Especialista do Sabará
Hospital Infantil fala sobre as doenças mais comuns entre as crianças
Na infância, a saúde digestiva está intimamente relacionada ao
desenvolvimento da criança, especialmente no que se refere a hábitos
alimentares e suas consequências – positivas e negativas – que podem se seguir
durante todo o seu crescimento.
De acordo com a gastropediatra e coordenadora da Gastroenterologia
Pediátrica do Sabará Hospital Infantil, Dra. Cristiane Boé, ao longo da
infância, existem muitos diagnósticos relacionados ao trato gastrointestinal.
“Podemos destacar problemas como as gastroenterites, constipação intestinal,
doenças inflamatórias intestinais, doença do refluxo gastroesofagico, síndromes
disabsotivas, etc, as quais requerem um olhar especializado”, afirma a
especialista.
O plano de tratamento pode variar para cada paciente e, em muitos
casos, necessitam de uma abordagem multidisciplinar, incluindo outras
especialidades. “Destaco as Doenças Inflamatórias Intestinais, pelo seu grau de
complexidade, em que a assistência vai muito além do tratamento médico. Nosso
compromisso aqui no Hospital é adaptar o cuidado conforme cada fase da criança,
buscando sempre aliviar os sintomas e oferecer mais conforto e qualidade de
vida com uma conduta assistencial centrada no paciente, protocolos ajustados à
complexidade de cada caso. A atuação de uma equipe multiprofissional é
determinante para o seguimento clínico adequado, permitindo a revisão contínua
das condutas terapêuticas e a promoção de desfechos clínicos mais favoráveis”,
comenta a gastropediatra.
Além disso, na infância, inúmeras doenças do trato digestório
podem ser prevenidas ou melhoradas quando se tem uma alimentação saudável e
equilibrada, como as síndromes dispépticas (gastrites, esofagites entre outras)
que têm a adequação alimentar como uma das bases de seu tratamento, e por esse
motivo, a especialista aponta que a alimentação é a base para uma boa saúde
digestiva. “Para os bebês, o leite materno promove, entre outros benefícios, o
desenvolvimento imunológico e prevenção de doenças. Após a lactação, a
qualidade da alimentação na infância, com maior consumo de alimentos frescos,
in natura, e redução no consumo de ultra processados, excesso de açúcares
refinados, alimentos industrializados, é sempre o mais indicado”, explica a
especialista.
Muitas crianças só precisam de incentivo familiar para se
alimentarem melhor. “Deixar que a criança conheça os alimentos, participe das
refeições sem distrações, em família, faz com que ela perceba e entenda os benefícios
de uma alimentação saudável”, conclui Dra. Cristiane.
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