Seguir as orientações corretas melhora a qualidade de vida da mãe e do bebê
Neste mês, a campanha Agosto Dourado conscientiza sobre a importância da amamentação para o desenvolvimento infantil e marca a luta pelo incentivo ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, mais da metade das crianças brasileiras (53%) continua sendo amamentada no primeiro ano de vida.
O órgão público recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais e que, nos primeiros seis meses, o bebê seja alimentado exclusivamente pelo leite materno. Porém, os índices apontam um número que não corresponde às expectativas, com o aleitamento de 45,7% dos bebês menores de seis meses e 60% para os menores de quatro meses. Esses indicativos podem estar associados à falta de informação e dificuldades que a mãe enfrenta durante a amamentação.
A
enfermeira da Hapvida NotreDame Intermédica, Gabriela Vasconcelos, especialista
em neonatologia e pediatria, dá cinco dicas fundamentais que podem ajudar as
mães e seus bebês nesse processo:
Dica 1 – Rede de apoio
“É
importante que a mãe se cerque de pessoas que vão ajudar, incentivar e
encorajar durante todo o processo de amamentação, principalmente nos primeiros
15 dias de vida do bebê e até o primeiro mês de vida. Ter esse apoio e suporte
é fundamental. Pode ser a vizinha, uma amiga, a avó, a madrinha, o pai do bebê;
o que importa é que essa mãe esteja cercada de pessoas que irão auxilia-la”,
informa Gabriela.
Dica 2 – Escolher um local na casa para a amamentação
“Esse
local precisa ser aconchegante e confortável para que a mãe possa vivenciar o
momento da amamentação que é algo único e especial, e que fortalece o vínculo
entre mãe e bebê. Um item essencial e que torna o momento mais tranquilo é a
almofada de amamentação, que vai ajudar a distribuir o peso do bebê,
principalmente nos primeiros dias. Na ausência dessa almofada, um travesseiro
também pode ser utilizado”, orienta a enfermeira.
Dica 3 – Facilitando a pega do bebê
“Nos primeiros dias do bebê existe o colostro, chamado de primeira vacina rica em anticorpos. Em torno do terceiro e quarto dia, dependendo de cada mulher, essa mama começa a ficar mais cheia e ocorre a descida do leite, que chamamos de apojadura. Porém, quando essa mama se encontra muito cheia o bebê sente dificuldades em pegar o seio para mamar”, explica Vasconcelos.
“A
dica é realizar uma massagem utilizando as pontas dos dedos indicador e médio
em toda a mama, principalmente na região da auréola, sem dedilhar, e utilizando
a outra mão como apoio para segurar o seio enquanto a massagem está sendo
realizada. Posteriormente é necessário utilizar as palmas das duas mãos durante
a massagem, para que a mama fique mais flexível e macia para que o bebê faça a
pega adequada do seio. Após a massagem é necessário fazer uma pequena extração
do leite utilizando o polegar e o indicador de forma a não provocar fissuras na
região”, acrescenta.
Dica 4 – Posicionamento do bebê
“O
bebê deve ser levado até o seio da mãe, onde ela estará adotando uma postura
adequada, ereta e confortável. Com uma das mãos, a mãe vai segurar a cabeça do
bebê na altura da orelha, e vai levar o bebê de baixo para cima, posicionando-o
exatamente na altura do mamilo. Depois vai liberar a mão que estava apoiando a
cabeça da criança e vai segurá-la adequadamente”, descreve Gabriela.
Dica 5 – Observar os sinais de pega correta desse bebê
“Observar
se o queixo está encostando na mama, nariz livre, com as bochechas do bebê
redondinhas e cheias, e se ele suga, engole e respira, sem dor e sem estalos. Tudo
isso são sinais de que ele está sugando adequadamente e que a amamentação está
sendo feita de forma segura”, pontua. “Busque informações e fontes seguras
sobre o aleitamento materno, e em caso de dúvidas ou dificuldades, procure um
especialista”, finaliza a especialista.
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