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quarta-feira, 23 de novembro de 2022

A importância do combate à dor para a qualidade de vida dos cães

Foto por wombatzaa em freepik
Com expectativa de vida mais elevada, identificar e combater a dor nos cães é papel essencial para o bem-estar destes animais

 

O manejo de dor na medicina veterinária está intimamente relacionado à qualidade de vida do pet, principalmente quando pensamos nos animais mais idosos. A expectativa de vida mais elevada destes animais traz consigo uma maior probabilidade do surgimento de doenças e outras condições que são quase sempre acompanhadas de dor e desconforto.

“Quando não é tratada de maneira adequada, a dor promove alterações fisiológicas importantes no animal, como o aumento de sua pressão arterial, da frequência cardíaca e da frequência respiratória. Ao mesmo tempo, o estresse promovido pela dor reflete em mudanças comportamentais que nem sempre são associados ao problema, como o isolamento, prostração, latidos ou uivos excessivos e a agressividade”, conta a médica-veterinária Tais Motta Fernandes, gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

Reconhecer a dor no pet nem sempre é tarefa simples, principalmente quando os tutores passam boa parte do tempo fora de casa, no trabalho ou lidando com outros afazeres importantes. Quase sempre os sinais iniciais de dor são subestimados, por isso é importante entender quais são eles:

 

Isolamento: cães que estão com dor apresentam comportamento antissocial e evitam contato físico com visitas e outros animais, podendo até mesmo evitar os tutores.

 

Redução do apetite: se a comida/ração não é mais atrativa para o pet pode ser um sinal de dor que pode estar acometendo diferentes regiões, desde doenças dentárias e desconforto estomacal até mesmo dificuldade em se locomover até o seu pote de ração.

 

Constipação: situações de dor podem atrapalhar o pet no momento de defecar, fazendo com que ele evite se colocar na postura apropriada para tal.

 

Lambedura excessiva: é normal que o cão se limpe através da lambida, mas quando ele passa a lamber compulsivamente alguma região do corpo pode ser sinal de dor ou desconforto na região.

 

“É muito importante que o tutor conheça o seu pet, a personalidade e como ele age naturalmente no dia a dia. Assim fica mais fácil observar as mudanças de comportamento que podem ser muito sutis, mas que são muito importantes inclusive para o diagnóstico correto de algumas patologias pelo médico-veterinário”, Tais acrescenta.

A profissional também relata que as principais causas de dor nos pets mais velhos são relacionadas às neoplasias, processos inflamatórios e problemas nas articulações. 

 

A importância do alívio da dor 

A dor é um sintoma de que algo não está bem com o animal, por isso, é muito importante que a causa seja identificada e tratada de maneira rápida e adequada, e a dor deve ser sempre combatida visando o seu alívio e jamais deve ser “tolerada” quando reconhecida.

“Quando a origem da dor não recebe o tratamento adequado e a dor não cessa, ela passa a ser uma condição crônica que interfere negativamente na qualidade de vida do pet à curto, médio e longo prazos”, alerta. “Além disso, o controle da dor traz benefícios psicológicos e sistêmicos ao animai, auxiliando na sua recuperação”.

A utilização de fármacos para o controle da dor é o primeiro passo e deve sempre seguir as orientações do médico-veterinário, que muitas vezes combina diferentes classes de medicamentos para um melhor efeito. Mas o tutor precisa estar atento quanto ao tipo de remédio, forma de administração e periodicidade.

“Muitos tutores sentem dificuldade neste momento de administrar comprimidos ou outras medicações orais para os cães, principalmente porque alguns animais não deixam que encoste em sua boca, cospem a medicação ou simplesmente não comem o comprimido camuflado na comida ou petiscos. Estes percalços acabam atrapalhando a frequência do tratamento e é algo que as empresas farmacêuticas vêm trabalhando ao longo dos anos, com o intuito de facilitar este processo”, relata a profissional.

De acordo com Tais, tem sido cada vez mais comum encontrar no mercado formulações com medicações compostas, que reduzem a quantidade de comprimidos que os tutores precisam dar aos cães, “É importante que o médico-veterinário esteja sempre atento à essas mudanças e inovações do mercado para indicar a melhor prática aos seus pacientes e tutores, e obter mais sucesso em todo o tratamento”, finaliza.

  

Avert Saúde Animal

www.avertsaudeanimal.com.br

 

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