Especialista indica principais mudanças para o setor, que incluem soluções para ESG, transformação digital, automatização e robotização
O ano começou intenso e com movimentações importantes para o setor
de tecnologia, que sentiu o impacto da aceleração em virtude da pandemia de
Covid-19. Segundo dados de uma pesquisa da Sambatech, 45,7% das empresas
nacionais estão implementando soluções de transformação digital, corroborando
para que, em 2023, boa parte delas estejam mais atentas às novidades
tecnológicas.
Para Kendji Wolf, diretor executivo de QADS na Qintess,
a principal tendência está atrelada ao 5G: “Este é um ano em que o Brasil
deve expandir esta tecnologia, que permite que questões relacionadas às
barreiras de IoT sejam rompidas, potencializando muitos outros avanços”. Em
suma, o especialista aponta três das principais tendências para o ano, que se
revela um campo fértil para moldar e fazer emergir novas soluções. Confira:
1. Automatização e robotização da vida moderna: Já bastante difundida, a Inteligência Artificial (IA) deve
se tornar uma realidade ainda mais presente nas organizações, que poderão criar
produtos e serviços mais inteligentes para o consumidor final. “A
expectativa é que a IA atue em quase todos os processos de negócios nos
diferentes setores da empresa. No setor varejista, por exemplo, a tendência é
que o gerenciamento de estoque seja mais (ou melhor) automatizado, visando
aumentar a conveniência de se efetuar uma compra online para retirada na loja
(BOPS), incluindo o processo de troca no mesmo modelo (BORIS). Um exemplo deste
segmento que já é possível encontrar está no uso de IA para recomendar roupas
que correspondam aos tamanhos e gosto pessoal de quem as comprar”, comenta
Kendji. Iniciativas de compras e entregas autônomas, com facilidade para que os
consumidores paguem e recebam bens e serviços também fazem parte desta
tendência. “A computação quântica, que passa atualmente por uma corrida
mundial para seu desenvolvimento em escala, deve criar novas formas de
processamento e armazenamento de informações de forma mais rápida do que pelos
processadores tradicionais mais rápidos que seguem disponíveis hoje. A grande
questão que deve ser observada está condicionada à inutilidade que essa
tecnologia causa nas atuais práticas criptográficas”, completa ele,
reforçando que a robotização também deve aumentar, com uso de humanóides como
recepcionistas de eventos, bartenders, concierges e acompanhantes de idosos e
na execução de tarefas complexas em armazéns e fábricas na fabricação e
logística.
2. Transformação digital: Pode parecer chover no molhado, mas a transformação digital
vai reger o ano. Considerado um atalho para uma internet mais imersiva, o
metaverso deve direcionar a próxima década desta tendência. De acordo com
especialistas, a previsão é de que, a partir dele, sejam adicionados US$ 5
trilhões (R$ 26,54 trilhões) à economia global até 2030.
O ambiente de trabalho deve ser impactado, com ambientes de reunião mais
imersivos para conversar, debater e cocriar juntos. “A tecnologia de
realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) deve seguir avançando, propiciando
um maior desenvolvimento em avatares autônomos e habilitados para IA, com o
objetivo de serem utilizados como nossos representantes no metaverso, mesmo sem
conexão com o mundo digital. Empresas como a Qintess, já estão integrando as
tecnologias para conduzir treinamentos e integrações, o que deve se acelerar em
2023, potencializando a ponte entre mundo físico e digital”, pontua o
executivo.
3. Uso da tecnologia para potencializar o ESG: Pensar em ESG, hoje em dia, é fundamental para que a sua
empresa seja vista e recomendada. Neste campo, a tecnologia blockchain deve
auxiliar essa aceleração, à medida que as empresas criem produtos e serviços
mais descentralizados. Um exemplo é o atual armazenamento em nuvem. Kendji explica
que “descentralizando esse armazenamento de dados e os criptografando por
meio do blockchain, teremos informações mais seguras e disponíveis para acessos
e análises de maneiras inovadoras”. Ele pontua também uma utilização maior
e mais prática para tokens não fungíveis (NFTs), promovendo uma interação
experiencial maior a partir da compra de produtos e serviços. “Para este
universo, a nanotecnologia também deve permitir a criação de materiais com
recursos inovadores, como resistência à água e capacidade de autocura. Além
disso, a tecnologia aplicada no ESG pode impulsionar a sustentabilidade em
componentes para fabricação de gadgets. Ou seja, podemos esperar um ano intenso
e de esforço contínuo para tornar as cadeias de suprimentos mais transparentes e
com soluções energeticamente eficientes”, conclui Wolf.
Qintess -plataforma de transformação digital que faz parcerias com
outras empresas para impulsionar mudanças por meio da tecnologia.
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