Recursos de IA podem ser uma "mão na
roda" para os estudantes identificarem pontos fracos, organizarem conteúdos
e manterem a motivação no aprendizado; professor Michel Arthaud, da Plataforma
Professor Ferretto, lista dicas 
Canva
Se antes os estudantes precisavam seguir um cronograma de estudos “padrão”,
hoje há a possibilidade de montar, de forma simples, um plano de estudos personalizado
com o apoio da tecnologia. Plataformas educacionais com inteligência artificial
vêm transformando a forma como os jovens se preparam para o Enem e
vestibulares, oferecendo ferramentas práticas como resumos automáticos de
videoaulas, geração de planilhas de estudos sob medida e recomendações de
conteúdos com base no desempenho individual.
Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), realizada com a Educa Insights, 71% dos estudantes do ensino superior já utilizam ferramentas de IA com frequência — sendo 29% diariamente. A tendência também se reflete entre vestibulandos do ensino médio.
“A IA ajuda o aluno a entender onde ele está errando, quais assuntos precisa
reforçar e como organizar o tempo de estudo. É como ter um orientador digital
que trabalha com base em dados reais do próprio aluno”, explica Michel Arthaud,
professor de Química da Plataforma Professor Ferretto.
Ferramentas práticas tornam revisões mais eficientes
Entre os recursos mais usados, estão os dashboards de desempenho, que mostram em tempo real as disciplinas com mais erros, os simulados personalizados com correção automatizada e os sistemas que criam trilhas de estudo conforme o nível de acerto em cada tema. Além disso, os assistentes de IA já são capazes de resumir conteúdos longos em tópicos-chave, sugerir videoaulas complementares e até reorganizar o cronograma caso o estudante atrase os estudos.
“É como uma playlist inteligente: se você erra questões de cinemática, por
exemplo, a IA indica um vídeo específico sobre o tema, sugere exercícios e
ainda reprograma sua trilha para revisar esse conteúdo antes do simulado”,
explica o professor Michel.
Engajamento e autonomia
De acordo com um estudo do MIT, o uso de sistemas adaptativos aumenta o engajamento dos estudantes em até 25%. Para o professor Michel, esse movimento revela uma mudança de perfil: “O aluno de hoje quer mais autonomia, clareza e praticidade. A tecnologia entrega isso, desde que seja usada com consciência e orientação.”
Mesmo com tantos avanços, o professor reforça que a tecnologia não substitui o
papel humano no processo de aprendizagem. “A IA é uma aliada poderosa, mas o
olhar do professor continua sendo essencial para interpretar os dados e guiar o
estudante de forma mais estratégica”, acrescenta.
Educação sob medida é realidade
À medida que o uso de IA cresce nas plataformas educacionais, cresce também a
responsabilidade de escolas, famílias e educadores em orientar os estudantes
nesse ambiente.
“A personalização do aprendizado já não é mais tendência, é realidade. E cabe a
nós, professores, e aos estudantes em geral, fazer cada um sua parte para que
os recursos disponíveis hoje sejam usados de forma ética, inteligente e
proveitosa”, conclui o docente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário