Após fechar 2023 em queda, a indústria de máquinas
e equipamentos vem apresentando sinais de retomada. Segundo a Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o segmento
registrou, em março deste ano, um crescimento de 6,2% na sua receita líquida em
comparação a fevereiro. Além disso, as projeções apontam que o setor deve
crescer 5,5% na receita interna neste ano, 3,5% no total, e com as exportações
em 0,6%.
Entre as razões que justificam essa alta prevista
para indústria em 2024, sem dúvidas, está o uso da engenharia e a tecnologia.
Ou seja, vemos cada vez mais um movimento de adaptação de maquinários para a
utilização de softwares e outros recursos como, por exemplo, a Inteligência
Artificial, que auxiliam na maior eficiência, segurança e agilidade operacional.
Por sua vez, mesmo diante de um significativo
avanço do segmento, ainda assim, não podemos deixar de destacar os desafios que
são enfrentados pelo setor nos seguintes aspectos: inovação, considerando que
são baixos os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, a fim de alavancar
as operações com máxima eficácia; e manutenção preditiva, visto que para
maximizar o tempo de vida dos equipamentos, é fundamental mantê-las em dia para
evitar a incidência de problemas.
Além disso, não há como não apontar também como
algo desafiador o fato do nosso país engatinhar na aplicação do conceito da
Indústria 4.0. Isso é, mesmo essa tendência estando presente há mais de uma
década no mercado, ainda utilizamos muito pouco de tudo que ela oferece desde
novos recursos, até automatização de tarefas. Esse fato acende um alerta acerca
da disparidade que temos em relação à outras nações que já estão inseridas na
Indústria 5.0 e, inclusive, se preparando para a 6.0.
Em contrapartida, antes de olharmos para fora, não
podemos deixar de lado um obstáculo específico enfrentado pelo Brasil: a
expansão de mercado. O fato do nosso país possuir um tamanho continental acaba
dificultando a adoção de estratégias que impulsionem o crescimento do negócio,
fazendo com que as relações comerciais fiquem concentradas em determinadas
regiões e, dessa forma, inibindo o acesso a grandes polos industriais
espalhados em todo território brasileiro.
Quando olhamos para o setor de máquinas e
equipamentos, podemos afirmar que esta vertical tem um amplo potencial de
crescimento, tanto do ponto de vista nacional quanto internacional. No entanto,
para obter esse resultado, é fundamental sanar esses obstáculos a fim de obter
um fluxo operacional promissor que faça jus ao seu desempenho. E, quanto a
isso, a tecnologia é uma excelente auxiliadora.
Entretanto, quando falamos sobre a aplicação
tecnológica, é importante que seu entendimento não seja de forma ambígua. Ou
seja, temos no mercado compreensões errôneas que consideram o uso destes
recursos como a solução de todos os problemas por si só, e/ou que se trata de
um alto custo, sem um ROI assertivo.
Deste modo, é importante chamar atenção ao fato de
que a tecnologia já está presente no dia a dia da indústria, mas sua aplicação
pode ser ainda mais promissora por meio de ferramentas assertivas como um ERP
global. Ter um software de gestão é uma medida efetiva para auxiliar no
processo de automações, extração e análise de dados, identificação de gargalos
e, sobretudo, em tomadas de decisões assertivas. O retorno desse investimento é
garantido, considerando que a partir do momento em que a organização passa a
operar uma gestão eficiente, possui um aumento da receita.
Ademais, uma ferramenta de caráter global também
possui integrações com normas e regras a serem seguidas de outros países, o que
favorece no processo de internacionalização e expansão para outros mercados,
criando maiores oportunidades de crescimento.
Certamente, quando apontamos essa gama de
benefícios, é comum brilhar os olhos de qualquer organização. Todavia, cabe
enfatizar que, de nada adianta ter um sistema robusto, sem que a empresa saiba
usufruir das melhores práticas. Por isso, ter o apoio de uma consultoria
especializada é algo vital, pois o time irá ajudar nos pontos de dificuldades
do negócio e direcionar para estratégias com máxima precisão.
Podemos afirmar que a indústria de máquinas e
equipamentos é estratégica para o Brasil, tanto do ponto de vista econômico
quanto tecnológico, visto que pode ter diversas aplicações no seu dia a dia. Dessa
forma, é crucial que, desde pequenos, médios ou grandes, os negócios estejam
atentos em integrar, desde já, recursos que impulsionem o seu desenvolvimento.
Afinal, para sobreviver em um mercado cada vez mais dinâmico, é preciso, mais
do que ser criativo, ser estratégico.
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