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Da janela de casa a escritora J.C. Lydes -
ou Jéssica Chagas - testemunhou em choque um homem agredir a esposa enquanto
porteiro e entregador tentavam contê-lo. Sem saber o desfecho da história
verídica, mas com determinação de dar voz ao que presenciara, a autora imergiu
na criação de Letícia, uma personagem que encarna inúmeras mulheres
aprisionadas em relacionamentos tóxicos e abusivos. Esta narrativa é contada em
A
história de como eu morri.
O marido de Letícia é Carlos, um homem violento,
agressivo, que ao longo dos anos a fere tanto física quanto emocionalmente,
fatores suficientes para abalar a autoestima e confiança dela. Depois de mais
uma briga, seguida por um pedido de desculpas e promessas vazias, ela é
agredida por ele em público, na rua.
O que eu estou
fazendo aqui?! Eu preciso ir embora. Eu vou ter que contar tudo o que acabou de
acontecer. Vão me pedir para detalhar cada uma das brigas, cada uma das vezes em
que ele me machucou. E se me perguntarem de quem foi a culpa?! Meu corpo gela e
dou um passo para trás. O ar para de entrar e me sinto presa e sufocando. É
como se as mãos pesadas do Carlos tivessem voltado para o meu pescoço. Eu não
posso fazer isso. Não posso repetir tudo. Fecho os olhos. Não consigo reviver
esse pesadelo. (A história de como eu morri, p. 33
e 34)
Para moldar de forma mais realística as ações e
reações dos personagens à vista desses terríveis eventos, a escritora consultou
uma delegada da mulher do Piauí e uma capitã da PM. Ela também se aproximou do
grupo de apoio Fala Mulher, a fim de compreender a realidade da violência
doméstica, além de estudar a Lei Maria da Penha.
Baseada nessas pesquisas, J.C. Lydes
conduz Letícia para uma jornada de reconexão consigo mesma. Isto acontece de
forma gradual, quando a personagem recebe apoio da amiga Sarah, começa a fazer
terapia e encontra companhia em Alessandra, uma mulher que vivenciou algo
semelhante ao que ela passou. Entretanto, desapegar daquilo que
acreditava ser amor revela não ser uma tarefa fácil e, entre recaídas e
incertezas, a protagonista, assim como uma fênix, renasce das cinzas.
Nesse aspecto, a ficção se distancia do mundo real,
onde quase sempre esse renascimento não se concretiza e parte das mulheres se
tornam vítimas fatais, o que faz do Brasil o quinto país no mundo em mortes
violentas de pessoas do sexo feminino. Mesmo diante de estatísticas
desanimadoras, neste livro, a autora, com uma escrita delicada, traz uma
mensagem otimista ao retratar a coragem e a importância de quebrar ciclos.
Divulgação |
Ficha técnica:
Título: A história de
como eu morri
Autora: J.C. Lydes
ISBN: 978-65-00-87595-9
ASIN: B0CF9ZN93Q
Páginas: 259
Preço: R$ 46,20 (Impresso) | R$ 9,90 (digital)
Onde comprar: Loja Uiclap e Amazon
Sobre a autora: J.C Lydes ou Jéssica Chagas tem 30 e poucos anos, é baiana, de Salvador,
e mora em São Paulo. Formada em jornalismo e com MBA em mídias digitais,
trabalhou por dez anos com publicidade e marketing digital, até se descobrir
como escritora e mudar completamente de carreira. Tornou-se autora de ficção
por paixão aos livros e atualmente se dedica exclusivamente a isso. Seus
livros, publicados na Amazon, possuem mais de dois milhões de páginas lidas. De
forma independente, lançou A Herdeira – Entre sangue e mentiras, A Queda da
Rainha – Jogando com o coração e Nascida nas Sombras – O surgimento de uma lenda.
Instagram: @jclydesautora
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