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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Tendências 2025: empresas passarão por “segunda onda” de modernização integrando IA a outras tecnologias

  
Expansão de modelo que combina sistemas legados e nuvem também será sob medida  

 

Um grande número de empresas ainda conta com sistemas legados ou em ambientes híbridos que combinam plataformas tradicionais e soluções em nuvem. Estima-se que cerca 800 bilhões de linhas de código em Cobol operam no mundo, consumindo até 80% do orçamento de tecnologia dos negócios que dependem desses sistemas. Como esses ambientes têm limitações, estão impulsionando a urgência da modernização das áreas de TI.
 
“Mas, essa atualização deve ser diferente em 2025, com o fortalecimento da chamada segunda onda de modernização”, diz Gerhardt Scriven, diretor da Capco, consultoria especializada em gestão e tecnológica para o setor financeiro.  
Essa segunda onda é deverá ser marcada pela expansão dos modelos híbridos associada à integração entre as tecnologias. Por isso, soluções como a inteligência artificial (IA) generativa continuarão a ter um papel importante nos processos de modernização, mas serão complementadas por outras, como análises contextuais.
 
“Além disso, a segunda onda de modernização trará uma visão holística do processo que levará em conta os aspectos técnicos e estratégicos das empresas. Assim, a padronização perderá espaço para as soluções feitas sob medida. E tudo sob a supervisão humana, que continuará tendo um papel fundamental”, completa Scriven. 
Nesse cenário, a Capco, consultoria focada em tecnologia para o setor financeiro e de energia, identificou cinco tendências principais em 2025 para a modernização das áreas de TI corporativa:


1. TI modernizada como motor estratégico de competitividade 
Em 2025, as empresas amplificarão o uso de tecnologias avançadas capazes de extrair, interpretar e adaptar dados automaticamente, ajustando-os às necessidades de diferentes áreas e funções nas organizações. Essas inovações terão um impacto significativo em como compreendem e administram seus sistemas, em especial em ambientes que combinam soluções legadas e em nuvem. Ferramentas baseadas em IA serão fundamentais para contextualizar dados para cenários específicos e permitir decisões mais rápidas. Além disso, a implementação de arquiteturas robustas e flexíveis, capazes de integrar sistemas legados e novas plataformas em nuvem, será crucial para garantir que o processo de modernização seja escalável e sustentável. Assim, a modernização, aliada a uma gestão de conhecimento eficiente, permitirá que as empresas transformem seus ecossistemas de TI em motores estratégicos de competitividade, minimizando riscos e maximizando os resultados.


 
2. Aceleração e automação na modernização de TI 
No ambiente competitivo e dinâmico de 2025, em que o sucesso das empresas dependerá da capacidade de adotar soluções integradas e estratégicas para modernizar seus sistemas, um dos maiores desafios será o da escolha da arquitetura. Para essas decisões, se basearão não só em análise humana, também no suporte de soluções tecnológicas avançadas que identifiquem automaticamente as melhores opções. Essas ferramentas atenderão às demandas atuais e anteciparão as necessidades futuras. Ao permitir a integração fluida entre sistemas legados e moderno e configurações otimizadas com base em dados históricos e análises preditivas, a automação contribuirá para uma forte redução de custos, o fortalecimento da resiliência operacional e melhoria na capacidade de adaptação a cenários imprevisíveis. O elemento humano continuará a desempenhar um papel estratégico. Especialistas em TI serão indispensáveis para supervisionar e validar as decisões geradas por sistemas automatizados.


 
3. Soluções híbridas e holísticas: mais que IA generativa 
Em 2024, acompanhamos diversas empresas usarem soluções apenas baseadas em IA e modelos Large Language Model (LLM) para se modernizarem. Mas, isso expôs fragilidades nos resultados, como falta de flexibilidade para lidar com necessidades específicas e dificuldades em antecipar cenários complexos. Em 2025, as empresas deverão optar pela convergência estratégica de tecnologias e metodologias, criando um ecossistema tecnológico diversificado e robusto. Isso começará com a integração de ferramentas que simulam processos de raciocínio humano e compreendem nuances contextuais em dados complexos. Essas análises serão fundamentais para identificar padrões e insights ocultos que soluções de IA muitas vezes ignoram. Além disso, a criação de modelos de dados altamente customizados às realidades de cada organização permitirá que os sistemas deem respostas mais precisas e alinhadas ao negócio. Outro componente essencial será a implementação de soluções inovadoras baseadas em arquiteturas híbridas. Prevemos que as soluções vencedoras na modernização dos sistemas serão as que combinarem o melhor da tecnologia com a inteligência e o julgamento humano.


 
4. Personalização substituirá a padronização  
O ano de 2025 será decisivo na consolidação de soluções tecnológicas que valorizem a personalização e respeitem as culturas, estruturas e especificidades de cada organização. Em 2024, observamos que muitas empresas enfrentaram enormes problemas ao adotar soluções que não consideravam plenamente suas necessidades específicas. As novas abordagens priorizarão a customização em larga escala e isso se tornará norma. Essa transformação será liderada por modelos de IA modularizados, permitindo que a modernização seja mais eficiente, minimize ajustes manuais e reduza a margem de erro. Além disso, a expansão acelerada de infraestruturas baseadas em microsserviços será crucial, gerando flexibilidade na integração de sistemas legados e agilidade.


 
5. TI de duas velocidades ganha força 
A adoção de modelos híbridos de tecnologia – sistemas legado e nuvem - deve ganhar ainda mais força, destacando-se como uma importante estratégia para empresas que buscam modernizar seus sistemas com segurança e eficiência. É uma resposta direta à necessidade de minimizar riscos associados a mudanças abruptas, como interrupções operacionais, incompatibilidades entre sistemas e custos imprevistos. O modelo híbrido permite uma transição gradual e controlada e potencializa os ganhos ao permitir aproveitar os benefícios iniciais da modernização, como maior eficiência e integração de dados, e ao mesmo tempo manter as operações críticas em plataformas já estabilizadas. Baseado no conceito de "two-speed IT" (TI de duas velocidades), esse modelo permite ajustes contínuos e continuidade operacional durante a transformação.


 
Capco

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