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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Consumo de cigarro aumenta com fins das férias e retomada da rotina de trabalho

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Tendem a consumir mais cigarros na volta das férias os profissionais que trabalham como: caminhoneiros, advogados, jornalistas e agentes penitenciários

 

O consumo de cigarro aumenta com fins das férias e retomada da rotina de trabalho. De acordo com pneumologistas do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), os pacientes fumantes consideram o estresse da retomada das atividades profissionais como um dos piores períodos para tentar parar de fumar. Relataram problemas com aumento do uso de cigarro: advogados, jornalistas, caminhoneiro e agentes penitenciários.

O porquê do abuso do uso de cigarro está no efeito de “válvula de escape” da nicotina presente no tabaco. Essa substância induz o corpo a entrar no estado de alerta e, caso não haja situações que exijam essa tensão, proporciona a sensação de relaxamento.

De acordo com a diretora do Serviço de Pneumologia do HSPE, Dra. Maria Vera Cruz de Oliveira Castellano, apesar do desejo pelo cigarro estar relacionado com fatores psíquicos, comportamentais e de dependência química e genética, o estresse do trabalho também pode colaborar para o aumento do uso de tabaco. “Esse aumento do consumo pode passar despercebido durante situações estressantes. A explicação está no quadro de compulsão causado pela nicotina do tabaco, que deixa o fumante alheio à quantidade de cigarros fumados”, explica a médica.

No ambiente de trabalho, a busca dessa sensação pode ser mais intensa durante momentos estressantes. Profissionais expostos constantemente a situações de conflito tendem a fumar mais. “A imprevisibilidade da rotina do jornalista, os prazos apertados dos processos jurídicos, caminhoneiro e o ambiente tenso nas penitenciárias podem colaborar, sim, para que esses profissionais consumam mais cigarro para espairecer e relaxar”, exemplifica Dra. Maria Vera.

O problema também aflige os aposentados que tendem a consumir mais cigarros quando encerram as suas carreiras. Está por trás dessa intensificação a mudança na rotina. “Quando a pessoa deixa de trabalhar, o dinheiro pode diminuir e a quantidade de horas vagas, aumentar. O estresse de se adaptar a essa nova realidade faz o fumante procurar mais vezes pelo tabaco”, complementa.

Para controlar o consumo intenso de tabaco o ideal é identificar em quais situações surge a vontade de fumar e evitá-las, definir um número máximo de cigarros para serem fumados e diminuir essa quantidade gradativamente, além de definir uma data para abandonar de vez o vício. Indica-se também acompanhamento médico, tratamento medicamentoso e terapia comportamental.

 

Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe)

 

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