Sinais são semelhantes ao da dengue. Diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento
O Ministério da Saúde confirmou as primeiras mortes por febre Oropouche no
Brasil, além de mais de 8 mil casos confirmados em 21 estados. Em todas as
situações, as vítimas apresentaram sintomas graves, semelhantes aos da dengue.
A doença é endêmica em algumas regiões da América do Sul e Central e agora
acende alerta vermelho para a prevenção. Mas você sabe quais são os sintomas da
febre Oropouche e como evitá-la?
“O quadro clínico parece muito com a dengue e é caracterizado por febre,
geralmente de início súbito, dor de cabeça, calafrios. Assim como na dengue,
podem surgir manchas vermelhas na pele, além de meningite e hemorragias nos
casos mais graves.”, afirma o infectologista do Sabin Diagnóstico e Saúde,
Marcelo Cordeiro. Causada pelo Oropouche vírus (OROV), a doença é transmitida
principalmente pela picada de mosquitos do gênero Culicoides, conhecidos como
maruins ou borrachudos. Confira, a seguir, os sinais, sintomas e formas de
prevenção.
Sinais e sintomas
A
febre por oropouche geralmente é autolimitada, com sintomas que duram de 3 a 7
dias. O quadro clínico parece muito com a dengue e é caracterizado por febre,
geralmente de início súbito, dor de cabeça, calafrios, dores musculares e nas
articulações. Outros sintomas podem ocorrer, como dor retro-ocular, fotofobia,
tontura, diarreia, náuseas e vômitos. Assim como na dengue, podem surgir
manchas vermelhas na pele, além de meningite e hemorragias nos casos mais
graves.
Prevenção
Ainda de acordo com o especialista, a prevenção contra a febre Oropouche
envolve principalmente medidas para evitar a picada de mosquitos:
- Uso de repelentes de insetos: Aplicar nas áreas expostas da pele.
- Roupas protetoras: Vestir roupas de manga longa e calças compridas.
- Telas de proteção: Instalar em portas e janelas para impedir a
entrada de mosquitos.
- Eliminação de criadouros: Evitar água parada em recipientes que
podem servir de habitat para os mosquitos.
Investigação e diagnóstico
Além das mortes confirmadas na Bahia e em São Paulo, o Ministério da Saúde investiga outros casos suspeitos em diferentes estados. Para auxiliar no diagnóstico, pesquisadores do Sabin Diagnóstico e Saúde desenvolveram um novo teste capaz de identificar, em uma única amostra, a presença no corpo humano dos vírus da oropouche, além da dengue, zika e das febres amarela, chikungunya, do Mayaro.
O
exame, inédito no país, é realizado a partir de uma única amostra de sangue e
permite a identificação precisa. O diagnóstico diferencia das seis arboviroses,
que têm desafiado os sistemas de saúde em diversas regiões do país e do mundo.
A técnica utilizada pelo Sabin para o Painel Molecular é o PCR em tempo real
qualitativo, com alta precisão e rapidez. Os resultados ficam disponíveis em
até quatro dias úteis.
Ineditismo no diagnóstico e identificação precoce
Diagnóstico preciso e diferenciação: o teste é capaz de identificar o vírus da dengue, independentemente do sorotipo, além dos vírus zika, chikungunya, do Mayaro, oropouche e da febre amarela, auxiliando os médicos no diagnóstico preciso e tratamento direcionado para cada caso.
Identificação
precoce: o material genético viral pode ser detectado desde os estágios
iniciais dos sintomas, muitas vezes a partir do primeiro dia de febre, e até
aproximadamente cinco a sete dias após o início dos sintomas.
Sala Nacional de Arboviroses
Para acompanhar os casos no Brasil, o Ministério da Saúde está coordenando uma Sala Nacional de Arboviroses em operação contínua. Essa sala monitora não apenas a situação do oropouche, mas também os casos de dengue, chikungunya e Zika. Recentemente, o ministério divulgou uma nota técnica com recomendações sobre medidas de prevenção e orientações para que estados e municípios intensifiquem a vigilância da transmissão do vírus.
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