E 34% das
entrevistadas enfrentou dificuldades para conseguirem um emprego e 20% teve
depressão pós partoDivulgação - Internet
O mercado de trabalho ainda é espinhoso para as
mulheres, sobretudo quando se tornam mães. É o que mostra uma pesquisa do
Empregos.com.br, um dos maiores portais de recrutamento e seleção do Brasil.
Segundo o estudo, que ouviu 610 profissionais do gênero feminino, os problemas
começam antes mesmo de conseguir a vaga.
Quase 45% das mulheres já participaram de processos
seletivos com salários diferentes para homens e mulheres e 34,3% tiveram
dificuldade de conseguir emprego por serem mães. O medo de engravidar e perder
o emprego também é uma realidade para 35,9% das entrevistadas.
O levantamento identificou também que a
participação das mulheres em cargos de liderança ainda é um desafio. Embora
81,5% delas já tenham sido lideradas por mulheres ao longo da carreira, apenas
35,9% trabalham ou já trabalharam em uma posição de liderança, enquanto a
maioria, 64,1%, não tiveram a oportunidade de alcançar o posto.
Quando o assunto é assédio no ambiente de trabalho,
metade das mulheres já foram assediadas com palavras, gestos e situações
humilhantes. Já o assédio sexual, por meio de comentários pejorativos ou gestos
que ferem a integridade, foi vivenciado por 35,4% delas. Apenas 23,2% das
entrevistadas trabalham em empresas com políticas de proteção à mulher,
enquanto 57% estão desamparadas. Uma parcela de 19,7% disse não ter essa
informação, o que significa que parte das empresas pode ter mecanismos, mas não
disseminá-los entre os colaboradores.
Outra pesquisa realizada pelo portal Empregos.com.br, com 343 participantes,
listou as principais situações machistas enfrentadas pelas mulheres no mundo
corporativo. O manterrupting (40%) – quando uma mulher é interrompida por um
homem enquanto tenta explicar algo – foi apontado como a situação mais
recorrente no trabalho.
Em seguida aparecem o mansplaining (29%), situação
em que o homem tenta explicar coisas óbvias que a mulher já tem conhecimento;
gaslighting (18%), quando a mulher é manipulada para duvidar da própria
sanidade; e o bropriating (14%), ocasião em que um homem se apropria de
algo que a mulher fez ou falou, na tentativa de levar o crédito. Há relatos de
mulheres que sofreram duas ou mais destas formas de assédio.
Empregos.com.br
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