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quinta-feira, 18 de julho de 2024

Apenas 30% das mulheres consideram a carreira esportiva profissional. Homens ultrapassam 50%, aponta Serasa

  • 42% dos brasileiros sonhavam em se tornar atleta profissional;
  • De modo geral, 1 em cada dez pessoas que almejam virar atletas conseguem uma chance, mas apenas 20% seguem na profissão;
  • Dentre as camadas sociais, as classes D e E são as que mais almejaram a carreira esportiva profissional (46%);
  • 69% entendem que ter acesso a crédito é essencial para os atletas conseguirem apoio financeiro para a prática do esporte.

 

Em um país que carrega medalhas, troféus e pódios, crianças e jovens com potencial esportivo são obrigados a interromper o sonho de seguir os passos de seus ídolos. A realidade das suas famílias muitas vezes faz com que a corrida desses talentos se encerre antes da linha de chegada, como mostra pesquisa inédita produzida pela Serasa. 

A pesquisa “Esportes para todos? O impacto do dinheiro na formação de atletas no Brasil”, realizada pela Serasa em parceria com o instituto de pesquisa Opinion Box, mostrou que dos mais de 2 mil entrevistados, 30% das mulheres já sonharam em seguir a jornada de uma atleta profissional, enquanto, para os homens, a porcentagem sobe para 56%. 

“Ao analisar o perfil de quem desejava seguir com o esporte, é possível enxergar as dificuldades enfrentadas relacionadas à desigualdade de gênero”, aponta Patrícia Camillo, gerente da Serasa. “Com menos incentivo às mulheres nesse segmento, o percentual acaba sendo menor. Felizmente, nos últimos anos, temos visto ainda mais exemplos entre atletas femininas que podem inspirar novas esportistas.” 

No contexto geral, 42% dos brasileiros tinham o sonho de ser um atleta profissional, porém, apenas 10% deles chegam a concretizá-lo. Mesmo assim, após enfrentar os obstáculos necessários para iniciar a sua carreira, só 20% conseguem de fato se manter nesta profissão. 

Dentre as camadas sociais, 46% das classes D e E almejaram a carreira esportiva profissional – maior percentual em relação às classes AB e C. “O esporte, muitas vezes, é associado a um sonho e a transformação da vida financeira entre pessoas em situação mais vulnerável financeiramente. Pode ser uma fonte de garantir novas oportunidades não só para quem pratica, mas para toda a sua família”, explica Patrícia.
 

Os principais obstáculos

Entre as barreiras enfrentadas, a falta de incentivos financeiros foi realidade para 74% dos brasileiros que praticaram esportes na infância. Além disso, o foco nos estudos aparece como o principal desafio para o deslanche na carreira para 42% dos entrevistados, seguido por questões financeiras, como ter que trabalhar (39%), falta de incentivos financeiros (32%) e falta de dinheiro (27%).


O peso no bolso do atleta e a superação

Os gastos com roupas, materiais esportivos, transporte/deslocamento e mensalidade são a realidade de 68% dos atletas. Para 4 em cada 5, os gastos consumiam até 10% da renda familiar mensal, que também deveriam suprir as demandas de outras contas essenciais do dia a dia.

 


Para 84% dos entrevistados, a superação de inúmeras dificuldades é um fator inerente à realidade dos atletas brasileiros para alcançar a carreira profissional. Como uma das alternativas para mudar o cenário, 69% entendem que ter acesso a crédito é essencial para os atletas conseguirem apoio financeiro para a prática do esporte.
 

Metodologia

A Serasa e o instituto de pesquisa Opinion Box coletaram respostas de consumidores em todo o Brasil, por meio de 2.016 entrevistas quantitativas online no painel do Opinion Box, em julho de 2024. Link para a pesquisa completa aqui.



Serasa
www.serasa.com.br
@serasa



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