Encontro acontece na sede do Museu das Culturas Indígenas,
na zona oeste da capital. Foto: Acervo MCI
No dia em que se
celebra os 470 anos de São Paulo, os mestres de saberes do MCI vão narrar
histórias sobre espaços da cidade que remetem aos povos originários, explicando
os nomes em Tupi-Guarani de bairros, ruas e parques da capital
No
aniversário da capital paulista (25/01), o Museu das Culturas Indígenas (MCI)
contará histórias e significados das nomenclaturas indígenas de bairros e ruas
da cidade de São Paulo. Marcado para às 10h, o encontro será comandado pelos
mestres dos saberes e indígenas Guarani Mbya, Natalício Karaí de Souza e
Cláudio Verá. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e
Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM
Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria
com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.
Um dos
cartões postais da cidade de São Paulo e um dos parques mais visitados na América
Latina, o Parque Ibirapuera, antes da colonização europeia, integrava uma
grande aldeia indígena. O nome vem do Tupi-Guarani antigo, ybyrapûera,
que significa “pau podre” ou “árvore apodrecida”.
Já o
Anhangabaú, no Centro da capital, carrega uma história curiosa em seu nome.
Pesquisas mostram que a região, que conta com o percurso do rio de mesmo nome
canalizado embaixo do Vale, foi batizada pelos povos originários por conta de
algum infortúnio causado pelos colonizadores nas imediações.
Próxima ao
MCI, a Rua Turiassu é um dos destaques da influência dos indígenas na formação
do bairro Água Branca. A palavra do Tupi-Guarani antigo tory-assu
significa “facho grande” ou “farol”, “tocha”, “fogueira”. Os povos
Xerente, Tucuna e Cotoxó, de diferentes países da América Latina, também foram
homenageados e suas etnias nomearam ruas da região.
A cidade de
São Paulo surgiu a partir de uma missão dos jesuítas portugueses em 1554, com a
formação do Colégio de São Paulo de Piratininga, atual Pateo do Collegio. A
fundação da capital foi um processo de ocupação e exploração de terras já
habitadas por povos indígenas como os Tamoio, Tupinambá, Guarani, Tupiniquim,
Carijó, Goiana, Guaianás, Puri, Tupi, Kaiapó, Kaingang, Opaié-Xavante,
Otí-Xavante e outros.
PARTICIPANTES
Natalício
Karaí de Souza é Guarani Mbya, nasceu no Paraná, na Aldeia Pinhal. Com 16 anos,
passou a morar na Aldeia Tenondé Porã, em Parelheiros, São Paulo, e há mais de
20 anos vive na Terra Indígena Jaraguá. É mestre dos saberes no MCI e artesão.
Em sua aldeia é considerado xeramoi, um ancião e líder religioso. Gosta de
falar sobre sua cultura, da espiritualidade e das tradições do seu povo,
transmitindo para os mais novos aquilo que aprendeu com os mais velhos.
Cláudio Verá
é Guarani Mbya. Trabalhou por 10 anos como professor na rede pública,
lecionando Língua Materna e Cultura Étnica nas Terras Indígenas Tenondé e
Krukutu. Toca violão-guarani e ravé e joga futebol. Já viveu em diversos
territórios indígenas pelo Brasil e passou por outros tantos pelo mundo. Traz
conhecimentos sobre cosmovisão Guarani, comidas, crenças, pássaros e flora.
Atualmente, é mestre dos saberes do MCI.
SERVIÇO
Aniversário de São Paulo | topônimos de origens
indígenas presentes na cidade
Data e horário: 25/01 (quinta-feira),
às 10h
Sobre o MCI
Localizado
na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da
Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo,
gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o
Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.
Museu das Culturas Indígenas
Endereço:
Rua Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca - São Paulo/SP
Telefone:
(11) 3873-1541
E-mail: contato@museudasculturasindigenas.org.br
Site:
www.museudasculturasindigenas.org.br
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