FEVEREIRO ROXO: Médica dá dicas para melhorar a qualidade de vida de quem sofre com Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus

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Atividade física, alimentação saudável e acompanhamento psicológico são aliados no tratamento de doenças crônicas

 

Conhecido como Fevereiro Roxo e Laranja, o mês é dedicado à conscientização sobre a prevenção de três doenças que impactam milhares de pessoas e, consequentemente, seus familiares: Alzheimer, Fibromialgia e Lupus. Apesar de distintas, todas elas são crônicas e precisam de um diagnóstico precoce para que o tratamento seja efetivo, considerando que prejudicam a qualidade de vida e exigem cuidados integrais e apoio familiar.

“Não podemos generalizar a dor. É essencial entender a raiz do problema e oferecer um tratamento personalizado de acordo com a condição clínica de cada pessoa, utilizando os recursos mais modernos que existem na medicina para minimizar sintomas e proporcionar qualidade de vida a quem convive com doenças crônicas”, afirma a Dra. Ionata Smikadi, especialista em dor e cuidados paliativos pela PUC Minas. Ela preparou dicas para ajudar a identificar os primeiros sinais e realizar o tratamento adequado o quanto antes para melhorar a qualidade de vida de pacientes que convivem com essas condições.

A fibromialgia afeta principalmente as articulações e causa dores por todo o corpo, em especial nos músculos e tendões. Essa doença crônica afeta cerca de 3% da população brasileira, sendo que a cada 10 pacientes, 9 são mulheres, segundo levantamento da SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia). O que muita gente não sabe é que, além do uso de analgésicos e anti-inflamatórios, ela pode ser combatida, também, por meio de fisioterapia, atividade física regular, hábitos alimentares saudáveis e acompanhamento médico e psicológico.

Distúrbio crônico que faz com que o organismo produza anticorpos em excesso que atacam o próprio organismo. Essa é a característica do Lupus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus), doença autoimune que afeta a pele, articulações, rins e pulmões, além de gerar problemas renais e neurológicos. Ele também atinge, em sua maioria, mulheres - 1 a cada 1700 mulheres sofre com a doença no Brasil, segundo a SBR. No entanto, é importante um conjunto de fatores para aliviar os sintomas: usar protetor solar diariamente por toda a pele, em especial nas lesões, evitar fumar e consumir bebidas alcoólicas, manter uma alimentação saudável e praticar atividade física com frequência, além de utilizar analgésicos ou anti-inflamatórios e corticoides para aliviar crises.

Já o Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que compromete a memória e outras funções cognitivas, levando à perda de memória. É a causa mais comum de demência no mundo e acomete cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Por isso, é essencial que familiares ou pessoas próximas ao convívio se atentem aos primeiros sintomas, o que pode ajudar a buscar ajuda médica no estágio inicial para retardar a progressão e minimizar os distúrbios da doença. Além do tratamento medicamentoso, é necessário realizar atividades comportamentais que estimulem o cérebro do paciente (leitura, caça-palavras, contação de histórias), contribuir com tarefas básicas do dia a dia, como pôr a mesa do jantar ou cuidar das plantas, para que a pessoa se sinta útil, e também incentivá-la a fazer atividades de socialização, como caminhadas, passeios e o convívio com pets, familiares e amigos.