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sábado, 26 de outubro de 2024

Infância e adolescência precisam de menos celular e mais movimento

 

Segundo os psicólogos Karla Cerávolo e Danilo Suassuna, exposição exagerada às telas pode causar uma série de problemas, que vão de estresse à falta de empatia

 

A infância é uma fase sensível que merece toda a atenção possível dos pais, cuidadores e responsáveis pela criança. Nessa fase, é importante considerar a maior neuroplasticidade, ou plasticidade cerebral, que é a capacidade e extensão em que o cérebro pode ser remodelado e desenvolver novas competências. Ou seja, é um tempo de aprender e de criar, por isso é importante que as crianças brinquem mais e passem menos tempo na tela do celular.

De acordo com Karla Cerávolo, psicóloga obstétrica, diretora da Organização De Umbiguinho a Umbigão, coordenadora do curso de pós graduação em psicologia perinatal e obstétrica do Instituto Suassuna e idealizadora do Projeto Brincar como antigamente, brincar longe do celular é importante para as crianças por uma série de razões. “Uma delas é porque é necessário que as crianças corram, pulam e brinquem ao ar livre. O movimento ajuda a construir um estilo de vida mais saudável”, afirma.

Além disso, a especialista explica que o tempo prolongado de tela pode ser estressante para os pequenos. “O estresse pode ser físico e mental, já que as brincadeiras liberam endorfina e melhoram o humor, as telas não. Inclusive, ficar muito tempo no celular pode interferir até mesmo no padrão de sono das crianças”, explica Karla. 

Para a psicóloga, brincar com outras crianças permite o desenvolvimento de habilidades sociais importantes, ensinando a cooperar e resolver conflitos. “Além disso, brincadeiras permitem que as crianças expandam a criatividade, o que as ajudará a resolver problemas de forma inovadora ao longo da vida”, diz ela. 


Na adolescência, mídias sociais afetam o cérebro

Quando se trata de adolescentes, é preciso considerar que a exposição constante às mídias sociais pode levar a uma comparação pouco saudável com as vidas de outras pessoas. Segundo Danilo Suassuna, doutor em psicologia e diretor do Instituto Suassuna, que oferece pós-graduação e forma psicólogos atuantes,  ficar tempo demais nas telas e redes pode levar a sentimentos de inadequação, inveja e baixa autoestima. “Isso pode ter um impacto negativo na saúde mental e no bem-estar geral”, avalia. 

O doutor em Psicologia explica que as mídias sociais podem contribuir para a formação de bolhas de informação, onde os adolescentes só são expostos a pontos de vista e opiniões que concordam com os seus próprios. “Isso pode levar a uma polarização política e a uma diminuição da empatia e compaixão pelos outros. Além disso, a exposição constante pode afetar a capacidade dos adolescentes de se concentrar e focar em tarefas importantes, como estudar para provas ou trabalhos escolares. Isso pode levar a uma diminuição do desempenho acadêmico e a um aumento do estresse e ansiedade”, finaliza. 

 


SKarla Cerávolo - Psicóloga Obstétrica e diretora da Organização De Umbiguinho a Umbigão. É Coordenadora do curso de Pós Graduação em Psicologia Perinatal e Obstétrica do Instituto Suassuna. Autora do livro “O começo da Vida - o papel do psicólogo perinatal no parto”, organizadora do Livro Todo Parto Importa - Assistência Psicológica no Parto, colaboradora na sanção LEI UMBIGUINHO - que dispõe de Assistência Psicológica no Parto e Puerpério - em Goiânia e também idealizadora do Movimento Nacional Todo Parto Importa. Acesse instagram.com/karla.ceravolo.

Danilo Suassuna - Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008), possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Autor do livro “Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico”. Professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e do Curso Lato-Sensu de Especialização em Gestalt-terapia do ITGT-GO. Coordenador do NEPEG Núcleo de estudos e pesquisa em gerontologia do ITGT. É membro do Conselho Editorial da Revista da Abordagem Gestáltica. Consultor Ad-hoc da revista Psicologia na Revista PUC-Minas (2011). Para mais informações acesse o instagram: @danilosuassuna.

Instituto Suassuna
Para mais informações, acesse o site ou através do instagram e canal no youtube.


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