Taxa de
nascimentos de crianças de mães entre 15 e 19 anos no Brasil é 50% maior do que
a média mundial
Estudos nacionais e internacionais têm mostrado os impactos negativos
significativos da gravidez precoce na adolescência, com consequências no futuro
profissional das jovens mães, no aumento da pobreza e de desigualdades sociais.
No mundo, a gravidez em adolescentes é considerada de risco e como um problema
de saúde pública, principalmente em relação à mortalidade materna.
No Brasil, segundo informações do Sistema de Informações de Nascidos
Vivos, do governo federal, a taxa de nascimentos de crianças de mães entre 15 e
19 anos é 50% maior do que a média mundial — a taxa global é estimada em 46
nascimentos por cada uma mil menina, enquanto no Brasil estão estimadas 68,4
gestações.
A situação ainda é mais preocupante quando é analisado o recorte de
crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Em 2020, foram registradas 17,5 mil
mães nesta idade. Na última década, a Região Nordeste foi a que mais teve casos
de gravidez com este perfil: foram 61,2 mil, seguido pelo Sudeste, com 42,8
mil.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), filhos de mães adolescentes
têm maior probabilidade de apresentar baixo peso ao nascer e maior
probabilidade de morte do que os filhos de mães com 20 anos ou mais. Durante o
primeiro ano de vida, filhos nascidos de mães adolescentes apresentam uma taxa
de mortalidade infantil duas a três vezes maior que a de mães adultas e um
aumento de seis vezes na incidência de síndrome de morte súbita.
“A prevenção da gravidez na adolescência é fundamental para reduzir o
problema e garantir a saúde e o bem-estar das jovens e de seus filhos. É uma
oportunidade de conscientizar sobre a importância de planejar o futuro e de se
proteger contra doenças”, comenta o médico ginecologista, Anderson Nascimento,
da Rede de Hospitais São Camilo.
Rede de Hospitais São Camilo
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