Mochila
escolar não pode pesar acima de 10% do peso da criança. E os sinais como
queixas de dor de cabeça, apertar os olhos para enxergar
e perda de interesse nas atividades escolares podem indicar que há algo de
errado com a visão dos pequenos estudantes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que
70% dos problemas de coluna na fase adulta tem como causa o efeito cumulativo
do excesso de peso carregado na infância e adolescência. Por outro lado, a visão saudável na infância,
é primordial para o desenvolvimento e aprendizagem. Os temas que mais preocupam
a saúde dos pequenos e que pode impactar diretamente na vida adulta, são
discutidos e alertados por especialistas nas áreas.
“Um dos problemas agravados pelo excesso de peso na mochila é a
escoliose ─ quando a coluna apresenta uma curvatura em forma de "S"
─, a cifose e a lordose são outros problemas que, dependendo do grau de
gravidade, podem demandar sessões de fisioterapia ou, em casos extremos, levar
até a intervenções cirúrgicas. O excesso de peso, além das complicações
citadas, pode interferir também no crescimento das crianças e jovens, uma vez
que elas tendem a se curvar para suportar o peso da mochila e, com isso, vão
acostumando mal a coluna", destaca Cadu Ramos, fisioterapeuta da capital
paulista, que complementa: “O peso sobre
músculos, tendões, nervos e articulações pode causar dores e inflamações que,
com o passar do tempo, tornam-se mais graves e desencadeiam outras doenças e
problemas. Segundo o fisioterapeuta, isso acontece porque na tentativa
inconsciente de tentar equilibrar a carga, muitas crianças acabam se curvando
ou pendendo o corpo para um dos lados e assim, desalinham totalmente a postura.
Além de respeitar os limites de peso recomendados, Cadu destaca a
importância de crianças distribuírem o peso das mochilas, utilizando sempre as
duas alças aos ombros ou mochilas com puxadores de mão e rodinhas e ainda
observar a altura da mala em relação ao filho. Porque a criança não deve se
curvar para um lado enquanto tenta puxar a mochila", conclui.
Quando o assunto é a visão dos pequenos, o oftalmologista Dr.
Halim Féres Neto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e diretor da
Prisma Visão, as doenças oculares infantis mais comuns são miopia, astigmatismo
e hipermetropia. “Além disso, há algumas alterações silenciosas que podem
atrapalhar o desempenho escolar, como a ambliopia. Conhecida popularmente como
“olho preguiçoso”, a criança com essa condição tem apenas um olho bom, já o
outro não se desenvolve”, detalha o especialista.
Há também os casos de estrabismos que, às vezes, não são
aparentes, mas atrapalham a concentração para ler. Além disso, o Dr. Halim
ainda cita os quadros de deficiências da visão das cores, conhecidas como
“daltonismo”. “Elas são muito mais comuns do que imaginamos, podendo estar
presente em uma a cada 12 crianças”, completa o oftalmologista.
Sinais de que há algo de errado com a visão da criança
Para saber se a criança tem alguma alteração na visão, é preciso
prestar atenção a possíveis sinais de que há algo de errado:
- Dor de cabeça ao fazer um esforço visual;
- Apertar os olhos para tentar enxergar de longe;
- Torcicolo;
- Perda de interesse em atividades normais da infância;
- Trocar cores ao pintar;
- Esfregar e/ou coçar os olhos com frequência.
Segundo o especialista, a visita ao oftalmologista nesta fase deve
acontecer no mínimo uma vez por ano até os dez anos.
Cuidados essenciais na hora de estudar
O especialista explica que a criança deve estudar com uma boa
iluminação, de preferência natural, e com uma distância adequada para ler.
“Além disso, é preciso ter a certeza de que a criança está conseguindo desempenhar as tarefas sem esforço visual excessivo. Para isso, é necessário saber se os olhos estão saudáveis ou se é necessária alguma correção com óculos, por exemplo”, cita o Dr. Halim. Para isso, o especialista reforça que é importante levar o pequeno ao oftalmologista com periodicidade.
Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - Oftalmologista - CRM-SP 117.127 | RQE 60732
Cadu Ramos – fisiocaduramos - Fisioterapeuta clínico - CREFITO 130030
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