Testes que simulam os exames não são a ponta final dos estudos, mas uma etapa contínua que ajuda a controlar a ansiedade e o nervosismo antes das provas
No Enem e nos vestibulares, o principal
pensamento é: destaca-se quem se prepara melhor. Seja psicologicamente ou com
um treinamento adequado e eficiente. Estar preparado para uma situação
semelhante ao dia da prova é um diferencial para quem não quer lidar com
surpresas.
É por isso que os simulados são uma etapa
importante da preparação de qualquer estudante que vá prestar vestibular. De
acordo com Yan Luz, coordenador de segmento da rede Anglo Alante, “sua
realização, seguida de uma análise criteriosa, permite que o aluno se
familiarize com os modelos de questões, a linguagem utilizada e os conteúdos
mais recorrentes em cada prova”.
Além disso, o simulado é uma das
ferramentas que podem impulsionar ainda mais os estudos neste momento de reta
final dos vestibulares. Nesse contexto, Yan explica de quais formas os
simulados podem ajudar nos vestibulares.
Gestão
do tempo e definição de estratégias
Uma das principais dificuldades dos
vestibulandos é o gerenciamento do próprio tempo. Achar o equilíbrio entre
solucionar as questões com calma sem demandar muito do tempo delimitado é um
desafio que pode ser enfrentado com a ajuda do simulado.
Yan explica que “como cada universidade
estabelece um número específico de questões e, em alguns casos, inclui a
elaboração de redações em geralmente 5 horas de prova, é crucial que o
estudante aprenda a administrar seu tempo de forma eficiente, garantindo que
todas as fases sejam realizadas dentro do prazo”.
Além disso, os simulados permitem que os
vestibulandos utilizem diferentes abordagens em suas realizações para chegarem
às provas com a melhor estratégia possível. “O estudante tem a oportunidade de
experimentar diferentes abordagens para resolver as questões, como iniciar
pelas disciplinas de maior domínio, pular questões mais complexas para retornar
depois, ou gerenciar o tempo de leitura e interpretação. Essa prática ajuda a
criar um método personalizado que otimiza o desempenho no dia do exame,
tornando-o mais seguro e eficaz”, adiciona.
Nesse contexto, uma análise detalhada da correção é, também, parte da preparação. Com ela, o aluno vai além dos acertos e erros - ele analisa com olhar crítico para onde seus esforços em revisões e estudos devem ser direcionados para otimizar sua rotina.
Maior
preparação mental para as provas
Como os simulados apresentam uma situação
semelhante ao dia da prova, eles desempenham um papel fundamental também na
preparação psicológica dos alunos. O coordenador de segmento explica que, ao
simular condições reais do exame, como tempo, ambiente e formato de questão, a
ansiedade e o nervosismo para as provas são reduzidos.
Mas, além disso, os simulados têm um papel importante na autoestima do estudante: a construção de confiança. “À medida que o aluno realiza os simulados e, principalmente, analisa seus erros e acertos, ele consegue visualizar sua evolução. Ele consegue perceber que está gerenciando melhor o tempo, acertando mais questões ou compreendendo pontos que antes eram difíceis. Essa sensação de progresso é um forte motivador e combate a insegurança”, explica o coordenador.
Familiaridade
é fundamental no processo
Além de deixar o aluno mais resiliente para
a prova, os simulados orientam a eficácia para que ele saiba se adaptar a cada
prova e seus respectivos perfis antes do dia oficial. Assim, “a familiarização
vai desde o estilo das questões e a linguagem utilizada até a forma de cobrança
dos conteúdos. Quanto menos surpresas o aluno tiver no dia da prova oficial –
seja em relação ao formato, ao tempo ou à complexidade das questões –, maior
será sua confiança e suas chances de sucesso, pois ele estará mental e academicamente
mais adaptado ao desafio que enfrentará”, explica o coordenador.
Pensando em criar esta familiaridade desde
cedo, a rede Anglo Alante conta com uma iniciativa de aplicação bimestral de
simulados do 6° ano do Ensino Fundamental até o 3° ano do Ensino Médio. Para os
estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental, Yan explica que “o objetivo é
introduzir o modelo de avaliação, familiarizando-os gradualmente com provas de
maior escopo. Adaptamos as questões objetivas à faixa etária de cada turma e começamos
a ensinar, desde cedo, a importância da gestão do tempo e da rotina de estudos
constantes”.
A rede também conta com a parceria de outras escolas por todo o Brasil para a realização de simulados em larga escala, oferecendo uma comparação a nível nacional para os seus estudantes.
Essenciais
na rotina de estudos
O simulado é uma etapa contínua e
estratégica para quem vai prestar vestibular. Deve, portanto, fazer parte da
rotina de estudo dos jovens. Com ele, vai ser possível entender quais são os
conteúdos que precisam de reforço, compreendendo os erros e o processo que
levou até eles. Segundo o coordenador, “é preciso dedicar um tempo
significativo, muitas vezes até mais do que o próprio simulado, para corrigir
detalhadamente cada questão, entendendo onde o erro aconteceu – se foi falta de
conteúdo, interpretação, distração ou gestão do tempo. Essa análise deve guiar
os estudos subsequentes”.
A partir da análise dos resultados, a
revisão e o planejamento de estudos devem ser voltados aos simulados, com as
áreas de maior dificuldade tornando-se a prioridade na rotina de estudos. Com
esse hábito, os simulados irão refinar a estratégia de exame do aluno, uma vez
que ele entenderá o que fazer primeiro, como gerenciar o cansaço e o que irá
demandar mais tempo, por exemplo.
Nesse contexto, a realização de um simulado
completo a cada 15 dias ou uma vez por mês é um bom ponto de partida, segundo
Yan. Integrar os simulados dessa forma transforma a rotina de estudos em um
ciclo contínuo de avaliação, aprendizado e aprimoramento.
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