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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Pesquisa sobre Doença de Huntington é lançada no país

Iniciativa visa coletar dados para apoiar políticas públicas focadas em melhorar a qualidade de vida aos pacientes, seus cuidadores e familiares



A Doença de Huntington (DH) é uma condição genética neurodegenerativa rara ao redor do mundo, mas com alta prevalência em algumas partes do Brasil com cidades em que a incidência chega a ser 80 vezes maior que a média internacional: globalmente, a DH afeta 3 pessoas a cada 100 mil; em Salão, distrito do município de Senador Sá, no Ceará, há cerca de 23 casos para cada 10 mil pessoas.

Apesar dos números alarmantes, a real prevalência da doença em território brasileiro ainda é desconhecida, assim como o perfil demográfico, histórico de saúde e uso de serviços de saúde das pessoas com essa condição. Para mudar este cenário e apoiar o desenvolvimento de políticas públicas adequadas, a Associação Brasil Huntington (ABH) está liderando, com o apoio da Teva Brasil, uma pesquisa de abrangência nacional com o objetivo de mapear pacientes de DH, cuidadores e familiares, assim como melhor entender os desafios enfrentados.

O questionário online pode ser respondido por pacientes, cuidadores e familiares até 28 de fevereiro de 2025 pelo link:
ABH | Instagram, Facebook | Linktree. Os dados serão coletados de forma anônima e a pesquisa leva cerca de 30 minutos. Em caso de dúvidas, é possível conversar com a equipe da ABH pelo e-mail abh.atendimento@abh.org.br, pelo WhatsApp (75) 99704-0464 ou pelos perfis da entidade nas redes sociais.



Entenda a DH

A doença se manifesta geralmente entre os 35 e 45 anos¹, afetando a memória, raciocínio, planejamento e causando movimentos involuntários e problemas psiquiátricos, como irritação e depressão². Veja algumas das características mais comuns da condição:

  1. Causa da doença: A DH é causada por uma mutação no gene HTT (huntingtina), levando à morte progressiva de neurônios em várias áreas do cérebro.
     
  2. Sintomas característicos: Os sinais mais notáveis incluem a "coreia", que se refere a movimentos involuntários e é originada da palavra grega que significa “dança”.
     
  3. Progressão desafiadora: A doença avança de forma implacável, dificultando a mobilidade e causando complicações que podem levar à morte. Pacientes podem enfrentar desafios como dificuldade na deglutição, problemas de fala e alterações de humor.
     
  4. Tratamento multidisciplinar: Não há cura, mas um tratamento que envolve uma equipe multidisciplinar (neurologistas, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas) pode ajudar a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
     
  5. O papel dos cuidadores: À medida que a doença avança, os cuidadores tornam-se essenciais, muitas vezes abandonando seus empregos para cuidar dos pacientes. Isso gera um grande impacto social e financeiro nas famílias.
     
  6. Desafios para a próxima geração: Filhos de pacientes enfrentam a angústia de ver seus pais adoecerem e a incerteza sobre a própria saúde, uma vez que o teste preditivo para o gene da doença é uma decisão complexa e pessoal.
     
  7. Dia Nacional da Doença de Huntington: Desde 2023, 27 de setembro é reconhecido como o Dia Nacional da Doença de Huntington, uma data importante para aumentar a conscientização sobre essa condição que afeta muitas famílias.
     
  8. A campanha “Huntington: Conhecer para Cuidar”, promovida pela ABH e Teva Brasil, busca expandir o conhecimento sobre a Doença de Huntington e seus impactos no cotidiano dos pacientes e cuidadores.
     

 

Teva Brasil
www.tevabrasil.com.br

ABH – Associação Brasil Huntington

Referências
1. Bates GP, et al. Nat Rev Dis Primers 2015;1:15005
2. Govert F and Schneider SA. Curr Opin Neurol 2013;26:420–7.
3. Bates GO, et al. Nat Rev Dis Primers 2015;1:15005.


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