No dia 13 deste mês de julho se comemora o Dia do Engenheiro de Saneamento ou Sanitário (profissional como algumas outras definições e atribuições). A data foi criada em homenagem ao dia da aprovação da lei nº 4.089, de 13 de julho de 1962, que garantiu a criação do Departamento Nacional de Obras de Saneamento
Trata-se de uma alusão para celebrar uma das
profissões de extrema importância no Brasil e no mundo, e que garante tanto a
proteção da saúde pública, quanto a preservação do meio ambiente por meio da exploração
do uso da água e descarte de efluentes.
Segundo o Conselho Federal de Engenharia e
Agronomia – Confea - atualmente há 1.642 engenheiros sanitários no Brasil
inscritos na autarquia, número que segundo o órgão pode ser maior, já que este
profissional pode ter diversos nominações ou atribuições.
Para que se tenha melhor clareza dessa profissão, é
o engenheiro sanitarista, como também é chamado, que realiza estudos, faz
pesquisas de campo, cria possibilidades e cuida da parte técnica e operacional
para que as pessoas possam usufruir da água encanada em casa, trabalho ou em
outros lugares, e que os seus descartes, rejeitos ou dejetos sejam
apropriadamente conduzidos a estações de tratamento de esgoto.
É missão desse profissional de saúde pública ainda o
cumprimento dos processos voltados para a infraestrutura do saneamento no
Brasil que vai desde o controle do abastecimento e tratamento de água;
construção e gerenciamento de sistemas de esgotos e drenagem urbana; ao manejo
de resíduos sólidos. Ele melhora a vida da população principalmente com o
controle de poluição ambiental, entre outras atribuições complementares.
O saneamento básico é um problema muito sério e que
sempre exige um olhar mais atento no País, cabendo aos engenheiros de
saneamento (outra forma que são conhecidos) ou sanitários, através das suas
responsabilidades profissionais, a aplicação de conhecimentos científicos e
técnicos, com foco na garantia às comunidades que recebam serviços de
saúde adequados, auxiliando especialmente na prevenção de doenças ou mesmo
epidemias, e na melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Atentos principalmente às regulamentações
ambientais, dentro das empresas privadas ou órgãos públicos, os engenheiros de
saneamento, ainda colaboram em projetos que promovem a responsabilidade social
corporativa.
Com tantas responsabilidades, nota-se que a
profissão enfrenta muitas dificuldades diárias, como a limitação de recursos, a
adequação de estudos e implantação de projetos em áreas complexas, e a
frequente atualização em relação às normas ambientais e técnicas.
Outra denominação sua é a de engenheiro ambiental e
seja com o nome que for identificado, este especialista, efetivamente, precisa
ter muita resiliência e se adaptar sempre às novas tecnologias (incluindo a
Inteligência Artificial) e à gestão de projetos inovadores e sustentáveis. Toda
a segurança urbana que está em suas mãos pode significar muito para o modus
vivendi da população e sua qualidade de vida.
Diante de tantas outras adversidades atuais, o
engenheiro sanitário precisa se esforçar profundamente para a solução de
grandes questões complexas do País, sendo algumas das mais custosas e
trabalhosas dos orçamentos públicos anuais. No momento, segundo dados divulgados
este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – há 49
milhões de brasileiros sem acesso adequado ao esgotamento sanitário e 4,8
milhões que vivem sem água encanada.
São indicadores colossais que comprometem
visivelmente o desenvolvimento e imagem do País, mas que também estimulam os
profissionais dessa especialidade a refletirem e se empenharem ainda mais com o
pensamento incessante: ‘mãos à obra’.
Em políticas públicas inúmeros analistas e
estudiosos costumam dizer que grandes obras de infraestrutura sanitária não
avançam no Brasil como deveriam, porque são subterrâneas e em boa parte das
vezes são invisíveis aos olhos da população ou do cidadão comum, e, portanto,
não teriam apelo político. No entanto, todo engenheiro sanitário deseja
imensamente que os brasileiros, de qualquer classe social ou condição
financeira, contassem para sua segurança, qualidade de vida e bem-estar com um
saneamento básico eficaz e fluido.
Francisco Carlos Oliver - engenheiro, e diretor técnico e comercial da Fluid Feeder, empresa fornecedora de equipamentos para tratamento de água e efluentes, com soluções de alta tecnologia para medição, transferência e dosagem de produtos químicos sólidos, líquidos e gasosos. www.fluidfeeder.com.br
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