Março é o Mês da
Mulher e a data ressalta a importância dos cuidados com a saúde
feminina. Segundo dados do Ministério da Saúde, a expectativa
de vida das mulheres é de 79 anos, enquanto a dos homens, 72. E, essa maior
longevidade feminina está relacionada ao autocuidado, exames preventivos e
qualidade de vida.
“A busca pelo neurologista não é algo rotineiro
entre as pacientes. Porém, é importante que se busque ajuda desde o início de
qualquer sintoma. O diagnóstico e tratamento adequados ajudam a manter a
qualidade de vida. É importante ressaltar que dores de cabeça, insônia, perdas
de memória, que interferem no dia a dia, devem ser investigadas e tratadas de
maneira adequada. Essa abordagem proativa pode ajudar a garantir a saúde física
e cerebral”, resume a Dra. Mirella Fazzito, neurologista da Clínica
Araújo e Fazzito.
As mulheres costumam ser mais atentas à mudanças em
seu corpo e a presença de sintomas, o que faz com que busquem ajuda médica mais
rapidamente. Além disso, estudos revelam uma maior adesão ao tratamento e
realização de exames solicitados. “Geralmente as pacientes seguem os
tratamentos administrados e mantêm um acompanhamento adequado, o que garante um
melhor resultado e, com certeza, colabora para uma melhor qualidade de vida ao
longo dos anos. O único problema é que muitas demoram para procurar um
neurologista, tendo recorrido inúmeras vezes ao pronto socorro, devido às
crises de cefaleia, por exemplo” comenta a Dra Mirella.
O neurologista cuida de inúmeras doenças
relacionadas ao nosso sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) e
sistema nervoso periférico (nervos do corpo). “Infelizmente não existem exames
de check up (os exames complementares neurológicos são direcionados a queixa do
paciente) e prevenção para algumas doenças neurológicas, porém o cuidado com a
saúde cerebral ajuda a manter qualidade de vida” relata a Dra.
Doenças neurológicas mais
comuns em mulheres
Existem algumas doenças neurológicas mais
prevalentes nas mulheres A mais comum delas é a enxaqueca, afetando quatro
vezes mais o sexo feminino, e segundo o Ministério da Saúde, de 5% a 25% das
mulheres sofrem desse mal.
A Esclerose Múltipla é outro exemplo,
atinge cerca de três mulheres para cada homem. “Apesar de ser uma doença rara,
pode ser incapacitante caso não seja diagnosticada e tratada de maneira
adequada.” Comenta a Dra.
Os problemas de sono atingem cerca de 40% mais
mulheres do que homens. Podem estar relacionados aos hormônios, genética,
fatores ambientais, múltiplas tarefas e transtornos de ansiedade. “Uma noite de
sono de qualidade é essencial para o bem estar físico e mental, portanto, é
muito importante que se busque auxílio do neurologista caso seu sono não esteja
sendo reparador”, acrescenta a Dra Mirella.
O Alzheimer é outro exemplo, já que atinge uma em
cada seis mulheres, de acordo com um estudo recente publicado na revista
americana Neurology. “Os casos são quase o dobro do que nos homens e, apesar de
ser uma doença sem cura, o tratamento precoce é importante no controle
evolutivo e para uma melhor qualidade de vida”, opina a médica.
Ansiedade, depressão, fibromialgia e trombose venosa cerebral também são mais observadas nas mulheres. “Independentemente da doença, o diagnóstico precoce e tratamento adequado são importantes para uma boa evolução e manutenção da qualidade de vida. As mulheres, sempre multifuncionais, necessitam que a saúde esteja em dia para que consigam continuar realizando suas atividades com maestria”, finaliza.
Clínica Araújo e Fazzito
Nenhum comentário:
Postar um comentário