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O câncer de pele é o mais comum no Brasil e já soma
mais de 177 mil novos casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer. A
principal causa? Exposição ao sol sem proteção adequada. Mesmo com décadas de
alertas sobre os riscos da radiação ultravioleta, muitas pessoas ainda
acreditam que o protetor solar só é necessário na praia, no verão ou em dias de
sol forte, e esse erro pode custar caro, além de deixar marcas irreversíveis na
pele, que vão do envelhecimento precoce ao desenvolvimento de tumores malignos
“O sol não precisa estar visível para causar danos.
Os raios ultravioletas atravessam nuvens, janelas e afetam a pele todos os
dias, o ano inteiro. No inverno, a radiação UVA, responsável por estimular o
envelhecimento precoce e aumentar o risco de câncer, continua agindo com a
mesma intensidade. O perigo não desaparece só porque o clima está mais frio ou
porque o céu está encoberto”, alerta Mayla Carbone, dermatologista e membro da
Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Segundo a especialista, o protetor solar deveria
ser tratado como um item de necessidade básica, e não como algo opcional. “A
pele tem memória e os danos provocados hoje podem resultar em problemas sérios
no futuro. O uso correto do protetor evita queimaduras, manchas, flacidez,
rugas e, o mais importante, reduz drasticamente o risco de tumores de pele”,
alerta.
Carbone explica que escolher o protetor ideal para
cada tipo de pele é tão importante quanto aplicá-lo todos os dias. “Fórmulas
erradas podem causar oleosidade excessiva, alergias ou comprometer a eficácia
do produto, deixando a pele exposta aos danos da radiação. O mercado oferece
quatro principais formatos: líquido, em pó, spray e bastão. Cada um tem suas
vantagens e desvantagens e deve ser escolhido de acordo com a rotina e as
necessidades individuais, sempre com a orientação de um dermatologista”,
afirma.
De acordo com a especialista, os protetores
líquidos, em loção ou creme, oferecem cobertura uniforme e são indicados para
todos os tipos de pele. O formato em pó ajuda a controlar a oleosidade e
funciona como um reforço na reaplicação ao longo do dia. A versão em spray é
prática para aplicação em áreas maiores do corpo, mas precisa ser espalhada
corretamente para garantir a proteção. O bastão é ideal para retoques em áreas
mais expostas, como nariz, orelhas e lábios.
“Não existe um único protetor ideal para todo
mundo. Quem tem pele oleosa deve optar por fórmulas oil-free e não
comedogênicas. Quem tem pele seca se beneficia de versões hidratantes. Para
peles sensíveis, protetores com óxido de zinco e fórmulas hipoalergênicas são
os mais indicados” destaca Mayla.
Ela ainda alerta que base com FPS não substitui o
protetor solar. “Muita gente acha que está protegida porque usa maquiagem com
fator de proteção, mas a quantidade aplicada é muito inferior à recomendação
necessária para garantir a proteção real. O protetor deve ser sempre a primeira
camada de cuidado, para depois usar a base” reforça a dermatologista.
Segundo a dermatologista, todos os anos, milhares
de brasileiros recebem o diagnóstico de câncer de pele e muitos deles poderiam
ter evitado esse cenário com um simples hábito diário. “O descuido de hoje pode
se tornar um problema grave amanhã. Protetor solar não é cosmético, é uma
barreira de defesa contra doenças sérias e irreversíveis” reforça.
Dermatologista Mayla Carbone - graduada em Medicina pela Universidade Lusíadas (UNILUS – Santos) há mais de 10 anos com residência em Clínica Médica na Santa Casa em São Paulo e em Dermatologia pela Universidade de Santo Amaro (UNISA-SP). É membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e também da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Já participou de diversos congressos e realizou diversos cursos nacionais e internacionais voltados para especialização.
Instagram: @dramaylacarbone
Site: https://grupomaylacarbone.com.br/
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