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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Doenças respiratórias típicas do inverno podem ser gatilhos para infartos

 A pneumonia, a bronquite e até a gripe propiciam alterações metabólicas que comprometem os vasos sanguíneos, causando sérios problemas cardiovasculares

 

As doenças respiratórias – garganta inflamada, tosse, febre e dor facial -, comuns nas épocas de baixas temperaturas, afetam quase metade da população brasileira. Agravadas pelo tempo frio e seco, elas podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como os infartos, principalmente em quem já passou dos 60 anos. 

A relação entre estas doenças respiratórias esquenta a discussão sobre o aumento do número de infartos no inverno. De acordo com o cardiologista do Hcor, Dr. Leopoldo Piegas, o fenômeno pode ser explicado pelo fato de o quadro respiratório favorecer a formação de coágulos sanguíneos, de inflamações, de alterações no fluxo do sangue e de toxinas que danificam os vasos. “Com isso, ocorrem determinadas alterações agudas na parede da artéria coronária, responsável por irrigar o músculo cardíaco, que provoca a obstrução da passagem de sangue, levando ao infarto”. 

Somado ao comprometimento causado pelas doenças respiratórias, em temperaturas mais baixas, ocorre um estreitamento do diâmetro das artérias, que pode prejudicar o fluxo adequado de oxigênio ao coração. “Com o desequilíbrio, começa a acontecer um processo de morte do músculo cardíaco (necrose), que também pode resultar no infarto agudo do miocárdio”, completa o médico. 

Segundo Dr. Piegas, é importante ter ciência de que uma doença respiratória e o frio podem, sim, ocasionar um infarto. “Como o número de casos de gripe, por exemplo, cresce exponencialmente nessa época do ano, as complicações cardiovasculares acompanham essa curva e podem ser fatais para milhares de pessoas. Para prevenir que isso aconteça, é fundamental que todas as pessoas estejam com a vacinação antigripal em dia. A imunização é capaz de reduzir o risco de sofrer um infarto em cerca de 30%”, alerta. 

Para aqueles que fazem parte de um grupo de risco mais suscetível, que possuem doença coronariana pré-existente, que já sofreram infarto e/ou que têm mais de 60 anos, os cuidados devem ser redobrados. “Além da vacinação e da proteção contra o frio, com o devido acompanhamento com o cardiologista, pode ser necessário um ajuste na medicação, a fim de estabilizar as doenças e prevenir graves complicações nessa época fria do ano”, explica o especialista.

 

Fique atento aos sinais mais comuns de um infarto:

  • Dor súbita no peito, que irradia para pescoço, costas, ombro e braço;
  • Falta de ar;
  • Suor frio;
  • Tontura e desmaio;
  • Náusea, falta de apetite e indigestão;
  • Fadiga repentina.

 

Hcor


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