18 de fevereiro é
marcado como Dia Internacional da Síndrome de Asperger chama a atenção para a
integração de pessoas com a condição na sociedade
O Dia
Internacional da Síndrome de Asperger, 18 de fevereiro, chama a atenção para um
transtorno pouco visto pela população, mas associado popularmente à
“genialidade” devido ao considerável número de celebridades que possuem esse
diagnóstico, como Steven Spielberg, além de Tim Burton, Elon Musk, Anthony
Hopkins. De acordo com a psicóloga Luciene Bandeira, diretora de saúde mental
da Conexa, maior player de saúde digital da América Latina, apesar de a
literatura apontar casos de excepcionalidade por quem tem essa condição, ainda
não há necessariamente uma relação entre a síndrome e uma inteligência acima da
média, e tal crença pode se tornar um peso para aqueles que possuem o
diagnóstico e não alcançam desempenhos excepcionais.
Considera-se
síndrome de Asperger o transtorno do espectro autista que não traz tantos
prejuízos para a vida do paciente e que não há atraso importante na fala, mas
outros sintomas do autismo ocorrem, como o isolamento ou dificuldade de se
relacionar com pessoas, falas inapropriadas e retração social. “Para se
caracterizar Asperger é necessário ter interesses restritos e estereotipados,
com a presença de hiper foco. O distúrbio no desenvolvimento neurológico é
caracterizado por excentricidade, constrangimento motor, dificuldades nas
relações sociais, interesses limitados e repetitividade do comportamento. É
importante informar que a síndrome é uma condição e não uma doença, portanto,
não há cura, mas sim tratamento para amenizar os sintomas”, explica a psicóloga.
Assim como
nos casos de autismo ou de qualquer outro transtorno do neurodesenvolvimento, a
intervenção precoce é crucial. Logo que se percebem sinais atípicos, os
responsáveis pela criança devem buscar, junto de profissionais de saúde, a
possibilidade de um diagnóstico. O tratamento inclui a educação dos
responsáveis, treinamento das habilidades sociais, fonoaudiologia, Análise
Comportamental Aplicada (ABA), integração sensorial/terapia ocupacional,
fisioterapia, psicomotricidade e, em alguns casos, pode ser utilizado algum
tipo de medicação para sintomas associados (como ansiedade ou desatenção). “A
abordagem da síndrome é interdisciplinar e individualizada, uma vez que cada
criança tem suas características próprias. Encontrar profissionais de confiança
para auxiliar nas decisões importantes que a família precisará tomar é de
grande ajuda. A parceria entre família, equipe de saúde e escola potencializa
os resultados”, complementa Luciene.
Conexa
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