Especialistas explicam como lidar com o sexo e as expectativas no início de um relacionamento
No mês dos
namorados, enquanto muitos casais celebram o amor consolidado, há quem esteja
vivendo uma fase igualmente intensa, porém cheia de dúvidas: o começo. Com
crushes virando algo mais sério e a famosa “fase do ficante fixo” se espalhando
entre casais recentes, surgem também as inseguranças sobre intimidade,
expectativas e o sexo nesse contexto. Afinal, quando é a hora certa de transar?
Como falar sobre o que se gosta? Existe uma forma certa de lidar com isso?
Segundo a
sexóloga Natali Gutierrez, CEO da Dona Coelha, o início de um relacionamento é
um terreno fértil para projeções e suposições. “É comum que as pessoas entrem
em uma relação carregando regras invisíveis: se transar no primeiro encontro,
ele vai me desrespeitar; se esperar demais, ela vai perder o interesse. Isso
cria uma tensão que afasta a espontaneidade e a conexão real”, explica.
O sexólogo Renan
de Paula, cofundador da marca, complementa que essa fase exige mais conversa do
que performance. “No início, a gente acredita que precisa impressionar. Mas, na
verdade, o mais impressionante é conseguir ser verdadeiro. Sexo bom não é só
técnica: é escuta, respeito e curiosidade.”
Sexo
sem pressa, com presença
Para os
especialistas, o “caminho certo” não está em um cronograma, mas na construção
de um espaço seguro onde cada pessoa possa expressar suas vontades sem medo. “O
desejo não é algo que aparece com um botão. Ele se constrói com contexto,
confiança e, principalmente, comunicação”, reforça Natali.
Renan ressalta
que casais em início de relação costumam confundir química com obrigação. “Tem
que transar logo? Tem que rolar tensão sexual? Não. Tem que fazer sentido para
os dois. Às vezes o desejo cresce quando não há pressão — e isso é saudável.”
Como
tornar o início mais leve
Os especialistas
deixam dicas práticas para quem está nessa fase:
Conversem sobre
expectativas, inclusive sobre o sexo, sem tabu.
Evitem
comparações com experiências passadas ou com “padrões” vistos nas redes
sociais.
Respeitem o
tempo um do outro, lembrando que a construção da intimidade vai além do ato
sexual.
Celebrem o
presente, não o status da relação. O que vocês têm agora pode ser especial do
jeito que é.
Neste Dia dos
Namorados, o convite da dupla é claro: não se trata de seguir fórmulas prontas,
mas de construir um vínculo verdadeiro — com prazer, respeito e muita escuta.

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