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sexta-feira, 30 de maio de 2025

Sofre com lipedema? Genética e alimentação terapêutica podem ajudar

Personalização com base genética e biomarcadores torna o protocolo mais eficaz no alívio dos sintomas da doença, que afeta cerca de 12% das mulheres brasileiras  

 

O lipedema é uma condição crônica e progressiva que atinge majoritariamente mulheres, caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura nas pernas, quadris e, em alguns casos, nos braços — geralmente acompanhada de dor, inchaço e sensibilidade. No Brasil, estima-se que cerca de 12% da população feminina conviva com a doença, muitas vezes confundida com obesidade ou celulite, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento adequado.

A nutricionista, pesquisadora e CEO do Scanner da Saúde, Aline Quissak, destaca que a alimentação tem papel central na gestão do lipedema, e aponta a detoxificação terapêutica personalizada como uma das estratégias mais eficazes. “O detox terapêutico vai muito além de tomar suco verde. É uma abordagem baseada em ciência, que envolve testes genéticos, análises de sangue e da microbiota intestinal. Isso permite montar um plano alimentar terapêutico individualizado, que ajude a reduzir a inflamação, equilibrar os hormônios e melhorar a qualidade de vida”, afirma Aline.

Estudos recentes demonstram que a personalização do detox com base em genes como GSTM1, COMT e CYP1A2 — responsáveis por eliminar toxinas — pode ajudar a identificar falhas na capacidade de detoxificação, fator que agrava os sintomas do lipedema. Segundo Aline, identificar essas variantes genéticas é a chave para um detox eficaz, pois permite o uso de nutrientes específicos para corrigir falhas metabólicas. Compostos como glutationa, sulforafano, N-acetilcisteína (NAC) e vitaminas do complexo B são essenciais na fase de biotransformação hepática, auxiliando na excreção de metais pesados e hormônios em excesso, que têm relação direta com a piora da inflamação e do acúmulo de gordura.

Outro fator agravante é a exposição a metais pesados, como mercúrio e chumbo, que podem intensificar a inflamação e comprometer a eliminação de toxinas. “Um protocolo adequado de detox ajuda a eliminar essas substâncias e reduzir a carga inflamatória”, explica a especialista. Além disso, alergias alimentares e intolerâncias a glúten, leite e frutose também devem ser investigadas. “Esses gatilhos alimentares podem ser silenciosos, mas altamente inflamatórios para o organismo da paciente com lipedema”, alerta Aline.


Detox hormonal e nutrição terapêutica

A detoxificação hormonal também é destacada como um ponto crucial pela profissional. Quando realizada corretamente, ajuda a reduzir o acúmulo de hormônios que contribuem para a inflamação sistêmica e o agravamento do quadro clínico. “É possível promover alívio dos sintomas, melhora da circulação e bem-estar com uma estratégia nutricional individualizada. A nutrição terapêutica não trata apenas o sintoma, mas a causa bioquímica por trás dele”, reforça.

Essa abordagem personalizada e científica tem ganhado espaço entre pacientes que buscam mais eficácia e menos frustrações com tratamentos genéricos. Para Aline, o futuro do manejo do lipedema está na integração entre ciência de precisão, genética e alimentação terapêutica.





Scanner da Saúde
www.dralinequissak.com/diamante


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