O Banco Central pode sinalizar a desaceleração no ritmo de cortes da Selic nessa quarta-feira. As decisões da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) de março não devem ter grandes alterações, e um novo corte de 0,5 ponto percentual é esperado. Mas para Alexandre Augusto Gaino, professor de economia da ESPM, a dúvida do mercado está relacionada ao ritmo de cortes.
“Apesar de controlada, a inflação vem acumulando
aumentos nos dois primeiros meses do ano. Por isso, há uma dúvida de parte do
mercado sobre o ritmo de queda da taxa de juros passar a ser de 0,25 ponto
percentual, em virtude desse horizonte mais nebuloso relacionado à inflação”,
comenta.
O cenário externo também deve impactar a decisão. A
taxa de crescimento e o desemprego em baixa podem indicar a manutenção da taxa
de juros pelo Fed, o que pode limitar a capacidade de redução da Selic no
Brasil. Para o especialista, os cortes de 0,5 p.p devem se manter no primeiro
semestre e a partir da segunda metade do ano, cair para 0,25 p. p., fechando
2024 com um índice abaixo das duas casas, por volta de 9,5%.
O especialista está disponível para comentar o assunto.
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