Educadores abordam com cautela ações
harmoniosas que possam promover a qualidade de vida dos alunos no ambiente
colegial e familiar
No mês dedicado à prevenção do suicídio, é de fundamental importância que o meio escolar seja para os estudantes sinônimo de acolhimento e fonte de informações para desmistificar os tabus que envolvem a depressão. Para que este trabalho aconteça com eficácia, as instituições precisam dispor de profissionais qualificados e programas que tratem dessa temática da forma mais adequada, integrando a saúde mental dos alunos, o convívio em sala de aula e a realidade familiar.
Um estudo divulgado em maio deste ano pelo Instituto Ayrton Senna, em parceria com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo demonstrou que 70% dos jovens, do 5º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, apresentaram quadros de ansiedade e depressão após a pandemia da Covid-19 e também na ocasião do retorno ao ensino presencial. Foram ouvidos mais de 642 mil alunos do estado de São Paulo.
“Essa situação foi aterrorizante para todas as idades, mas, quando voltamos o olhar para as crianças e adolescentes, percebemos que se trata de uma população mais frágil e vulnerável em razão das angústias e incômodos comuns à faixa etária”, comentou Adriana Cabral, psicopedagoga do Colégio Presbiteriano Mackenzie de Brasília (CPMB).
A mudança na rotina com a retomada ao ensino presencial, após o distanciamento social provocado pela pandemia, fez com que a gestão do colégio intensificasse a atenção quanto ao atendimento psicológico à juventude. Foram fortalecidos os projetos já existentes com uma proposta preventiva para mediar conflitos e questões pessoais a partir do diálogo.
Cabral afirma que “os cuidados devem
ser diários e é fundamental a aproximação individual e coletiva”. Podem ser
destacadas as ações estruturadas pelo Serviço de Orientação Educacional (SOE)
do colégio com os programas de Convivência, Combate ao Bullying, Mackenzie
Solidário, Projeto de Vida e Pessoal. “Aqui, os direitos e deveres dos alunos
são respeitosamente garantidos com muita conversa, afeto e seriedade”, disse
ela.
Professores sempre
em alerta
Além dos dispositivos de antemão institucionalizados, os educadores do colégio também são treinados para atentar-se aos padrões de comportamento dos alunos. “Os pedagogos convivem com eles diariamente e, assim que notam alguma instabilidade emocional, informam a situação ao SOE”, explicou o assessor pedagógico do CPMB, Ênio Fontes.
Além disso, o colégio conta também com o serviço do professor conselheiro, um profissional que se dedica a ficar mais próximo das turmas. Ainda neste tocante, vale citar o projeto Mãos Dadas (saiba mais clicando aqui), uma das respostas estruturadas para mitigar os impactos do retorno às aulas presenciais como uma maneira de promover a qualidade de vida das pessoas e reduzir o nível de estresse.
Um fator importante a ser considerado está na comunicação com os responsáveis. O contato do colégio com os familiares faz a diferença na hora de entender a forma de agir de cada estudante e como ele é no meio em que está inserido. “Orientamos que os alunos, após o nosso suporte, conversem em casa sobre a rotina e os problemas. Vendo que eles estão tendo uma iniciativa segura, os pais criam uma relação de confiança com o colégio”, destacou a psicopedagoga.
Os princípios de civilidade e respeito ao próximo são trabalhados na instituição a partir da fé. De maneira opcional, os jovens podem procurar a Capelania para um direcionamento espiritual ou participar de atividades propostas pelo Clube Bíblico, uma iniciativa dos próprios estudantes que acontece sob a orientação do capelão. “Ambas as possibilidades têm como objetivo promover a valorização da vida e deixar claro que, segundo a crença cristã, após a tempestade, há sempre a bonança”, concluiu Fontes.
Colégios Presbiterianos Mackenzie
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