Estudo mostra que,
com menos esforço, elas atingem os mesmos resultados.Freepik
Estudo publicado no Journal of the American
College of Cardiology concluiu que, com menos esforço, mulheres que
praticam exercícios físicos regularmente têm menos riscos de morte precoce e de
desenvolverem doenças do que homens. No levantamento, é confirmado que a
população feminina alcança os mesmos benefícios para a saúde com cerca de
metade das atividades que o público masculino precisa realizar.
A pesquisa analisou os hábitos de exercícios
físicos e as informações sobre mortes e doenças de 412 mil adultos. O resultado
mostrou que os homens (43%) se exercitavam mais do que as mulheres (32%), mas
também morriam mais. Para explicar este dado, os pesquisadores pontuam que
muitas pessoas do sexo masculino só passam a se exercitar quando já foram
diagnosticadas com alguma doença.
Para as mulheres, por outro lado, melhorar a
relação com o próprio corpo já é um motivo que desperta o interesse em treinar,
de acordo com outra pesquisa, realizada pela Universidade Estadual de São
Paulo. Além disso, um visual recém-adquirido para a academia, como um conjunto fitness rosa ou um tênis novo,
também funciona como um aspecto motivacional.
Menos esforço, mesmos
benefícios
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda
entre 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana,
o que equivale, em média, a 45 minutos por dia. O estudo publicado no Journal of
the American College of Cardiology avaliou os benefícios da prática
regular de exercícios físicos para homens e mulheres.
O resultado revelou que os homens atingiram o
benefício máximo para a saúde cardíaca fazendo exercícios aeróbicos moderados
por cerca de 300 minutos por semana, como indicado pela OMS. As mulheres, por
sua vez, precisaram se movimentar a metade do tempo para perceber os mesmos
efeitos, em torno de 150 minutos semanalmente.
Da mesma maneira, quando analisados os exercícios
de musculação, os homens atingiram o rendimento máximo fazendo três vezes por
semana, enquanto as mulheres, apenas uma vez por semana.
Dessa forma, o estudo afirma que a população
feminina consegue alcançar os mesmos benefícios que a masculina com menos
esforço, a partir de um fator de estímulo, como uma garrafa de água em mãos ou
a escolha de um visual confortável para realizar as atividades.
Para os dias quentes, combinar um short fitness feminino com uma regata de
tecido leve pode assegurar o conforto necessário para boa parte dos treinos
aeróbicos e de musculação. A recomendação é optar por peças que garantam a
mobilidade e a transpiração.
Já para as mulheres que optam por correr ou pedalar
em longas distâncias, a combinação de uma calça legging e um top feminino é o mais recomendável para assegurar a sustentação
dos seios e o conforto na realização dos movimentos.
Diferenças na anatomia
explicam resultados do estudo
Os pesquisadores responsáveis pelo estudo publicado
no Journal
of the American College of Cardiology relatam que as diferenças nos
resultados entre os gêneros estão relacionadas às variações na anatomia e fisiologia.
Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do
Esporte (SBME), os homens, em sua maioria, têm mais massa muscular, quando
dividida pelo peso corporal total, enquanto as mulheres apresentam maior
percentual de gordura corporal, o que resulta em uma menor eficiência
termorregulatória nos exercícios realizados em ambientes quentes.
Porém, os sistemas de transporte, absorção de
oxigênio e os órgãos envolvidos na transformação de energia da população
masculina são, geralmente, maiores do que os das mulheres. Por isso, nas
atividades físicas, elas exigem menos nas capacidades respiratórias e de força,
atingindo os mesmos benefícios com menor esforço.
Benefícios das atividades
físicas para a saúde
Como divulgado no estudo, as mulheres, em média,
tendem a praticar menos exercícios físicos do que os homens. Porém, as
descobertas da pesquisa podem ser uma forma de inspiração, já que, com menos
esforço, a população feminina atinge os mesmos benefícios em comparação com a
masculina.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia
(SBC), os exercícios físicos regulares ajudam a reduzir o risco de doenças
cardíacas, que são uma das principais causas de morte entre as mulheres.
Outro benefício relevante é a prevenção da
osteoporose, que ocorre, sobretudo, após a menopausa. A Fundação Internacional
de Osteoporose (IOF) explica que as atividades de resistência e impacto, como
caminhada e levantamento de peso, aumentam a densidade óssea e ajudam na
prevenção da doença.
Já a Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
(SBGO) destaca a importância dos exercícios físicos na regulação hormonal e
saúde reprodutiva. As atividades podem ajudar a regular o ciclo menstrual,
aliviar a síndrome pré-menstrual e reduzir os sintomas da menopausa.
Além desses benefícios, o Ministério da Saúde
mostra que a atividade física ajuda a reduzir os sintomas de depressão e ansiedade,
melhora o humor, a qualidade do sono e aumenta a autoestima. Os exercícios
podem, também, aumentar os níveis de energia e diminuir a sensação de fadiga.
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