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O consumo de cigarro aumenta com fins das férias e
retomada da rotina de trabalho. De acordo com pneumologistas do Hospital do
Servidor Público Estadual (HSPE), os pacientes fumantes consideram o estresse
da retomada das atividades profissionais como um dos piores períodos para
tentar parar de fumar. Relataram problemas com aumento do uso de cigarro:
advogados, jornalistas, caminhoneiro e agentes penitenciários.
O porquê do abuso do uso de cigarro está no efeito
de “válvula de escape” da nicotina presente no tabaco. Essa substância induz o
corpo a entrar no estado de alerta e, caso não haja situações que exijam essa
tensão, proporciona a sensação de relaxamento.
De acordo com a diretora do Serviço de Pneumologia
do HSPE, Dra. Maria Vera Cruz de Oliveira Castellano, apesar do desejo pelo
cigarro estar relacionado com fatores psíquicos, comportamentais e de
dependência química e genética, o estresse do trabalho também pode colaborar
para o aumento do uso de tabaco. “Esse aumento do consumo pode passar despercebido
durante situações estressantes. A explicação está no quadro de compulsão
causado pela nicotina do tabaco, que deixa o fumante alheio à quantidade de
cigarros fumados”, explica a médica.
No ambiente de trabalho, a busca dessa sensação
pode ser mais intensa durante momentos estressantes. Profissionais expostos
constantemente a situações de conflito tendem a fumar mais. “A
imprevisibilidade da rotina do jornalista, os prazos apertados dos processos
jurídicos, caminhoneiro e o ambiente tenso nas penitenciárias podem colaborar,
sim, para que esses profissionais consumam mais cigarro para espairecer e
relaxar”, exemplifica Dra. Maria Vera.
O problema também aflige os aposentados que tendem
a consumir mais cigarros quando encerram as suas carreiras. Está por trás dessa
intensificação a mudança na rotina. “Quando a pessoa deixa de trabalhar, o
dinheiro pode diminuir e a quantidade de horas vagas, aumentar. O estresse de
se adaptar a essa nova realidade faz o fumante procurar mais vezes pelo
tabaco”, complementa.
Para controlar o consumo intenso de tabaco o ideal
é identificar em quais situações surge a vontade de fumar e evitá-las, definir
um número máximo de cigarros para serem fumados e diminuir essa quantidade
gradativamente, além de definir uma data para abandonar de vez o vício.
Indica-se também acompanhamento médico, tratamento medicamentoso e terapia
comportamental.
Instituto de Assistência
Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe)
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