O ano de 2024 foi marcado pela aceleração da nuvem em todo o mundo – inclusive no Brasil, onde o ambiente cloud tem sido adotado pelas empresas por conta da sua escalabilidade, diminuição de custos, e flexibilidade. Sem a complexidade da infraestrutura física, a cloud acelera a inovação e o desenvolvimento do negócio.
De acordo com o Gartner, até 2028 mais de 95% das novas
iniciativas digitais serão baseadas em plataformas nativas da nuvem – e essa
demanda vai fazer com que a nuvem incorpore ainda mais recursos tecnológicos –
como a IA e a computação quântica – e também amadureça algumas abordagens que não
são exatamente novidade – como os ambientes multicloud e híbridos. Neste
sentido, separamos as principais tendências que devem nortear o desenvolvimento
cloud neste ano.
A IA está no centro da transformação da nuvem
A inteligência artificial transformou vários setores, e a
computação em nuvem não é exceção. Neste ano, a IA não será apenas mais um
serviço em execução na nuvem — será a força inteligente otimizando as operações
cloud. Esse avanço permite que o ambiente cloud tenha recursos de automação avançada,
possibilitando a alocação de recursos em tempo real, e o dimensionamento
automatizado – o que deve levar as empresas a gerenciar custos e desempenho de
forma mais eficiente.
Estratégias híbridas e multicloud seguem em expansão
A adoção de estratégias de nuvem híbrida e multicloud devem seguir crescendo em 2025 – pois fornecem uma abordagem mais flexível e com mais segurança.
A nuvem híbrida permite que as organizações movam dados e aplicativos entre ambientes diferentes sem interrupções, proporcionando uma escalabilidade que é difícil de alcançar com infraestruturas tradicionais.
Já a multicloud, que envolve o uso de diferentes provedores de serviços de nuvem ao mesmo tempo, possibilita a otimização do desempenho e da disponibilidade do ambiente. A flexibilidade para escolher as melhores soluções de cada fornecedor e a possibilidade de evitar a dependência de um único provedor são os pontos-chave para a adoção de ambientes multicloud.
Além disso, a multicloud facilita a implementação de
práticas de continuidade de negócios e recuperação de desastres, tornando-se
essencial para empresas que buscam resiliência e agilidade em um cenário
tecnológico em rápida evolução.
Serviços de nuvem gerenciada devem ganhar mais tração
Os serviços de nuvem gerenciada estão ganhando tração à medida em que o ambiente se torna mais complexo – com a integração da nuvem híbrida e multicloud – exigindo a administração de vários fornecedores de tecnologia.
Fornecedores de serviços gerenciados oferecem suporte
contínuo, monitoramento e otimização de recursos, permitindo que as empresas se
concentrem em suas atividades principais. No Brasil, as empresas têm adotado os
serviços de nuvem gerenciada para melhorar a eficiência, e reduzir a carga
administrativa. Essa tendência é particularmente relevante para empresas que
não possuem expertise interna em gestão de nuvem.
Servless computing: simplificando a infraestrutura para
soluções escaláveis
A computação sem servidor está transformando a forma como os serviços de software são criados e implantados, reduzindo a necessidade de gerenciamento de infraestrutura.
Essa abordagem permite que as empresas se concentrem no
desenvolvimento de aplicativos, enquanto os fornecedores de nuvem cuidam da
escalabilidade e manutenção. Isso tem vários benefícios, incluindo tempo de
lançamento no mercado mais rápido, escalabilidade e custos mais baixos para
novas implantações de serviço. Dadas essas vantagens, a computação sem servidor
verá ampla adoção entre empresas globalmente nos próximos anos.
Computação quântica como serviço: generalizando a computação
quântica por meio da nuvem
A computação quântica está começando a encontrar aplicações no mundo real. E o acesso a essa tecnologia vai acontecer por meio dos serviços em nuvem, com a oferta a partir dos grandes provedores, que devem tornar os recursos quânticos mais acessíveis.
Mesmo que a popularização da computação quântica como
serviço esteja ainda em seus passos iniciais, seus impactos potenciais são
profundos: de descobertas inovadoras de medicamentos a criptografia forte, os
serviços de nuvem quântica serão a base para a inovação.
DevEdgeOps: DevOps para a era da Edge Computing
A edge computing (ou computação de borda) está transformando
a forma como os dados estão sendo processados e utilizados. Ao contrário dos métodos tradicionais de nuvem, a edge computing traz poder
computacional diretamente para a fonte de dados. O DevEdgeOps é uma abordagem
especializada que combina a agilidade e a automação do DevOps com os requisitos
específicos dos ambientes edge, trazendo mais velocidade operacional.
Infraestrutura como código
A automação e a orquestração de infraestrutura estão se tornando cada vez mais importantes para gerenciar ambientes de nuvem complexos. Ferramentas de infraestrutura como código (Infrastructure as Code - IaC) permitem que as empresas provisionem e gerenciem recursos de nuvem de maneira automatizada e consistente.
No Brasil, empresas estão adotando IaC para melhorar a eficiência operacional e reduzir o risco de erros humanos. A orquestração de infraestrutura também facilita a implementação de estratégias de recuperação de desastres e continuidade de negócios, garantindo a disponibilidade contínua dos serviços.
Em resumo, as tendências em tecnologias de computação em nuvem
para 2025 estão moldando um futuro em que a nuvem se torna um componente
essencial da infraestrutura digital das empresas. No Brasil, a adoção dessas
tendências está permitindo que as empresas inovem, melhorem a eficiência
operacional e respondam às mudanças nas demandas do mercado.
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