Apesar do aumento
no número de mulheres nas empresas, a chefia dos cargos ainda está na mão dos
homens.
Apesar do aumento da presença feminina nas empresas
— que passou de 45% para 48% nos últimos três anos — a ascensão às posições de
liderança continua a ser um desafio. Uma pesquisa realizada pelo Estadão mostra
que a presença de mulheres cargos de alta patente em grandes empresas do Brasil
cresceu 1,3% nas diretorias e 3,5% nos conselhos de administração, nos últimos
12 meses, até junho deste ano.
Os números, apontados pelo levantamento feito pelo Estadão
pelo terceiro ano consecutivo, são bastante inferiores se comparados aos 14,5%
de aumento nas diretorias e 22,0% nos conselhos, entre maio de 2022 e maio de
2023
Dados da Vigésima edição da Women in Business
apontam que o Brasil retrocedeu 2% na porcentagem de mulheres em cargos de
liderança e ocupa o 11º lugar no ranking global.
Para Fabiola Molina, especialista em
desenvolvimento humano e organizacional, esses números evidenciam um retrocesso
nas conquistas de igualdade de gênero no ambiente de trabalho. “A diversidade
nas lideranças não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma
estratégia vital para a inovação e o crescimento das empresas”, afirma Fabiola.
Uma responsabilidade fundamental das empresas é
implementar mecanismos que combatam preconceitos e promovam a ascensão das
mulheres a cargos de liderança. Utilizar ferramentas como o treinamento em viés
inconsciente pode ajudar a identificar e eliminar barreiras ocultas que impedem
o progresso feminino, garantindo que as representantes do universo feminino
tenham igualdade de oportunidades para alcançar posições de destaque. Mas o
principal é trabalhar uma cultura organizacional em que existe o apoio as
mulheres em cargos de liderança.
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