OMS recomenda no
mínimo 3 ao longo da gravidez, mas especialistas indicam até 6; 18ª semana é a
mais segura para descobrir o sexo do bebê
Método dos mais populares da medicina moderna, a
ultrassonografia é uma técnica que utiliza o eco gerado por ondas ultrassônicas
para visualizar, em tempo real, estruturas internas do corpo e órgãos. Na
gestação, é um recurso fundamental para monitorar o desenvolvimento do bebê e a
saúde da mãe. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, no mínimo, três
ao longo dos nove meses, mas, segundo a médica radiologista do Sabin
Diagnóstico e Saúde, Andréa Neves, o consenso entre os especialistas é que
sejam realizados até seis.
Dra. Andrea nos explica que o ultrassom pode
detectar problemas no bebê como malformações, doenças cardíacas, renais,
pulmonares e cerebrais. O exame pode diagnosticar também condições maternas
como anormalidades na placenta, risco aumentado de pré-eclâmpsia e mal
posicionamento fetal.
“Algumas malformações cardíacas graves, por
exemplo, não compatíveis com a vida, podem ser resolvidas ainda no útero, ou
orientar o nascimento em um hospital especializado que fará a cirurgia
reparadora assim que nascer”, diz a médica radiologista. “A detecção de risco
aumentado de pré-eclâmpsia no primeiro trimestre permite o tratamento adequado
ao longo da gestação.”
Confira, abaixo, o papel da ultrassonografia em
cada fase da gestação:
- Primeiro
trimestre:
No período que compreende até a 14ª semana, o
ultrassom pode ser feito tanto abdominal como transvaginal.
O exame do tipo ultrassom obstétrico transvaginal é
recomendado para confirmar a gravidez, avaliar o desenvolvimento normal do feto
e determinar a idade gestacional, geralmente solicitado antes de 14 semanas.
Além disso, é no primeiro trimestre que podem ser diagnosticadas condições como
a gravidez ectópica (fora do útero).
Os exames de ultrassom morfológico do 1o
trimestre com doppler colorido é realizado entre a 11ª a 14ª semana. São
avaliados translucência nucal (espaço entre a pele e a coluna do feto
na altura da nuca), ducto venoso, ossificação do osso nasal, medidas do feto e
doppler de artérias uterinas. Com os dados obtidos, é possível identificar
riscos de anomalias cromossômicas, como a Síndrome de Down e predizer o risco
de pré-eclâmpsia.
- Segundo
trimestre:
No segundo trimestre da gestação, entre 20 e 24
semanas, é realizado o ultrassom morfológico do 2o trimestre
por via abdominal e tem como objetivo avaliar o crescimento e desenvolvimento
do bebê, além de detectar anomalias estruturais e confirmar a idade
gestacional. Durante esse ultrassom, é possível diagnosticar condições como
hidronefrose (dilatação das vias urinárias de um ou dos dois rins),
malformações congênitas da face e espinha bífida (malformação da coluna).
Pode ser solicitado também o ultrassom por via
transvaginal para avaliação de colo uterino e risco de parto prematuro. Entre
24 e 28 semanas, costuma ser solicitada a ecocardiografia fetal, que afasta de
forma mais completa o risco de má formação cardíaca.
- Terceiro
trimestre:
Nesta fase, pode ser solicitado o ultrassom
obstétrico e ultrassom obstétrico com Doppler colorido, para avaliar o crescimento
e desenvolvimento do bebê, a posição em que está e o fluxo sanguíneo na
placenta. O exame também é realizado por via abdominal. Esse ultrassom pode
identificar condições como restrição de crescimento, pré-eclâmpsia e
descolamento prematuro da placenta.
É importante destacar que, diante de uma gestação
de risco, o médico obstetra pode solicitar, a qualquer momento, ultrassom
obstétrico para avaliar o desenvolvimento do bebê e seu bem-estar.
Os aparelhos modernos de ultrassonografia, como os
que o Sabin utiliza, explica a médica radiologista, contam com imagem em alta
resolução. Durante a consulta, o médico procura ajudar os pais na compreensão
das imagens e nas principais constatações obtidas. “A determinação do sexo é
sempre uma curiosidade muito grande das famílias, às vezes, aguardada para o
chá de revelação. Porém o sexo do bebê poderá ser determinado com maior
segurança após 18 semanas”, explica.
Grupo Sabin
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