Acompanhar as tendências do mercado é fundamental
para o bom desempenho de vendas seja em qualquer setor e no ramo imobiliário
não é diferente. Olhando para as pessoas que nasceram entre 1995 e 2010, a
geração Z, é possível identificar um grupo que se importa mais em acumular
experiências de vida do que patrimônio. Essa parcela de jovens movimenta
o mercado imobiliário e se tornou significativa para o crescimento do
setor.
Com o anseio de novas experiências e uma filosofia
mais desapegada, a geração Z segue uma cartilha mais crítica em relação à
sociedade, principalmente se comparada às gerações anteriores, possuem a
comunicação como palavra-chave e são avessos às frustrações. Esse grupo de pessoas,
que está prestes a completar 30 anos, cresceu em meio ao “boom”
tecnológico e possui forte ligação com o mundo digital. Sempre conectados, os
clientes dessa geração estarão a par de todos os detalhes do empreendimento
como informações sobre o bairro, mobilidade e infraestrutura da região, por já
terem pesquisado tudo com antecedência, obrigando o corretor a ser o mais
didático e transparente possível para que ele possa prender o cliente nos
primeiros contatos.
Por serem imediatistas, esse público anseia pela
velocidade das ações. Com a geração Z, tudo é “para ontem”. Seja no atendimento
online ou presencial, a atenção ao cliente tem que ser de forma ágil, se
fazendo presente para suprir as necessidades que ele tem naquele momento e,
praticamente, de forma personalizada.
Conhecidos como a “geração do desapego”, o aluguel,
na maioria das vezes, acaba proporcionando maior liberdade para esse grupo já
que eles são avessos às frustrações e caso não se adaptem ao local, podem se
mudar facilmente. Isso faz com que o vendedor tenha que utilizar ainda mais o
seu poder de persuasão para convencer o cliente a fechar o negócio, dando
garantias de que o negócio a longo prazo será uma boa alternativa.
Fatores socioambientais também estão na lista
de prioridades na hora da escolha dessa galera. Os empreendimentos
comprometidos com o meio ambiente e que possuem uma agenda ESG (governança
ambiental, social e corporativa) estão muitos pontos à frente na hora de se
tornar a escolha final. Hoje, essa redução dos impactos sociais e ambientais
por parte dos mercados imobiliários e da construção civil - aliada ao
desenvolvimento tecnológico - é fundamental para captar ainda mais a
atenção dos clientes, assim como a captação de possíveis novos
compradores.
Com um mercado cada vez mais volátil e com um
público cada vez mais exigente e específico nas suas escolhas, cabe às
construtoras, construtoras e corretores de imóveis se adaptarem às novas
tendências para captar ainda mais clientes e alavancar suas vendas.
José Luiz Camarero Neto - sócio do grupo Bild e
Vitta
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