Bastante citada no mercado de ciência de dados, a frase do matemático Clive Humby, “Data is the new oil” ou “Dados são o novo petróleo”, é autoexplicativa. Cientes disso, as empresas estão cada vez mais conscientes da importância de proteger seus dados sensíveis, e a segurança da informação deixou de ser uma preocupação exclusivamente técnica e passou a ser compreendida como uma peça fundamental e intrínseca à estratégia de negócios de qualquer instituição. Desta forma, investir em medidas robustas de segurança não é apenas uma questão de proteger os interesses da empresa, mas também de manter a reputação da marca.
Investir é o único caminho, seja devido a
exigências regulatórias, por uma reação a incidentes ou, como deveria ser para
todas as empresas, por uma abordagem preventiva. Estamos falando de implementar
controles planejados e pensados para a realidade de cada área, desenhados não
apenas para oferecer a proteção necessária, mas também para garantir a
viabilidade do negócio. Isso envolve planos de ação e uma gestão de risco
constantes e bem estabelecidos.
Sendo assim, para garantir uma sólida postura de
segurança da informação, é necessário adotar uma abordagem abrangente, que
inclua tecnologia, processos e pessoas. As iniciativas não devem ser
pautadas somente pelo aspecto técnico, mas também pela humanização e integração
das diferentes áreas da empresa. Além de soluções de TI, é essencial realizar
treinamentos regulares sobre segurança de dados para todos os
colaboradores.
Algumas estratégias eficazes incluem o uso de
ferramentas lúdicas, como jogos, que despertam o interesse e promovem o
engajamento. Tais iniciativas incentivam o uso da tecnologia de forma
recreativa para reforçar a segurança, demonstrando que as soluções são
desenvolvidas considerando tanto as características específicas da empresa
quanto as necessidades individuais de seus colaboradores.
Nenhum esforço será suficiente sem o
comprometimento integral de todos os envolvidos em cada setor da empresa. A
engenharia social está aí para nos provar que não há tecnologia que sobreviva
sem a devida conscientização. É crucial engajar e assegurar que cada
colaborador se sinta valorizado e responsável pelo seu papel. Embora o desafio
pareça grande, é justamente essa união que nos fortalece em direção a um
objetivo comum.
Cássio Ricardo de Araújo - diretor nas áreas de Segurança da Informação e Governança de TecnoIogia da Informação do Grupo Marista
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