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sexta-feira, 30 de maio de 2025

Ciclo menstrual: 3 formas de acompanhar e entender melhor o seu corpo

Saiba o que observar e quando procurar ajuda médica

 

Mais do que uma questão reprodutiva, o ciclo menstrual é um importante indicador da saúde das mulheres. Ainda assim, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 4 em cada 10 brasileiras não sabem identificar se o próprio ciclo é regular ou não, o que evidencia a importância de reconhecer padrões menstruais anormais.

O ciclo menstrual é um processo fisiológico em mulheres na idade fértil, responsável por preparar o corpo feminino para uma possível gravidez. A primeira etapa deste ciclo é a menstruação, que normalmente dura de 5 a 7 dias. Ela acontece quando o endométrio, que é uma camada que reveste as paredes internas do útero, é liberado, e ocorre porque não houve a fecundação do óvulo. Por este motivo, o organismo libera a menstruação. O endométrio, então, cresce novamente, iniciando um novo ciclo. 

Para ser considerado regular, o ciclo menstrual deve ter uma duração entre 21 e 35 dias. Quando está fora desse intervalo, é um sinal de que pode haver desequilíbrios hormonais ou outras condições clínicas que exigem acompanhamento médico. 

Para um melhor entendimento, o Dr. Thiers Soares, especialista em endometriose, adenomiose e miomas, lista as três principais fases do ciclo menstrual:
 

1- Fase folicular

Inicia-se no primeiro dia da menstruação e estende-se até cerca do 13º ou 14º dia, quando ocorre a ovulação. Durante esse período, os níveis de estrogênio e progesterona estão baixos, o que promove a liberação do hormônio folículo estimulante (FSH). Esse hormônio é responsável por estimular a produção de folículos nos ovários, sendo que, geralmente, apenas um desses folículos amadurece e libera um óvulo. Ao longo dessa fase, o endométrio, se espessa, preparando-se para uma possível gestação.
 

2- Ovulação

A ovulação ocorre quando há um aumento expressivo nos níveis de estrogênio, o que estimula a produção do hormônio luteinizante. O LH é o hormônio que seleciona o óvulo maduro e o libera de um dos ovários. O óvulo então percorre as trompas em direção ao útero. Esse processo pode levar de 16 a 32 horas e acontece mensalmente, cerca de duas semanas antes do próximo ciclo. A fertilização do óvulo pelo espermatozoide pode ocorrer no dia da ovulação ou até 5 dias antes, uma vez que o espermatozoide pode sobreviver esse período no trato reprodutivo feminino. Após a liberação, o óvulo se mantém viável para fertilização por aproximadamente 24 horas.
 

3- Fase lútea

Depois da ovulação, o folículo que liberou o óvulo se transforma em corpo lúteo, uma estrutura que passa a liberar estrogênio em menor quantidade e progesterona, de forma mais intensa. A progesterona é responsável por manter o endométrio espesso, caso ocorra a fecundação. Se a gravidez não se concretizar, o corpo lúteo se degenera e os níveis de estrogênio e progesterona caem, resultando na descamação do revestimento uterino e no princípio de um novo ciclo menstrual. A fase lútea tem duração aproximada de 14 dias e termina com o início da menstruação. 

 

Dr. Thiers Soares - Doctor Honoris Causa pela Universidade Victor Babes/Romênia, Dr. Thiers Soares, graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), é ginecologista especialista em doenças como endometriose, adenomiose e miomas. Também é médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia), do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). O especialista é membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL). O especialista foi um dos responsáveis por trazer para o Brasil a técnica de Ablação por Radiofrequência dos Miomas Uterinos, um tratamento moderno e eficaz, que causa a destruição térmica de tumores uterinos.

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