Problema pode ser causado por processos alérgicos infecciosos ou distúrbios estruturais, alerta especialista do Hospital Paulista
A congestão nasal, ou “nariz entupido”, acontece
quando a mucosa nasal fica inchada ou edemaciada (que se forma edema),
acumulando secreção e dificultando a respiração. E respirar é uma função
fisiológica tão importante que o menor obstáculo que dificulte o fluxo do ar
pelas vias aéreas superiores provoca desconforto.
Conforme o Dr. João Marcos Piva,
Otorrinolaringologista do Hospital Paulista, a obstrução nasal pode ser
provocada por processos alérgicos, infecciosos virais e bacterianos, como uma
gripe ou um resfriado, por exemplo. Mas também pode ter causas como infecção
dos seios paranasais (sinusite) e distúrbios estruturais, como desvio do septo,
adenoide (carne esponjosa), presença de pólipos ou ainda tumores no nariz.
“No caso da sinusite aguda, por exemplo, é uma
característica comum haver secreção com pus e muco. Às vezes, pode acontecer de
haver um odor ou gosto metálico na boca, dor facial ou dor de cabeça, além de
vermelhidão ou sensibilidade nas bochechas ou acima das sobrancelhas”, destaca
o especialista. Neste caso, em geral, apenas o exame clínico é suficiente. No
entanto, a tomografia computadorizada sempre é recomendada para uma melhor
precisão e diagnóstico da patologia de rinossinusite.
Os sintomas da rinite alérgica também são comuns
ocorrer em certas estações do ano, como espirro, coriza, olhos lacrimejando e
coceira.
Para além do desconforto, Dr. Piva pondera que a
obstrução nasal pode ocasionar uma má qualidade no sono, cansaço ao acordar e
perda de vontade a atividades físicas, além de dificuldade de concentração e
memória em razão da respiração pela boca.
Nesse sentido, Dr. Piva recomenda que, diante da
apresentação de obstrução nasal persistente ou com frequência, um
otorrinolaringologista deve ser procurado para uma melhor investigação, através
de exames por vídeo endoscópio e de imagens, como tomografia, ressonância e,
assim, um tratamento individualizado e preciso para cada paciente.
Descongestionantes
Pessoas que usam descongestionantes nasais tópicos
(uso no local) por mais de 3 dias, frequentemente, sentem congestão de rebote
quando os efeitos do fármaco desaparecem. As pessoas continuam usando o
descongestionante em um círculo vicioso de congestão persistente, causando
piora. Essa situação, também chamada de rinite medicamentosa, pode persistir
por algum tempo e as pessoas podem interpretá-la como uma continuação do
problema original, em vez de uma consequência do tratamento.
“Nós não devemos fazer uso de descongestionantes
nasais. Apesar de uma desobstrução imediata, ele possui um efeito muito danoso
ao coração, podendo, a médio e longo prazo, provocar arritmias e pressão alta,
entre outras patologias”, alerta Dr. Piva.
Nas crianças, os descongestionantes devem ser utilizados com muito critério, pois as substâncias do medicamento, muitas vezes, podem provocar depressão do sistema cardiorrespiratório e óbito.
Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
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