalletConnect no Google Play, que utilizava um drenador de criptomoedas para roubar ativos dos usuários. Imitando o protocolo legítimo de código aberto Web3 WalletConnect, o aplicativo malicioso, utilizando técnicas avançadas de engenharia social e manipulação técnica, enganava os usuários, fazendo-os acreditar que era uma maneira segura de transferir criptomoedas. O aplicativo foi enviado para o Google Play em março de 2024 e permaneceu sem ser detectado por mais de cinco meses.

 

Tática de engenharia social em aplicativos 

O WalletConnect é um protocolo de código aberto que conecta de forma segura aplicativos descentralizados (dApps) e carteiras de criptomoedas. Ele foi criado para melhorar a experiência do usuário ao conectar dApps com carteiras de criptomoedas. 

No entanto, a conexão com o WalletConnect muitas vezes é difícil por várias razões. Nem todas as carteiras suportam o WalletConnect, e os usuários frequentemente não possuem a versão mais recente. De forma astuta, os atacantes exploraram a complexidade do WalletConnect e enganaram os usuários, fazendo-os acreditar que havia uma solução fácil: o falso aplicativo WalletConnect no Google Play. 

 

Falso aplicativo WalletConnect no Google Play

Depois que os usuários baixaram e iniciaram o aplicativo malicioso WalletConnect, eles foram solicitados a conectar suas carteiras, presumindo que elas atuariam como um proxy para aplicativos Web3 que suportam o protocolo WalletConnect.

 

Conectando uma carteira a um aplicativo Web3

Quando o usuário seleciona o botão da carteira, o aplicativo malicioso ativa a carteira escolhida e a direciona para um site malicioso. Os usuários, então, precisam verificar a carteira selecionada e são solicitados a autorizar várias transações. 

Cada ação do usuário envia mensagens criptografadas para o servidor de Comando e Controle (C&C) e recupera detalhes sobre a carteira do usuário, redes blockchain e endereços. Um aplicativo sofisticado retirava primeiro os tokens mais caros, antes de direcionar-se para os de menor valor, repetindo o processo em todas as redes para retirar os ativos mais valiosos da vítima inicialmente.

 

Vítimas desavisadas de ataques 

A Check Point Research analisou o endereço de configuração do aplicativo WalletConnect de onde os fundos foram roubados. Transações de tokens de mais de 150 endereços foram identificadas, indicando pelo menos 150 vítimas. 

Houve poucas transações saindo das carteiras dos atacantes, com a maioria dos fundos roubados permanecendo em suas contas em várias redes. De acordo com dados de exploradores de blockchain, o valor total dos ativos nas carteiras dos atacantes é estimado em mais de US$ 70 mil. 

Apenas 20 usuários que tiveram seu dinheiro roubado deixaram avaliações negativas no Google Play, sugerindo que ainda existem muitas vítimas que talvez não saibam o que aconteceu com seu dinheiro. 

Quando o aplicativo recebeu essas críticas negativas, os desenvolvedores do malware astutamente inundaram a página com avaliações falsas positivas para mascarar as negativas, fazendo o aplicativo parecer legítimo e enganando outras potenciais vítimas. Desde então, o Google Play removeu o aplicativo.

 

Evasão de detecção

Em resumo, os atacantes executaram uma operação sofisticada de drenagem de criptomoedas, combinando engenharia social com manipulação técnica. Eles exploraram o nome confiável "WalletConnect" e tiraram proveito da confusão dos usuários em relação à conexão de aplicativos Web3 com carteiras de criptomoedas, acumulando uma quantidade significativa de criptomoedas sem levantar suspeitas imediatas. 

Este incidente destaca a crescente sofisticação das táticas dos cibercriminosos, especialmente nas finanças descentralizadas, onde os usuários frequentemente dependem de ferramentas e protocolos de terceiros para gerenciar seus ativos digitais. 

A eficácia do aplicativo malicioso foi ainda mais potencializada pela sua capacidade de evitar detecção através de redirecionamentos e técnicas de verificação de agentes de usuário. Ferramentas convencionais como Google Search, Shodan e verificações automatizadas muitas vezes falham em identificar essas ameaças, pois dependem de dados visíveis e acessíveis que esses aplicativos intencionalmente ocultam, tornando quase impossível para sistemas automatizados e buscas manuais detectá-los.

 

Proteção contra malware 

A solução Check Point Harmony protege os usuários contra essas ameaças. O produto Harmony Mobile Protection assegura os dispositivos ao verificar todos os aplicativos e impedir que aplicativos prejudiciais sejam baixados em tempo real. 

Em relação a sites maliciosos, o Harmony Brows previne ameaças com filtragem de URL, bloqueando o acesso a sites de phishing, como o site WalletConnect ilegítimo. A análise com inteligência artificial e a proteção contra phishing de dia zero evitam que os usuários interajam com esses sites, interrompendo transferências não autorizadas. Como camada extra de defesa, suas capacidades de anti-malware, incluindo sandboxing e Emulação de Ameaças, detectam e bloqueiam malware ou códigos maliciosos em downloads desses sites. 

Check Point Research fornece inteligência líder em ciberameaças para os clientes da Check Point Software e para a maior comunidade de inteligência em ameaças. A equipe de pesquisas coleta e analisa dados globais de ciberataques armazenados no ThreatCloud para manter os hackers afastados, garantindo que todos os produtos da Check Point sejam atualizados com as mais recentes proteções. A equipe de pesquisas consiste em mais de 100 analistas e pesquisadores que colaboram com outros fornecedores de segurança, policiais e vários CERTs. 



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E-book gratuito explica sobre os desafios do futuro médico e auxilia os vestibulandos na hora de escolher uma instituição de ensino para estudar Medicina


O sonho de muitos estudantes é ingressar no curso de Medicina, carreira desafiadora e que permite ajudar as pessoas nos momentos mais frágeis de suas vidas. Além disso, o Brasil enfrenta déficit significativo no número de médicos em relação à sua população. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina, o País possui apenas 1 médico para cada 500 habitantes, quando a Organização Mundial de Saúde recomenda que essa proporção seja de 1 para cada 300 habitantes, ou seja, há muito espaço no mercado de trabalho. 

Porém, além de escolher a profissão almejada, o estudante precisa ter consciência sobre como é o curso de Medicina, ter certeza de sua vocação, conhecer sua carga horário, os equipamentos oferecidos para o completo aprendizado e o nível dos docentes, e saber se o curso é validado e referenciado pelo Ministério da Educação (MEC).

Para ajudar os vestibulandos a fazer a melhor escolha, um E- Book foi lançado pelo Centro Universitário São Camilo, explicando como é o dia a dia do estudante na instituição de ensino.  

Na publicação são enfocados, entre outros, os seguintes temas: 1. os desafios do estudante; 2. como é ser um profissional de Medicina; 3. como é um curso de Medicina; 4. quais são os laboratórios e os campos de estágio. O E-book também apresenta a Clínica-Escola Promove e explica como completar seus estudos no exterior e, claro, como é a Atlética, onde os alunos podem praticar esportes ou música para descontrair a rotina das aulas.

 

O E-Book é gratuito e pode ser baixado neste link: https://bit.ly/ebookmedsc

 

Linguagem online: 5 dicas para não parecer engessado ao se comunicar


Atualmente, nossa vida gira em torno da internet e das facilidades que a ferramenta nos proporciona, especialmente as redes sociais. Neste mundo globalizado em que vivemos, é cada vez mais raro dependermos de serviços físicos - com isso, não quero dizer que revistas, jornais e livros impressos, TV e rádio vão acabar, mas sim que conseguimos acessar esses conteúdos por meio de tablets e smartphones.

 

Um exemplo recente que posso trazer foi a transmissão dos Jogos Olímpicos de Paris: um dos canais mais procurados foi a Cazé TV, um serviço de streaming que, além de angariar milhões de visualizações com suas transmissões, ofereceu uma cobertura extensa e variada. Ainda sobre esse assunto, agências publicitárias têm direcionado suas ações para a internet; pela primeira vez, vê-se um aumento significativo nesse tipo de investimento: mais de R$ 2,3 bilhões (equivalente a 39,6% dos investimentos) foram para plataformas digitais, enquanto o montante destinado à TV aberta ficou em pouco mais de R$ 2,2 bilhões (37,4%). 

 

Querendo ou não, a nossa realidade - e o futuro também - é virtual, como mostrou um estudo recente realizado por IAB Brasil e Kantar Ibope Media: entre 2020 e 2023, auge da pandemia de Covid-19, houve um aumento de 35% no número de anunciantes únicos em canais digitais. Apesar de a internet proporcionar muitas facilidades, é verdade que as marcas encontram no marketing digital uma grande dificuldade, ainda mais quando as principais plataformas, TikTok e Instagram, são dominadas pela Geração Z, uma população que busca cada vez mais por conteúdos autênticos e relevantes. 

 

Como melhorar a comunicação online 


Antes de mais nada, quero destacar o relatório global de 2024 elaborado pela We Are Social em parceria com a Meltwater. Ele abordou várias tendências de comportamento importantes, incluindo um aumento no tempo que as pessoas gastam online, mudanças nas plataformas de mídia social favoritas e um declínio na audiência de TV, entre outras.

 

Apesar de eu estar focando o texto em marketing e publicidade, as dicas que compartilho a seguir também podem ser aproveitadas por criadores de conteúdo e pessoas que apenas desejam melhorar a maneira como se portam online. Afinal, uma comunicação eficaz é a chave para se conectar com o público-alvo desejado.

 

1. Conheça seu público. O primeiro passo é conhecer e entender quem compõe o público que você deseja alcançar. Para isso, plataformas de análise de dados, como Google Analytics e Facebook Insights, são recomendadas para obter essas informações.

 

2. Adapte a linguagem ao canal de comunicação escolhido. Se sua plataforma de escolha for o Instagram, pesquise quais as principais tendências e o estilo de linguagem adotado por outras marcas e pessoas que estão fazendo nome nessa plataforma. Isso é corroborado por um estudo de 2023 da Sprout Social, no qual 80% dos consumidores consideraram a adaptação da mensagem ao canal importante para uma experiência de marca positiva. E lembre-se: nem sempre o que funciona no Instagram vai dar certo no TikTok.

 

3. Mantenha a autenticidade, a coerência e a interação com o público. Como comentado, as pessoas, em especial os jovens da Gen Z, valorizam a autenticidade e a originalidade - portanto, não deixe de lado uma comunicação constante que consiga ressoar com seu público-alvo, tanto para ganhar quanto manter a confiança dos seus seguidores. Além disso, responda aos comentários, participe de discussões e crie conteúdo que incentive a interação para construir uma comunidade engajada.

 

4. Utilize humor e emoção com sensibilidade. É importante saber como utilizar as tendências, especialmente memes, para engajar seu público. Isso não significa, contudo, que o senso de humor e a emoção sejam adequados a todo momento, então saiba analisar os contextos para evitar interpretações equivocadas e correr o risco de perder seguidores.

 

5. Monitore os conteúdos e ajuste-os continuamente. Por fim, não se esqueça de monitorar as métricas para otimizar suas estratégias de comunicação. É essa análise que vai auxiliá-lo na hora de ajustar as estratégias para manter a relevância e a eficácia da comunicação.

 


Mari Galindo - fundadora da Nice House, plataforma de entretenimento com foco em vídeos verticais e geração Z

Planejamento financeiro realista: especialista dá dicas de como equilibrar metas e recuperar a saúde financeira no final do ano

 Especialista em finanças, Resende Neto, oferece orientações para quem deseja definir metas financeiras viáveis e alcançar estabilidade financeira, mesmo em momentos desafiadores

 

Com o ano chegando ao fim, muitos brasileiros começam a reavaliar suas finanças e a traçar planos para o próximo ciclo. A proximidade do final do ano, marcada por despesas sazonais, como festas e férias, além do alívio temporário trazido pelo 13º salário, faz com que as metas financeiras se tornem um ponto de reflexão. Segundo Resende Neto, especialista em finanças e mentor financeiro, ainda é possível retomar o controle das finanças e se preparar melhor para os desafios do futuro, desde que haja planejamento, disciplina e o uso das estratégias corretas.

 

De acordo com Resende Neto, o primeiro passo para uma vida financeira equilibrada é ter clareza sobre a situação atual. Isso inclui saber exatamente quanto se ganha, quanto se gasta e quais são as prioridades. “Não se pode traçar uma meta sem antes entender de forma objetiva a sua realidade financeira. É necessário calcular suas despesas fixas e variáveis, além de identificar onde há gastos desnecessários”, destaca o especialista.

 

Ele sugere a definição de metas específicas e mensuráveis, divididas entre curto, médio e longo prazos. “No curto prazo, o foco deve ser a criação de uma reserva financeira. Essa reserva deve ser equivalente a pelo menos seis meses de suas despesas fixas e deve ser aplicada em investimentos de alta liquidez, como CDBs, títulos do Tesouro Direto ou Fundos DI. Essa quantia será seu colchão de segurança, sendo utilizada apenas em emergências.”

 

Já no médio prazo, metas como a troca de um carro, uma viagem ou uma reforma podem entrar nos planos. No longo prazo, as metas podem ser mais ambiciosas e estar relacionadas à independência financeira, aposentadoria ou realização de grandes sonhos, como a compra de um imóvel ou a abertura de um negócio. “Além do planejamento, contar com o aconselhamento de um mentor financeiro, alguém experiente e alinhado com seus valores, pode evitar erros nas decisões de grande impacto”, aconselha Resende.

 

 

Estratégias para manter o foco nas metas

 

Manter o foco nas metas pode ser um desafio, especialmente em momentos difíceis, como crises econômicas ou despesas inesperadas. Resende Neto sugere que uma forma eficiente de lidar com esses obstáculos é desmembrar as metas em micro objetivos. “Imagine que cada meta é um grande degrau de uma escada, e que cada micro objetivo é um pequeno passo em direção ao topo. Ao realizar esses pequenos passos, você consegue manter a motivação e o foco, além de enxergar o progresso.”

 

Outro ponto importante, segundo Resende, é envolver a família no processo. Se o planejamento financeiro é para o bem-estar de todos, é essencial que todos estejam alinhados. “Se você é casado, seu cônjuge deve participar ativamente do processo, dividindo as responsabilidades. Se tem filhos, dependendo da maturidade deles, é possível incluí-los também. Mas a responsabilidade maior deve ser assumida pelo casal”, pontua.

 

 

É possível recuperar a saúde financeira no final do ano?

 

Com a proximidade do final do ano, muitas pessoas se questionam se ainda há tempo para reorganizar as finanças. Para Resende Neto, é possível sim recuperar o controle financeiro, mesmo em um curto espaço de tempo. “A primeira ação deve ser revisar as despesas e eliminar aquilo que é supérfluo. Em seguida, renegocie dívidas e faça uso de recursos extras, como o 13º salário, para reforçar a sua reserva financeira ou quitar pendências.”

 

Embora o prazo seja apertado, Resende recomenda a consulta com um mentor ou conselheiro financeiro para auxiliar em decisões rápidas e eficazes, evitando o agravamento de situações financeiras complicadas.

 

Um dos maiores erros que as pessoas cometem ao traçar suas metas financeiras, segundo Resende Neto, é desvinculá-las dos objetivos pessoais e profissionais. “Tudo deve estar conectado. Se você deseja realizar um sonho, como uma viagem, a compra de um imóvel, ou até mesmo abrir um negócio, é essencial que seu planejamento financeiro contemple esses desejos.”

 

O especialista reforça que o planejamento de médio prazo deve incluir essas metas e que o envolvimento da família no processo é fundamental para garantir o sucesso. “Além disso, nunca tome decisões financeiras importantes, como grandes investimentos ou a abertura de um negócio, sem consultar alguém com experiência. Um mentor pode oferecer uma visão externa e evitar que você cometa erros”, completa.

 

 

Ferramentas para acompanhar o progresso

 

O acompanhamento do progresso financeiro é essencial para garantir que as metas sejam alcançadas. Nesse sentido, Resende Neto sugere o uso de ferramentas como planilhas e aplicativos de controle financeiro, que ajudam a monitorar receitas e despesas. “Mais importante que a ferramenta, no entanto, é a disciplina de revisitar suas metas periodicamente e ajustar o que for necessário.”

 

Contar com o suporte de um mentor financeiro também pode ser um diferencial, já que ele trará uma visão externa sobre o andamento das metas e sugerirá correções de rota, caso necessário.

 

Durante sua carreira, Resende Neto já observou diversos erros que as pessoas cometem ao tentar alcançar suas metas financeiras. Entre os mais comuns estão a definição de metas vagas, a falta de planejamento detalhado e a ausência de micro objetivos que ajudem a manter o foco. “Muitos se perdem nas grandes metas, sem estabelecer os pequenos passos que levariam a elas. Além disso, tomar grandes decisões financeiras sem consultar alguém mais experiente pode ser um erro custoso.”

 

Resende aconselha que a melhor forma de evitar esses deslizes é através de planejamento claro, disciplina e o acompanhamento de um mentor que possa oferecer uma visão mais ampla das escolhas.

 

 

Ajustando as metas para o próximo ano

 

Para quem sente que não conseguiu atingir as metas financeiras planejadas durante o ano, Resende Neto destaca a importância de ajustar as expectativas e reorganizar as metas para o próximo ciclo. “O final do ano é o momento ideal para reavaliar o que funcionou e o que não funcionou. Reorganize suas metas em micro objetivos e comece o próximo ano com um plano mais detalhado e realista.” 

A inclusão da família no processo e o apoio de um mentor ou conselheiro financeiro podem ser os diferenciais que garantirão um ano novo mais próspero e equilibrado financeiramente.

 

Dicas: como os gestores podem mediar discussões políticas nas empresas em ano eleitoral

Com a proximidade das eleições municipais e a polarização que extrapola os debates, a fonoaudióloga Juliana Algodoal, PhD em análise do discurso em situação de trabalho, especializada em comunicação estratégica, aponta algumas dicas sobre como os gestores podem ajudar nas discussões sobre o tema no ambiente corporativo (virtual ou presencial), da forma mais democrática possível:

  • Conhecer e divulgar as regras da empresa sobre apoios políticos;
  • Usar o bom senso para “estancar” as discussões mais agressivas;
  • Estar ciente que seu papel é transformar conflitos de ideais em apresentação de ideias;
  • Promover a consciência política e o entendimento de que política vai além dos políticos;
  • Respeitar as diferenças de ideias e estar sempre atento para nunca, jamais invadir a liberdade de expressão de ninguém;
  • Ter coerência com o posicionamento político da empresa para conduzir o tema com as equipes;
  • Jamais usar seu cargo para influenciar seus liderados;
  • Lembrar que pessoas que ocupam cargos de liderança em uma empresa são muito mais que um CPF. Representam um CNPJ e sua conduta com a equipe também pode revelar o comportamento da própria empresa. Isso se aplica a entrevistas para imprensa e posts nas redes sociais;

“Um gestor precisa estar preparado para contornar possíveis desavenças políticas para que elas não afetem o clima e as relações na empresa e impactem as rotinas. Incentivar a ampliação do conhecimento e da politização é uma atitude de utilidade pública e pode ajudar cada colaborador a cobrar e exercitar sua tarefa de cidadão, bem além do voto”, conclui Juliana Algodoal. 

 

Juliana Algodoal - Considerada uma das maiores especialistas em Comunicação Corporativa do país, Juliana Algodoal é PhD em Análise do Discurso em Situação de Trabalho – Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem e fundadora da empresa Linguagem Direta*. Acumula mais de 35 anos de experiência no desenvolvimento de projetos que buscam aprimorar a interlocução no ambiente empresarial - tendo como clientes grandes companhias, como BASF, Porto Seguro, Novartis, Pfizer, Aché, Itaú, Unimed Nacional, Samsung, dentre outras. Também é presidente do Conselho de Administração da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.


Estresse Financeiro: 72% dos trabalhadores afetados podem comprometer seu desempenho no trabalho

Unsplash
Gerente de RH do Cebrac cita 5 dicas para inspirar colaboradores a terem saúde financeira

 

A saúde financeira desempenha um papel fundamental no bem-estar individual e, consequentemente, na produtividade e no êxito organizacional. Em um cenário global em constante mudança, onde os custos estão em ascensão, gerenciar adequadamente as finanças pessoais vai além da mera sobrevivência; trata-se de uma estratégia crucial para promover o crescimento e a realização profissional. Empresas que investem na saúde financeira de seus colaboradores não apenas ajudam a melhorar a qualidade de vida de suas equipes, mas também colhem os benefícios de um ambiente de trabalho mais engajado e produtivo.
 

Por que a saúde financeira é crucial para as empresas?

Estudos mostram que colaboradores que enfrentam dificuldades financeiras podem experimentar níveis elevados de estresse e ansiedade, o que, por sua vez, pode levar a uma menor produtividade e maior taxa de absenteísmo. Segundo um relatório da APA (American Psychological Association), cerca de 72% dos trabalhadores sentem-se estressados com suas finanças, o que pode afetar diretamente seu desempenho no trabalho. 

“Entendemos a importância da saúde financeira para o bem-estar dos nossos colaboradores. Há muitos cursos online oferecidos por profissionais experientes que ensinam os fundamentos de uma vida financeira saudável. Para obter uma base sólida em finanças, você pode encontrar até mesmo cursos gratuitos. Se você deseja aprofundar seu conhecimento e se tornar um especialista, pode aprender bastante com instituições especializadas, como a Atom Educacional, por exemplo”, comenta Jéssica Giustino, Gerente de RH do Cebrac (Centro Brasileiro de Cursos).
 

Neste contexto, Giustino cita 5 dicas de como as empresas podem contribuir para a saúde financeira de seus colaboradores:

1. Disponibilizar materiais educativos

Um dos primeiros passos que as empresas podem dar é a criação e distribuição de materiais educativos que abordem temas de finanças pessoais. Guias, e-books e newsletters sobre orçamento, economia, investimentos e gestão de dívidas são recursos valiosos.

2. Implementar programas de formação

A realização de workshops e cursos regulares sobre finanças pessoais pode ser uma excelente maneira de envolver os colaboradores. Estes programas podem ser realizados em parceria com instituições especializadas e devem abordar desde o planejamento financeiro básico até estratégias mais avançadas, como investimentos e aposentadoria.
3. Oferecer acesso a ferramentas financeiras

Fornecer acesso a aplicativos financeiros que ajudem os colaboradores a monitorar e gerenciar suas finanças é uma prática cada vez mais comum e eficaz. Ferramentas que permitem o acompanhamento de despesas, o planejamento orçamentário e o controle de investimentos podem ser bastante úteis. Empresas podem também negociar parcerias com fintechs para oferecer esses recursos a preços acessíveis ou até mesmo de forma gratuita para seus colaboradores.

4. Incentive o colaborador a criar um orçamento mensal

Isso permite identificar áreas de economia e garantir que esteja poupando para atingir os seus objetivos. Para quem tem salário variável, pode ser um pouco mais complicado ter esse controle, mas é exatamente por isso que existe a reserva de emergência.
5. Criar um ambiente de apoio

Finalmente, é crucial que as empresas cultivem um ambiente de apoio e compreensão em relação às questões financeiras. Incentivar uma cultura onde os colaboradores se sintam à vontade para discutir suas preocupações financeiras pode ajudar a reduzir o estigma e promover uma abordagem mais proativa para a gestão financeira.
 

“Investir na saúde financeira dos colaboradores é mais do que uma iniciativa de bem-estar, é uma estratégia que pode resultar em maior satisfação e produtividade no trabalho. Ao fornecer ferramentas, recursos e suporte, as empresas não apenas ajudam seus colaboradores a alcançar uma estabilidade financeira, mas também reforçam o compromisso com o sucesso e o desenvolvimento contínuo de suas equipes”, conclui Jéssica Giustino.
 



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