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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

5 mitos e verdades sobre a fertilidade

 

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Médica especialista esclarece dúvidas e desmitifica crenças populares sobre o tema

 

O tema da fertilidade é cercado por muitas informações, mas também por mitos e equívocos que podem gerar confusão e ansiedade em quem deseja engravidar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% a 15% dos casais em idade reprodutiva enfrentam dificuldades para engravidar, o que torna ainda mais importante compreender as informações corretas sobre o assunto.

A Dra. Mônica de Oliveira Jorge, médica da Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR), esclarece a seguir alguns mitos e verdades sobre a fertilidade, com o objetivo de desmistificar os equívocos que podem prejudicar e influenciar a forma como as pessoas lidam com sua saúde reprodutiva. Confira:

  1. O álcool pode afetar a fertilidade?
    Estudos demonstram que o álcool pode afetar a fertilidade das mulheres que estão tentando engravidar, principalmente quando consumido em quantidades superiores a duas doses diárias. Cada dose equivale a 14g de etanol. Segundo o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), do Ministério da Saúde do Brasil, 14g de álcool puro correspondem a 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 45 ml de destilado (vodka, uísque, cachaça, gin e tequila, por exemplo).
    De acordo com essas definições, considera-se consumo moderado no máximo duas doses em um único dia ou 14 doses por semana para homens. Para mulheres, as quantidades são de uma dose por dia ou sete doses por semana.
     
  2. Os lubrificantes atrapalham quem está tentando engravidar?
    Os lubrificantes podem ser usados, mas apenas os à base de água, evitando os oleosos. Os lubrificantes oleosos podem dificultar a ascensão dos espermatozóides pela vagina, colo do útero, útero e trompas.
     
  3. O sobrepeso dificulta a fertilidade feminina? Ou é um mito?
    É verdade. O sobrepeso está associado a alterações na ovulação, geralmente devido à presença excessiva de hormônios no tecido adiposo, que acabam interferindo na liberação dos hormônios essenciais para regular a ovulação. Muitas vezes, a perda de peso é suficiente para que a mulher engravide, sem necessidade de outros tratamentos.
     
  4. O café pode interferir na fertilidade feminina e masculina?
    Sim. No caso das mulheres, o consumo de 500 mg de cafeína por dia (equivalente a mais de 5 xícaras de café) está associado à diminuição da fertilidade. Durante a gravidez, o consumo de mais de 3 xícaras de café por dia está ligado a um maior risco de aborto. No caso dos homens, ainda há controvérsias, mas estudos recentes sugerem um provável efeito negativo na fertilidade, com associação a alterações no DNA dos espermatozoides e aumento de alterações genéticas nos embriões.
     


AMCR – Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil
Para saber mais informações, acesse o site.



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