Psicopedagoga, educadora e doutoranda em neurociência, Sueli Conte, analisa cenários e orienta como pais e responsáveis podem proceder diante de alguns sinais
Ao mesmo tempo em
que a adolescência é um dos períodos mais incríveis e cheios de descobertas na
vida de qualquer pessoa, também acaba sendo uma das fases mais difíceis – tanto
para os jovens, quanto para seus pais e responsáveis - justamente pelo volume
de mudanças e transições vivenciadas ao mesmo tempo.
Os hormônios são
responsáveis por grandes mudanças. O corpo, o comportamento, o humor, os
sentimentos, tudo é afetado por essa transição pela qual o organismo passa.
Além disso, os adolescentes deixam de ser considerados crianças em algumas
situações, porém não são maduros o suficiente para tantas outras, o que
normalmente cria uma certa confusão quanto a quem o adolescente é e que lugar
ele ocupa na família e na sociedade. Nessa fase, é comum que eles queiram
passar muito tempo sozinhos. Alguns desejam se esconder mesmo. Ao mesmo tempo,
anseiam por serem notados e reconhecidos. Trata-se de uma confusão importante
entre sensações e ações. Os sentimentos ficam desencontrados, os adolescentes
se sentem pressionados por si mesmos, por seus pais, pelos amigos, irmãos,
professores e por tantas outras pessoas, mesmo que nenhuma palavra do gênero
seja direcionada a eles.
Também é normal
que tudo gere um certo medo e ansiedade, que exista um grande receio quanto ao
futuro, ao mesmo tempo em que fervilham questões importantes ligadas à
estética. A aceitação por um determinado grupo de amigos e os relacionamentos
ganham uma importância absurda e então a autoestima oscila. Ora está em alta e
eles se sentem incríveis, capazes de tudo. Em seguida, são os piores em tudo e
já não são bons o suficiente para nada.
De acordo
com Sueli Conte - que é doutoranda em Neurociências,
Psicóloga, Pedagoga, além de mestre em Educação e fundadora do Espaço
Saúde Integrativa by Sueli Conte, localizado na zona sul de São
Paulo, destinado a cuidar da saúde emocional e psíquica de crianças,
adolescentes e das famílias – é importante entender que autoestima é a junção
de vários julgamentos que um indivíduo faz de si mesmo, associados a diversas
emoções e sentimentos. Além disso, de acordo com a profissional, a autoestima
pode transitar entre o que idealizamos para nós e o que acreditamos que
deveríamos ser, ou seja, na comparação com os outros, sejam essas pessoas
próximas ou não. “É natural, diante de todas as mudanças vividas durante
a adolescência, que esses jovens se sintam inseguros em relação a aparência, ao
comportamento e outros pontos. Esses pontos devem ser motivo de preocupação
quando limitam as experiências dos adolescentes e os bloqueiem de vivenciar
situações típicas da idade, por se sentirem excluídos ou não aceitos pelo seu
grupo”, avalia.
Segundo a
especialista, adolescentes com autoestima elevada geralmente são confiantes,
procuram aprender coisas novas, enxergam o futuro de forma otimista, conhecem
seus pontos fortes e fracos, são empáticos e demonstram boa inteligência
emocional. Aqueles que manifestam baixa autoestima, por sua vez, demonstram
sentimentos de inferioridade, não se sentem respeitados, têm medo de fracassar
e por isso deixam de agir, muitas vezes podem se tornar indisciplinados, não
assumem responsabilidades, podem ser mais agressivos e se sujeitam a
comportamentos ruins para se encaixar no grupo.
A fundadora do
Espaço Saúde Integrativa by Sueli Conte explica que algumas estratégias podem
ajudar a promover a autoestima nos adolescentes. Entre elas, a profissional
destaca a importância da generosidade em relação aos elogios. “Elogie
esforços feitos pelo adolescente para atingir um determinado objetivo, não
necessariamente o resultado alcançado. Ao fazer isso, mostramos que o esforço é
tão importante quanto a meta”, destaca a profissional, que
ressalta, ainda, a importância de, ao mesmo tempo, estabelecer expectativas
realistas em relação aos resultados que realmente podem ser atingidos. “Ao fazer
isso, eles ganham confiança para batalhar por resultados cada vez melhores.
Quando estipulamos metas inalcançáveis, podemos acabar provocando um efeito
contrário, de desestimulá-los e, pior, de fazê-los acreditarem que não são
capazes”, explica.
Por fim, Sueli Conte afirma que é interessante criar um espaço de diálogo com os adolescentes. “Pode ser puxando assunto ou criando um momento especial em família, como um dia ou horário na semana para a prática de uma atividade em conjunto. Além de fortalecer os vínculos, é durante essas conversas que se torna possível identificar o que aflige o adolescente e auxiliá-lo na busca por uma solução inteligente para as situações”, orienta a profissional, que também recomenda a realização de sessões de Barras de Access e ThetaHealing, terapias que auxiliam no desenvolvimento das capacidades de cada indivíduo.
Espaço Saúde Integrativa by Sueli Conte
www.instagram.com/saudeintegrativa20
Nenhum comentário:
Postar um comentário