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terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Volta às aulas - Peso da mochila e visão das crianças devem ter atenção dos pais

Mochila escolar não pode pesar acima de 10% do peso da criança. E os sinais como queixas de dor de cabeça, apertar os olhos para enxergar e perda de interesse nas atividades escolares podem indicar que há algo de errado com a visão dos pequenos estudantes.
 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 70% dos problemas de coluna na fase adulta tem como causa o efeito cumulativo do excesso de peso carregado na infância e adolescência. Por outro lado, a visão saudável na infância, é primordial para o desenvolvimento e aprendizagem. Os temas que mais preocupam a saúde dos pequenos e que pode impactar diretamente na vida adulta, são discutidos e alertados por especialistas nas áreas. 

“Um dos problemas agravados pelo excesso de peso na mochila é a escoliose ─ quando a coluna apresenta uma curvatura em forma de "S" ─, a cifose e a lordose são outros problemas que, dependendo do grau de gravidade, podem demandar sessões de fisioterapia ou, em casos extremos, levar até a intervenções cirúrgicas. O excesso de peso, além das complicações citadas, pode interferir também no crescimento das crianças e jovens, uma vez que elas tendem a se curvar para suportar o peso da mochila e, com isso, vão acostumando mal a coluna", destaca Cadu Ramos, fisioterapeuta da capital paulista, que complementa: “O peso sobre músculos, tendões, nervos e articulações pode causar dores e inflamações que, com o passar do tempo, tornam-se mais graves e desencadeiam outras doenças e problemas. Segundo o fisioterapeuta, isso acontece porque na tentativa inconsciente de tentar equilibrar a carga, muitas crianças acabam se curvando ou pendendo o corpo para um dos lados e assim, desalinham totalmente a postura. 

Além de respeitar os limites de peso recomendados, Cadu destaca a importância de crianças distribuírem o peso das mochilas, utilizando sempre as duas alças aos ombros ou mochilas com puxadores de mão e rodinhas e ainda observar a altura da mala em relação ao filho. Porque a criança não deve se curvar para um lado enquanto tenta puxar a mochila", conclui. 

Quando o assunto é a visão dos pequenos, o oftalmologista Dr. Halim Féres Neto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e diretor da Prisma Visão, as doenças oculares infantis mais comuns são miopia, astigmatismo e hipermetropia. “Além disso, há algumas alterações silenciosas que podem atrapalhar o desempenho escolar, como a ambliopia. Conhecida popularmente como “olho preguiçoso”, a criança com essa condição tem apenas um olho bom, já o outro não se desenvolve”, detalha o especialista.

Há também os casos de estrabismos que, às vezes, não são aparentes, mas atrapalham a concentração para ler. Além disso, o Dr. Halim ainda cita os quadros de deficiências da visão das cores, conhecidas como “daltonismo”. “Elas são muito mais comuns do que imaginamos, podendo estar presente em uma a cada 12 crianças”, completa o oftalmologista.
 

Sinais de que há algo de errado com a visão da criança 

Para saber se a criança tem alguma alteração na visão, é preciso prestar atenção a possíveis sinais de que há algo de errado:

  • Dor de cabeça ao fazer um esforço visual;
  • Apertar os olhos para tentar enxergar de longe;
  • Torcicolo;
  • Perda de interesse em atividades normais da infância;
  • Trocar cores ao pintar;
  • Esfregar e/ou coçar os olhos com frequência.

Segundo o especialista, a visita ao oftalmologista nesta fase deve acontecer no mínimo uma vez por ano até os dez anos.


Cuidados essenciais na hora de estudar

O especialista explica que a criança deve estudar com uma boa iluminação, de preferência natural, e com uma distância adequada para ler.

“Além disso, é preciso ter a certeza de que a criança está conseguindo desempenhar as tarefas sem esforço visual excessivo. Para isso, é necessário saber se os olhos estão saudáveis ou se é necessária alguma correção com óculos, por exemplo”, cita o Dr. Halim. Para isso, o especialista reforça que é importante levar o pequeno ao oftalmologista com periodicidade. 



Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - Oftalmologista - CRM-SP 117.127 | RQE 60732

Cadu Ramos – fisiocaduramos - Fisioterapeuta clínico - CREFITO 130030


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