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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Síndrome de Tourette

A médica psiquiatra Dra. Jéssica Martani, de SP, especialista em comportamento humano e saúde mental, fala sobre a Síndrome de Tourette.

 

“A Síndrome de Tourette é e uma síndrome neurológica no qual a principal característica são tiques motores ou vocais. Essa síndrome é incompreendida, em relação as suas causam mas, hoje sabemos que há causas genéticas que podem causar essas alterações neuroquímicas. Entretanto, já existem relatos do diagnóstico de pessoas com essa síndrome após sofrerem traumatismo craniano”, fala a médica. 

Ela conta que, na grande maioria dos casos, os sintomas são os tiques motores, que são os primeiros sintomas a surgir tais podem ser variados como piscar, franzir a testa balançar a cabeça, que, geralmente ocorrem entre os 4 e 6 anos de idade. 

“Os principais problemas são a dificuldade na socialização da criança, que podem ocasionar em diversos problemas inclusiva abalos na autoestima, propiciando outros transtornos mentais como ansiedade e depressão e prejuízos na vida adulta que podem acometer até a vida profissional”, alerta.
  
Apesar da doença não ter cura, Dra. Jéssica fala que pode ser controlada, mas é essencial que o tratamento seja feito com o médico neurologista e, muitas vezes, ainda é importante intervenção do médico psiquiatra e do psicólogo - já que a ação multidisciplinar pode necessitar de psicoterapia a medicamentos de uso controlado, injeções de toxina botulínica e até mesmo a prática de exercícios físicos. 

Mesmo as causas não sendo 100% conhecidas, tende a ter questões genéticas envolvidas. “Por isso é importante ter atenção aos sinais que normalmente são os tiques motores, que podem ser variados como piscar, franzir a testa balançar a cabeça”, alerta. 

Entre os tiques motores, pode haver pinçamento de olhos, tiques nos quais a pessoa faz certas expressões, caretas, movimento de dedos e mãos, chutes e até gestos obscenos. Nos tiques vocais, é possível englobar ato como como cuspir, gemer, soluçar, limpar a garganta e falar palavras inadequadas. “Todos podem ser repetitivos e difíceis de controlar”, revela. 

“O diagnóstico é feito pelo médico especialista, mas vale atenção aos sintomas que podem aparecer com uma frequência diária, em pelo menos um ano, daí os exames de imagem e a avaliação médica que possa descartar outros diagnósticos são essenciais”, finaliza Dra. Jéssica.
 

Dra. Jéssica Martani - Médica psiquiatra, observership em neurociências pela Universidade de Columbia em Nova Iorque -- EUA, graduada pela Universidade Cidade de São Paulo com residência médica em psiquiatria pela Secretaria Municipal de São Paulo e pós graduação em psiquiatria pelo Instituto Superior de Medicina e em endocrinologia pela CEMBRAP. CRM 163249/ RQE 86127
 

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