Personalização com base genética e biomarcadores torna o protocolo mais eficaz no alívio dos sintomas da doença, que afeta cerca de 12% das mulheres brasileiras
O lipedema é uma condição crônica e progressiva que atinge
majoritariamente mulheres, caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura nas
pernas, quadris e, em alguns casos, nos braços — geralmente acompanhada de dor,
inchaço e sensibilidade. No Brasil, estima-se que cerca de 12% da população
feminina conviva com a doença, muitas vezes confundida com obesidade ou
celulite, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento adequado.
A nutricionista, pesquisadora e CEO do
Scanner da Saúde, Aline Quissak, destaca que a alimentação tem
papel central na gestão do lipedema, e aponta a detoxificação terapêutica
personalizada como uma das estratégias mais eficazes. “O detox terapêutico vai
muito além de tomar suco verde. É uma abordagem baseada em ciência, que envolve
testes genéticos, análises de sangue e da microbiota intestinal. Isso permite
montar um plano alimentar terapêutico individualizado, que ajude a reduzir a
inflamação, equilibrar os hormônios e melhorar a qualidade de vida”, afirma
Aline.
Estudos recentes demonstram que a personalização do detox com
base em genes como GSTM1, COMT
e CYP1A2
— responsáveis por eliminar toxinas — pode ajudar a identificar falhas na
capacidade de detoxificação, fator que agrava os sintomas do lipedema. Segundo
Aline, identificar essas variantes genéticas é a chave para um detox eficaz,
pois permite o uso de nutrientes específicos para corrigir falhas metabólicas.
Compostos como glutationa, sulforafano, N-acetilcisteína (NAC) e vitaminas do
complexo B são essenciais na fase de biotransformação hepática, auxiliando na
excreção de metais pesados e hormônios em excesso, que têm relação direta com a
piora da inflamação e do acúmulo de gordura.
Outro fator agravante é a exposição a metais pesados, como
mercúrio e chumbo, que podem intensificar a inflamação e comprometer a
eliminação de toxinas. “Um protocolo adequado de detox ajuda a eliminar essas
substâncias e reduzir a carga inflamatória”, explica a especialista. Além
disso, alergias alimentares e intolerâncias a glúten, leite e frutose também
devem ser investigadas. “Esses gatilhos alimentares podem ser silenciosos, mas
altamente inflamatórios para o organismo da paciente com lipedema”, alerta
Aline.
Detox hormonal e nutrição terapêutica
A detoxificação hormonal também é destacada como um ponto crucial
pela profissional. Quando realizada corretamente, ajuda a reduzir o acúmulo de
hormônios que contribuem para a inflamação sistêmica e o agravamento do quadro
clínico. “É possível promover alívio dos sintomas, melhora da circulação e
bem-estar com uma estratégia nutricional individualizada. A nutrição
terapêutica não trata apenas o sintoma, mas a causa bioquímica por trás dele”,
reforça.
Essa abordagem personalizada e científica tem ganhado espaço
entre pacientes que buscam mais eficácia e menos frustrações com tratamentos
genéricos. Para Aline, o futuro do manejo do lipedema está na integração entre
ciência de precisão, genética e alimentação terapêutica.
Scanner da Saúde
www.dralinequissak.com/diamante

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